Alam, o Prostituto Inocente

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- Alam! Acorda logo seu merda que ta na hora da porcaria da sua faculdade! – de manhã bem cedinho meu pai acorda sempre irritado por causa do meu despertador tocando para me acordar para meu mais novo dia de aula

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- Alam! Acorda logo seu merda que ta na hora da porcaria da sua faculdade! – de manhã bem cedinho meu pai acorda sempre irritado por causa do meu despertador tocando para me acordar para meu mais novo dia de aula.

- Ok pai... – hoje em especial me sinto muito mal, acho que ontem de noite peguei frio em excesso, sem contar que acabou chovendo e eu não pude sair das ruas.

Minha cabeça está quente, meu corpo pesado e eu quase não consigo me aguentar em pé ou acordado. Tento tomar um banho quente e rápido, quase acabo desmaiando no banheiro, mas eu não poderia fazer isso senão meu pai iria me matar. Ele me odeia acho que desde que minha mãe morreu. Sinto falta da minha mãe, meu pai também sofre até hoje por causa disso tanto que ele acabou pegando ódio por mim, disse que eu deveria ter morrido no lugar dela, afinal, fazer outro filho é bem fácil.

Termino de me arrumar e vou para a cozinha tomar meu café da manhã. Pego as coisas para me fazer um sanduíche quando meu pai me pega pelo braço fortemente e me coloca contra a parede.

- O que pensa que ta fazendo sua puta?

- E-eu... Vou comer... – fiquei com medo, meu pai parecia realmente irritado essa manhã.

- Ah não, hoje não! – ele sorriu maldoso. – Ontem você não trouxe nada de dinheiro no trabalho e ainda acha que tem o direito de tomar café-da-manhã? Lembre-se do seu lugar sua puta!

Ele me jogou no chão e pegou seu cinto dobrando-o em dois. Tentei me afastar dele, mas acabei batendo contra a mesa então apenas tapei meu rosto com os braços para não ser acertado ali. Não era raro meu pai se irritar comigo ou me bater, na verdade acho até que acabei me acostumando até porque quase sempre ele estava bêbado quando me batia. Eu gritava com a dor, o cinto era grosso e de couro, sem contar que ele não poupava forças.

Sobre o "trabalho" ele se refere ao fato de eu ser um prostituto e ficar me vendendo todas as noites, sem folga nenhuma. Eu odeio fazer isso, mas ele me deu apenas uma opção: Ou eu me vendo para pagar minha faculdade e viver na casa dele pagando-o também, ou ele iria me vender para um bordel qualquer, porque ele não iria me bancar nem fodendo. Uma opção porque ele sabia que eu não iria querer ser vendido para um bordel, isso era óbvio. No fim eu iria acabar tendo que me vender igual, porque dessa maneira ganho o dinheiro rápido e na hora, mas meu pai me obrigou a cobrar um preço de 20 reais uma foda e 10 reais um boquete, não podendo ficar a noite inteira com o cliente, pois ele queria que eu estivesse em casa para ter certeza que não iria fugir, afinal, ele ganhava as minhas custas. Isso era muito pouco, minha faculdade custa em torno de mil reais por mês, pois ela é particular e ele ainda me cobra mil reais de "aluguel". Ele não me deixou terminar o colégio, e mesmo passando no supletivo eu não conseguia passar na faculdade pública. Como minha faculdade era muito cara então eu teria que me vender para muita gente para conseguir tudo, senão ele iria cancelar minha matrícula se eu não conseguisse todo o dinheiro. Por isso trabalho todos os dias, mas ontem em específico ninguém me quis, talvez porque minha aparência detonada estava horrível, eu estava cansado e com começo de gripe que no fim piorou depois com a chuva.

O Cretino e o ProstitutoOnde histórias criam vida. Descubra agora