Nova Vida, Novos Acontecimentos

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- Obrigado pelo trabalho duro, Alam! Nos vemos amanhã! – disse meu chefe, dono do bar onde trabalho.

- Até. – falei ao sair pelas portas dos fundos.

Eu trabalho como cantor em um bar famoso até. Aidan me ensinou a cantar, então fico trabalhando ali para ganhar alguma grana, mesmo que Aidan me sustenta, me sinto uma esposa dona de casa. Haha. E pensar que já faz 5 anos que estamos juntos como um casal. Nos mudamos daquele apartamento, pois, querendo ou não, ele me trazia lembranças muito ruins do que aconteceu comigo. Agora vivemos em um local um pouco mais perto do bairro festeiro da cidade e longe de onde fui obrigado a me prostituir. Também, graças a isso, não leva muito tempo para eu chegar em casa, deve demorar uns 20 minutos caminhando sem pressa. Eu canto ao vivo lá das 19h até as 23h e, modéstia a parte, mas eu tenho alguns fãs que vão todos os dias que trabalho para me escutar.

Aidan está quase se formando como chefe e quando ele inaugurar o restaurante dele eu irei passar a cantar lá. Estamos bem ansiosos para isso, decidimos que eu vou ser garçom também, o que parece ser muito divertido, sem contar que ele confia apenas em mim para ser o chefe além dele. No fim eu me formei em Design, mas nem trabalho com isso. Fico usando o que aprendi lá para desenhar e assim ganho dinheiro com pessoas me patrocinando para ver meus trabalhos.

Eu ainda fico como dona de casa, mas porque eu gosto mesmo. Aidan anda muito ocupado com a faculdade ainda e os planos do restaurante. Quando chega em casa fica cansado demais, mas mesmo assim passa um tempo comigo. Eu nem reclamo disso, ele está tentando realizar o sonho dele assim como eu realizei o meu de ter uma vida tranquila, com paz e felicidade. Tudo isso só foi possível graças ao Aidan, eu o amo tanto.

- Cheguei! – falei ao entrar em casa.

- Alam! Como foi o trabalho hoje? – se aproximou para me dar um abraço apertado e um selinho de boas vindas.

- Muito bom, já recebi meu pagamento do mês e ainda melhorei um pouco em certas músicas.

- E teus fãs? Também estavam lá?

- Sempre. – rimos, Aidan já sabia que eu tinha fãs que iam todos dias que eu cantava lá no bar.

- A janta ta quase pronta. – falou enquanto ia para a cozinha.

Olhei Aidan se afastar. Ele já parecia mais velho do que quando nos vimos na faculdade, eu também estou um pouco diferente, mas eu diria mais que foi meu cabelo que agora está comprido embaixo, mas não muito, e eu ainda gosto de deixar meu sidecut com minha típica franja. Aidan está com o cabelo mais comprido também, mas não chega a ser como o meu e não passa dos ombros. Arrumei a mesa para que ele pudesse trazer o jantar. Sempre que conseguimos jantamos juntos, gosto disso muito, confiamos muito um no outro e ainda, o melhor de tudo, não precisamos nos cuidar de nos esconder mais de ninguém. Nunca tive uma vida tão pacífica e boa, acho que nem quando minha mãe ainda era viva. Claro que não somos pacíficos o tempo inteiro, adoramos uma transa mais selvagem ou BDSM. Não negarei isso.

- Amanhã quero resolver as coisas sobre comprar aquele local pro restaurante.

- Acho que ele é bom, é grande, mas nada exagerado. Tem um bom espaço para a cozinha separado do salão. E ainda tem espaço para podermos montar o palco. – e sorri imaginando como seria ver o restaurante do Aidan indo bem e comigo cantando para seus clientes.

- Sim, eu adorei ali, boa localização, perto de casa e ainda e grande. Estou tentando ver com a corretora se consigo barganhar um pouco. – e riu.

- Tu adora barganhar mesmo. – rimos.

Terminamos nossa janta, fiquei lavando a louça enquanto Aidan preparava a banheira para tomarmos um banho juntos. As vezes, não sei porquê, mas eu paro e fico pensando em tudo que tenho, na vida que levo, no namorado que consegui, meu emprego... Tudo isso eram coisas que eu sempre quis e pensei que ia morrer sem ao menos saber como seria. Parece até mesmo que estou em coma e que isso tudo é apenas um sonho, se for mesmo então não me acordem nunca. Terminei de lavar tudo e me dirigi ao banheiro onde estava quase tudo pronto. Aidan estava apenas de cueca, fiquei encostado na porta observando ele o tempo inteiro mordendo o lábio inferior com desejo. O corpo dele é tão lindo e ficou melhor ainda com o passar desses cinco anos. Ele não fez mais nenhuma tatuagem, a única coisa nova mesmo foi o transversal que ele botou quando eu havia "morrido", mas está lá ainda. Toquei no meu transversal e depois olhei para o meu dedo onde havia a aliança com o nome do Aidan gravado. Sorri vendo-a, não tinha como eu não ficar feliz. Quando avistei meu querido namorado ele estava já me esticando a mão para acompanha-lo no banho. Tirei minhas roupas e fui sem hesitar. Preciso nem dizer que acabamos transando ali na banheira. Logo depois acabamos indo dormir de tão esgotados.

O Cretino e o ProstitutoOnde histórias criam vida. Descubra agora