** Capítulo 26 **

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Pov. Axel

Sua respiração pausada indica que o pior já passou, ter uma mulher grávida com mudanças de humor tão drástica é uma total merda.

Não estou para consolar ninguém. Por que eu tenho que aguentar esse sentimentalismo, se ninguém fez isso por mim?

Minha costela dói demais, fazer tanto esforço e aguentar o corpo de Hannah, me deixou fodido.

Demônios. é um peso morto, tiro ela de cima mim de mim. Apalpo as pontas com os dedos e vejo que o curativo está cheio de sangue.

Porra a puta ferida se abriu.

Pego todos os instrumentos necessários para fechar a ferida em minha costela e colocar curativos limpos e tomo um comprimido para dor.

Depois de terminar a tarefa, caio exausto. Sinto o meu corpo pesado e manter as pálpebras abertas é uma luta. Eu me rendo e deixo o meu corpo se afundar em um estado de inatividade para recuperar as forças e foder a minha mulher com satisfação.

[...]

- “Quero o mau nascido que arquitetou tudo isso, só te darei dois dias Ethan, nada menos de quarenta e oito horas” - estar prostrado em uma fodida cama por dois dias olhando essas quatro paredes faz com que eu queira subir sobre elas.

Por causa do pequeno incidente com Hannah, a minha recuperação tem sido um pouco mais difícil. Neste momento quem está se encarregado dos negócios é Ethan, não tenho queixas dele. Mas não é o mesmo, quero ter o maldito controle do que é meu, não ver os resultados por meio de segundas pessoas.

Putos idiotas!

Eles vão cair em minhas mãos e suplicaram por sua morte. A porta se abre, mostrando uma mulher com uma bandeja nas mãos, poucos centímetros afastado do seu abundante ventre.

Maldita, essa mulher acabará com a minha existência. Não sei que diabos está passando por sua cabeça. Esses dois dias eu tenho estado duro como uma pedra e ela faz de propósito, ela me pagará por isso.

Ethan sai do quarto e a temperatura vai subindo. Tranquilo se não vou voltar a fazer outra estupidez e dessa vez será mais doloroso do que da última vez.

Respiro profundamente e acalmo as minhas ânsias.

Ela coloca uma bandeja cheia de frutas, torrada, café, iogurte, queijo e suco sobre as minhas pernas. Olho o seu rosto e a bandeja, faço isso umas três vezes, isso me faz pensar que ela está tramando algo.

- “O que é tudo isso?” - não é dever dela fazer isso.

Nada pode sair tão perfeito a final tudo é muito diferente. Minha pergunta pega ela de surpresa, suas bochechas adquirem uma coloração vermelha e seus olhos brilham. Diabos, fecho os olhos e tento respirar com normalidade. Se isso continuar assim, acabarei fazendo mal a ela e não vou me importar com nada.

- “É o seu café da manhã” - ela sussurra nervosa.

Meu rosto continua sem expressão alguma.

- “Por acaso você é uma maldita serva nessa casa para fazer essa merda?” - pergunto mordaz e seu rosto perde a cor.

- “Eu só trouxe a bandeja, não fiz nada” - suas palavras sai atropeladas e nervosas e seu corpo treme e sua pele fica mais branca que o papel.

- “Não quero esses malditos joguinhos que você idealizou em sua mente. Nós não somos nada, você é apenas a puta que carrega os meus filhos em tuas entranhas, por causa disso você não terá nenhum tratamento especial. Eu não te fodi ainda por causa da minha situação, quando essa merda sair de você eu te foderei tantas vezes que só colocarei um dedo em sua buceta e você terá um orgasmo. Agora sai daqui e não volte até que eu te chame” - grunho e ela sai apavorada fechando a porta.

- “Porque você é tão idiota?” - Ethan questiona irritado.

Mais merda para minha coleção.

- “Você não tem porque se meter em como eu trato a minha puta pessoal.”

- “Ela não fez nada demais, só tentou se amável, tente ser um pouco mais gentil” - já cheguei no meu limite. Eu lanço a bandeja nele e ele se esquiva com agilidade.

- “Se meta em seus malditos assuntos, não me faça cortar a sua cabeça e lançá-la no fogo. Vá foder com a sua estúpida mulher, utiliza seu tato de maricas nela e deixa que eu faça com a minha, o que me der vontade!” - se ele ficar na minha frente por mais um minuto eu vou fazer merda.

- “Você se arrependerá de tudo isso Axel!” - antes que eu possa responder ele sai do quarto deixando aquelas malditas palavras no ar.

Levanto o meu corpo do colchão e me dirijo ao banheiro evitando pisar nos cacos de vidro e a comida espalhada pelo chão, me olho no espelho, eu pareço um zumbi cheio de olheiras.

- “Esse é o momento de ressurgir das cinzas Axel, você não vai morrer por causa dessa insignificante bala” - eu digo para o meu reflexo e este me contesta com um sorriso concordando com as minhas palavras.

Tiro toda a minha roupa e entro embaixo do chuveiro. As gotas relaxam os meus músculos e mantém a minha mente em branco.

Depois do banho, me visto e saio desse inferno, mais um dia preso aqui eu perco a cabeça.

A ferida dói um pouco mas posso aguentar isso. Ana entra para recolher o desastre que eu fiz, algo típico de mim e dos meus ataques de fúria. O idiota do Ethan não sairá ileso dessas por ter metido o nariz onde não chamaram.

Ele tem que ser masoquista, não bastou o que aconteceu da última vez. Farei algo a respeito e ele não vai gostar nada.

Caminho pelos corredores até chegar na garagem, pego um dos meus carros e vou fazer uma visita para uma pessoa especial.

Minutos depois paro o carro há algumas quadras do meu objetivo. E vou caminhando até o meu destino.

Aperto a campainha e uma linda morena, de estrutura baixa e é com olhos  chamativos abre a porta.

- “Hum...Olá em que posso ajudar, senhor?” - ela olha curiosa e eu sorrio de lado.

- “Você é a Lexa?” - ela assente. - “Só vim deixar um recado para Ethan da minha parte” - depois disso ele não vai se meter nos meus assuntos.

Que os jogos comecem!

(...)

Fecho a porta cauteloso, limpo as minhas mãos para tirar toda a sujeira disso. Acho que eu posso ter me excedido, mas agora não posso fazer mais nada, sei que eu o adverti mil vezes, mas o filho da puta pensou que eu deixaria isso passar.

Dirijo ate o meu clube, preciso me distrair com coisas mais importantes. A essa hora o clube não tem tantos clientes, o que é perfeito.

Chego no meu escritório e vejo uma pilha de papéis em cima da mesa. A tranquilidade dura pouco, Ethan entra no meu escritório e seus olhos refletem todos os demônios que habitam em seu interior. Sorrio achando graça da sua atitude.

- “Filho da puta!” - ele ruge. Ele derruba tudo o que tinha em cima da minha mesa no chão, eu fico imóvel esperando a sua próxima atitude.

- “Você pensava que eu ia deixar isso passar?” - digo com toda calma do mundo e indiferente, e isso o deixa ainda mais furioso e ele pega a gola da minha cabeça.

- “Ela não tinha que pagar pela merda que eu causei!” - ele me levanta da cadeira e me emprenssa na parede.

- “Não me interessa, eu só fiz um pouco de carinho, já que você tem sido muito brando com ela” - eu digo zombando.

Seus olhos ficam fogo puro e antes que ele golpeie o meu rosto, me desfaço do seu aperto.

- “Volte a levantar a mão para mim, ou a desobedecer as minhas regras, e malditamente se meter no que não lhe diz respeito, não serei tão carinhoso com ela.” - eu sinalizo a porta para que ele saia.

Sozinho no meu escritório começo a cuidar das contas do meu negócio.

Isso será interessante.

A Vingança 2 -  O anjo é um demônio (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora