A Vingança 2 - O anjo é um demônio (COMPLETO)

** Capítulo 28 **

Pov. Axel

Essa mulher ainda vai acabar comigo, juro pelo mesmo inferno que conbrarei dela, um por um e com juros.

O meu telefone não para de tocar durante toda a manhã, mas não tenho vontade de escutar Maria falar disparates, para não mandá-la ao inferno. Tanta insistência me tira do sério.

Ligação on:

- O que diabos aconteceu? – eu digo exasperado.

- É a senhorita, eu tive que trazê-la para emergência, ela desmaiou em meus braços e não reagia. – sua voz entrecortada dificultava entendê-la, mas a sua preocupação com ela passando dos limites e realmente tinha acontecido algo ruim com ela.

- Onde estava Dante quando tudo isso aconteceu? – me levanto da cadeira, saio do meu escritório no clube e saio procurando por Ethan, mas eu não encontro maldito em nenhum lugar.

- Não sei senhor. – eu vou arrancar a maldita cabeça do pescoço desse médico. Eu pago uma fodida fortuna para que ele fique em casa descansando.

- Você levou ela para algum lugar seguro Maria? – o seu silêncio diz tudo. – MALDIÇÃO MULHER!

Minha mãe tinha que ser uma bruxa e uma puta, sua maldição está fazendo efeito na minha vida e para completar eu estou cercado de pessoas incompetentes. Para que tudo saia bem tenho que fazer tudo eu mesmo.

- Sinto muito. – essa deve ser a fodida frase do dia.

- Aonde vocês estão? – eu falo respirando profundamente tentando acalmar a besta quê está teimando em querer sair.

- Estamos em uma clínica perto de casa, uma das mais próximas já que eu não podia levar até o hospital porque fica muito longe. – ela explica angustiada.

- Chego em 10 minutos. – eu falo e desligo a ligação.

Ligação off:

Eu sinto que vou explodir, bato no capô do carro frustrado, pessoas incompetentes. Procuro o número de Ethan, eu mando uma mensagem para que ele me encontre na clínica.

Por volta de 20 minutos estou na porta da clínica, eu entro pela entrada de emergência. Oo lugar não é um dos melhores que eu já vi, mas que merda essa mulher me faz entrar nesse nefasto lugar.

Consigo ver o rosto inquieto de Maria e me aproximo dela, eu me dou conta que ela está fazendo suas preces em voz baixa. Me afasto dela e me choco com um doutor, o qual eu não duvido de segurado pela gola da sua camisa.

- “Onde está a mulher grávida que chegou a algumas horas?” - pergunto agitando o seu corpo.

Ele fica calado e isso aumenta a minha fúria, o empurra contra a parede.

- “Onde está ela e o que ela tem?” - pergunto a ponto de entrar em colapso.

- “Tivermos quem induzir o parto dela e ainda sofreu um choque circulatório, já que a doença que ela tinha não foi tratada na forma adequada. Por causa do descuido do médico que cuidava dela, ela poderia ter perdido os bebês.” - eu interrompi o seu fodido discurso.

- “Eu só quero saber se eles estão bem ou se vão ficar bem, por sua vida e por todas as vidas que estão aqui nessa pocilga eu espero mesmo que eles fiquem bem” - digo cortante e aperto mais as minhas mãos e sua blusa para dar mais ênfases em meu objetivo.

- “O quadro deles são muito complicados, é possível que os bebês fiquem bem, mas ela só por um milagre” - meu puto mundo veio abaixo com essa notícia de merda. A vida é uma porcaria.

- “Que merda você disse? Não quero nem saber de milagres, eu quero que vocês agem, que se faça responsável, faça o possível e o impossível pra que ela sobreviva, senão quem vai precisar de um milagre é você!” - bato o seu corpo contra a parede e ele se queixa pela brutalidade. Eu saco a minha arma e os olhos do doutor se arregalaram. - “Eu quero a minha mulher sã e salva, ou eu decorar a parede com os seus miolos” - o homem assustado balança com a cabeça.

- “Pelo amor de Deus, senhor Axel, não faça isso, deixe que o médico faça o seu trabalho, senhor” - a voz embargada de Maria pelo choro me traz para a realidade. Suas mãos enrugadas seguram o meu pulso para que eu abaixe a arma.

Deixo que o inútil saia da minha frente. Ethan aparece em meu campo de visão, ele fica ao meu lado e pela expressão algo anda mal no clube e em meus negócios.

- “Axel houve um atentado no clube, algumas meninas estão feridas e o clube está uma verdadeira confusão” - sua postura é rígida e fixo meus olhos em seu rosto, ele está um pouco salpicado de sangue.

Eu suspiro frustrado, eu sou tão filho da puta.

(...)

Pov. Hannah

- “Vamos você precisa empurrar” - o doutor grita entre as minhas pernas, o suor escorre por todo o meu corpo. Não me restam forças para continuar.

- “Não consigo mais” - digo tentando puxar o ar pelos meus pulmões.

Sinto como se o meu corpo começasse a parar de funcionar, por mais que eu tente fazer alguma parte do meu corpo funcionar elas não respondem.

- “Doutor ela esta entrando em choque circulatório, seu coração está batendo mais devagar, o fluxo de sangue está diminuindo muito rápido, teremos que tirar os bebês ou vamos perder os três!” - aquelas vozes desesperadas ao meu redor ficam rondando em minha mente, tinha momentos que eu só escutava sussurros.

- “Senhorita não durma” - olho fixamente pra ela, eu escutava suas palavras devagar e entrecortadas.

As batidas do meu coração eram lentas e dolorosas, eu quero gritar mas pelas minhas cordas vocais não sai nada.

O desespero me atinge.

- “Doutor faça algo!” - diz a enfermeira.

Eles me viram de lado e eu sinto uma picada na minhas costas, eu sinto um líquido percorrer pela minha espinha dorsal, a pele do meu abdômen é cortada, a dor é insuportável, eu grito a todo pulmão, o grito é forçado e transmitir toda dor que o doutor está me causando com o bisturi, os segundos se transformam em uma dolorosa eternidade.

Deus me permita morrer neste momento doloroso, eu suplico uma ou outra vez.

Minutos depois deixo de sentir a dor, sinto as minhas pálpebras pesadas, escuto um baixo chorinho, eu sorrio mesmo estando esgotada. Esses preciosos são foi como um bálsamo para as minhas feridas.

Deixo que a minha curta vida descanse, caio naquela escuridão cheia de tranquilidade e paz.

Eu simplesmente me deixo ir.