Tornozeleira

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Nicolas
Okay , eu disse que ela podia ir embora mas, que nunca mais desse o azar de se encontrar comigo .

Mais aí você diz, tu que atropelou a menina e fez ela perder o voo , tá tô sabendo , mas é que tipo eu ainda não acredito que ela tá aqui a passeio.
Como que uma menina linda dessas fica fora um tempão e não tem uma notícia , nada , nem na Net é tipo eu tô ligado mano tô sempre em alerta, e depois que ela apareceu eu não consegui esquece que ela achou a minha casa fácil, facil .

Não é pra isso acontece ,até porque eu mal vou naquela casa, só quando quero mostra que sou importante, dar uma festa ou algo do tipo , fora isso fico no meu apartamento .

Só que aí eu encontrei ela no beco, apavorada e me deu dó por saber que ela estava daquele jeito só porque eu não acreditei nela, daí ela tem um pesadelo muito do doido lá, depois vai embora e agora é atropelada por mim.
Fora que ela tá machucada , e não tem roupa , ou dinheiro, como ela vai voltar pro Brasil, se é que ela é de lá mesmo.

Ta osso não consigo descidi o que fazer , tipo eu podia matar ela ia me poupar tanto trabalho e dor de cabeça, mas aí eu chego perto dela, e ela me olha com aqueles olhos que me deixam perdidos e querendo cuidar dela .
Aquela boca linda que puta que pariu vontade de beijar, aí vem tudo na cabeça que porra de menina e ela ? De onde veio? O que veio fazer aqui.

Aí agora ela tenta fugir , porra eu dei uma cama e comida pra ela, e  assim que ela agradece , fugindo da minha casa , tá de sacanagem se ela achou que chegaria no aeroporto sem ser pega de novo .
Eu mando em tudo , não tem nada que eu não saiba , e se não sei é porque não tá acontecendo .

Depois de deixar ela no quarto tranquei a porta e fui pro meu quarto, tomei um banho coloquei uma cueca e me joguei na cama , tô cansada o preciso dormir .
Acordei num pulo escutando gritos vindo da casa , saio do quarto com a minha arma na mão ,vou andando até o local dos gritos , escuto um nome , depois outros e no final o meu .

Abro a porta e vejo a menina deitada na cama se debatendo e gritando pedindo pra não machucar ela ,travo a arma e coloco em cima da cômoda , e vou até ela pra acorda-la .
Vejo lágrimas escorrendo de seus olhos e seus gritos cada vez mais doídos, e como se ela estivesse revivendo algo muito ruim.

É eu não fui o único a fazer parte desse pesadelo, toco em seu braço e chamo seu nome fazendo ela acorda assustada e chorando mais e mais , ela se enrola no edredom e fico olhando a cena .
Seu corpo suado e seus cabelos bagunçados .

Vou no banheiro e ligo o chuveiro , volto no quarto e pego ela pelo braço que de começo fica meio apreesiva em me seguir , mais quando ela bamebia e seu rosto toca no meu peito descoberto sinto sua pele fervendo .

Ela está com febre , e não sei muito o que fazer além de banho e remédios, esperando que abaixe , mas vamos começar pelo banho.
Ajuda ela a se molhar a água morna faz ela tentar correr do chuveiro, depois que ela desiste de correr tiro a blusa que é usa e enrolo ela na toalha.
Levo ela de volta pro quarto e sento ela,vou até meu quarto pego uma blusa e entrego a ela.

Pego um antitérmico e entrego com um copo d'água, ela bebe e se deita de novo, agradece e fecha os olhos.
Espero até notar que sua respiração se acalmou e volto para o meu quarto.
Nunca passei por isso, nunca cuidei de alguém igual estou fazendo por ela, sei que não devo nada a ela, mas também não posso jogar ela na rua esperando que morra .

Alícia

Dois dias trancada nesse quarto apenas recendo comida e água .
Eu tô cansada , e tão confusa ,odeio esse sentimento de ser incapaz.
Passo o dia na cama ,acho que tô criando raiz .

ArlequinaOnde histórias criam vida. Descubra agora