Saudades

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[Atualmente]

- Oi Aidan. – sorri acenando tranquilamente. Ele estava parado sem reação com a surpresa, pelo que me disseram ele passou por um choque muito extremo quando eu "morri", deve ser difícil para ele me ver agora.

- Mas... Tu morreu, eu vi... Na minha frente... Eu morri por acaso? – e se virou olhando para o mar atrás dele. – Não parece que eu caí... – disse e acabei rindo de sua resposta.

- Aidan. – chamei ele que se virou para mim no mesmo instante. – Eu estou aqui, você pode me tocar para ver que não sou um fantasma.

Vi-o se aproximar lentamente, parecia inseguro e se continha ao máximo. Suas mãos tremiam enquanto chegavam perto do meu rosto, ao me encostar senti aquele calor dele que eu tanto gostava. Segurei suas mãos em meu rosto e fechei o olhos enquanto mexia meu rosto fazendo-o me acariciar.

- Alam! – vi lágrimas começarem a rolar pelas suas bochechas e ele me abraçou.

Seu abraço era forte, continha toda saudade que deveria sentir de mim e eu me senti muito feliz por sentir aquele amor dele. Ele se afastou segurando meu rosto ainda e me puxou para um beijo. Abracei seu pescoço e aprofundamos mais naquele beijo quente e delicioso. Quando começamos a nos sentir sem ar nos separamos e ficamos nos olhando diretamente nos olhos.

- Eu não acredito que tu ta vivo... – falou sorrindo lindamente, como eu amava aquele sorriso dele verdadeiro.

- Sinceramente, nem eu. – falei rindo sentindo uma lágrima escapar do meu olho também.

- Mas... Como? Eu vi tu morrer, as máquinas mostravam também, seu corpo ficou completamente frio e pálido também...

- Bem... Como posso explicar. Digamos que aquele tal de Henrique me matou mesmo. – falei com um sorriso forçado.

- O QUE?! – gritou espantado – O Henrique fez o que?! – vish, falei coisa que não devia. – Eu vou matar ele! – fechou o punho e ficou irritado.

- Não me mate Aidan, eu sou legal. – chegou ele com Sebastian ao lado.

- Seu filho da puta! Foi tu que fez aquilo com o Alam?! – e foi atrás dele que se escondeu atrás de Sebastian enquanto mostrava a língua igual a uma criança. – Porra! Eu confiei em ti seu filho da puta!

- Aidan, calma. – cheguei na frente dele para tentar acalmá-lo.

- É Aidan, calma. – disse ele em tom debochado rindo, isso me irritou muito mesmo.

- Tu cala a boca! – falou irritado apontando para Henrique que sorria divertido junto de Sebastian que se deram um soco com soco.

- Tu tava muito em cima do Alam, estava chegando a ser até... Entediante. – falou depois de uma pausa.

- E isso era motivo?! – ele realmente estava irritado, preciso fazer algo antes que ele saia em socos para cima do Henrique.

- Bom, isso não te deu mais vontade e raiva para conseguir vencer em seu objetivo? Notou agora Aidan?! Tu ta livre finalmente, isso não é bom? Alam morreu apenas por algumas horas, mandei que o desenterrassem depois e fiquei cuidando dele no hospital.

Eu via Aidan praticamente bufando de raiva enquanto escutava Henrique. Eu sinceramente não queria que ele se irritasse justamente num momento assim, comecei a ficar até mesmo um pouco irritado. Eu estava aqui agora era isso o que importava.

- Aidan! – falei mais alto para chamar sua atenção, o que deu certo. – Estamos livres. – falei sorrindo logo depois e o abraçando. – Finalmente estamos livres... – repeti me sentindo melhor ainda por conseguir dizer isso com certeza absoluta e ainda mais conseguindo sentir o calor de Aidan em minha pele.

O Cretino e o ProstitutoOnde histórias criam vida. Descubra agora