Prisão Invisível

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Acordei no dia seguinte apenas, no fim fiquei tão cansado que dormi sem jantar. Sentei na cama, eu ainda estava nu e senti algo escorrer de dentro de mim. Me lembrei do que havia acontecido ontem a noite, então era assim que os passivos se sentiam quando a gente goza dentro deles, é muito estranho. Foi então que me liguei que Alam havia aceitado dormir comigo, virei para o lado dele na cama e estava vazio. De certa forma fiquei um pouco pra baixo com isso, será que ele saiu um pouco depois de eu cair no sono ou dormiu ali comigo mesmo? Coloquei a mão no canto dele, mas ainda estava um pouco quente, ele havia dormido comigo sim até amanhecer ao meu lado, senti meu coração palpitar um pouco mais rápido com isso, será que estou conseguindo tocar no coração dele nem que seja um pouco? Escutei passos chegando até o quarto e olhei para a porta.

- Ah já acordou. Eu vou tomar banho agora. – ele estava completamente nu, igual a mim.

- Ah, então depois que sair me chama que eu vou.

- Não quer vir junto?

- Hã? – eu ouvi direito? Alam realmente estava me convidando para tomar banho junto dele? Ele nunca fez isso e eu nunca imaginei que isso fosse acontecer.

- Vai vir ou não? – e saiu para o banheiro.

Levantei da cama, sinceramente com uma certa dificuldade, e segui para o banheiro também. Notei que a banheira estava cheia já e Alam estava verificando a água para logo então entrar.

- Tu encheu a banheira. – soltei uma risada sorrindo, eu não enchia-a a muito tempo por preguiça de esperar mesmo.

- Fazia tempo que eu queria tomar banho de banheira, então achei válido enchê-la agora.

- Aé? E por quê?

- Hum, porque sim mesmo. – e afundou nela para molhar a cabeça. – Não vai entrar? – sorriu.

Não tinha como eu recusar esse convite, afinal, meu desejo de entrar ali junto de Alam era bem forte. Sentei no lado contrário dele apoiando minhas costas na parede. A água estava ótima para relaxar depois da noite anterior e a companhia melhor ainda.

- Fiquei realmente surpreso por tu me convidar pra tomar banho contigo. – falei enquanto relaxava a cabeça apoiada e com os olhos fechados ainda sorrindo.

- Achei que tu mereceu o convite depois do que fez.

- Ora, estou me sentindo lisonjeado. – e olhei para ele agora apoiando minha cabeça na minha mão.

Eu já estava surpreso pelo convite, mas então fiquei bem mais quando Alam de repente começou a se aproximar de mim abrindo minhas pernas. Eu não estava entendo o que ele fazia até ele se virar de costas e sentar na minha frente apoiando as costas no meu tronco e a cabeça no meu ombro. Eu estava completamente sem reação, isso parecia algo que acontecia em filmes apenas, não imaginei que poderia acontecer comigo algum dia. Como eu estava sem reação alguma então Alam pegou meus pulsos e me fez abraçar o tronco dele por baixo de seus braços. Vi seu pescoço a mostra e comecei a beijá-lo em quase todos os cantos de pele que eu alcançava. Alam apenas colocou a cabeça para o lado oposto facilitando mais ainda que eu conseguisse beijá-lo.

- Eu já nem consigo te reconhecer Aidan. – disse e parei com o que estava fazendo.

- Sinceramente, nem eu.

- Tem vezes que eu sinto como se tivesse voltado no tempo para quando ficávamos juntos e isso chega a me dar uma saudade. – se fosse para o colégio eu sentia falta, mas da minha situação em casa eu não sinto nem um pouquinho de saudade.

Não sabia direito o que responder, mas acho que eu sinto a mesma coisa que ele. Sem contar que eu me sinto muito mais livre agora do que antes. Virei o rosto dele e o beijei, ele retribuiu logo depois sem contestar nem nada mais, eu sentia que ele parecia estar se abrindo mais para mim agora. Senti que todo meu esforço não foi em vão, estar assim com ele é simplesmente o que eu mais queria alcançar, quero que Alam possa confiar em mim mais uma vez e dessa vez não irei larga-lo mais.

O Cretino e o ProstitutoOnde histórias criam vida. Descubra agora