Jennifer fingiu estar com uma dor de cabeça muito forte e Patrick acreditou. Ok, ele desconfiou um pouco, mas não insistiu, sabia que se começasse a pegar no pé de Jennifer ela ia acabar não indo de uma vez por todas.
-Hey! Patrick! -Larissa correu até o rapaz quando ele já estava indo embora para casa depois do término da reunião. -Como assim vai embora para casa sem me esperar? -Ela sorriu e a barriga de Patrick deu uma leve sacudida.
-Oh, desculpa, Obreira. -Ele sorriu, era impossível você não sorrir quando olhava para a jovem, todo o rosto da garota parecia iluminar. -É que como você sabe, Jennifer está em casa, e não gosto de demorar muito.
Larissa franziu as sobrancelhas como se não gostasse da ideia de que Jennifer estivesse morando junto com Patrick, mas rapidamente disfarçou o olhar. Ela não tinha nada que opinar na vida do rapaz a sua frente, eles eram apenas amigos.
-É mesmo, mas mesmo assim, você tem que levar a minha bolsa. -Ela entregou a bolsa enorme para Patrick.
-Já disse para a senhora, Obreira... Não precisa levar a sua casa na bolsa quando for trabalhar. -Ele fez uma careta como se estivesse carregando o mundo e os dois começaram a rir. -Se duvidar, até a sua mãe deve estar aqui dentro.
-Para de ser besta! -Ela empurrou de leve o ombro do rapaz, sem conseguir conter a própria risada. -E como está a pequena?
-Ah, a Valéria está bem, mas acho que ela ainda não está acostumada comigo.
Jennifer havia feito Patrick prometer que ele não contaria a ninguém sobre a menina, mas ele sabia que podia confiar em Larissa, e sem pensar duas vezes ele contou tudo para a jovem.
-Acho que é porque toda vez que ela te chama de papai você a corrige!
-Mas Obreira! Ela não é a minha filha!
-Você não sabe!
-Mas ela não pode ser...
-Patrick. -Ela parou na frente do rapaz antes que ele entrasse em seu apartamento. -A criança não tem culpa do que você e a Jennifer fizeram, ela só precisa de alguém que cuide dela, que de carinho, atenção...
-Isso a mãe dela que dê. -Patrick virou o rosto e cruzou os braços.
Larissa respirou fundo e pegou sua bolsa das mãos de Patrick:
-Certo. Não sou eu quem vai te convencer, mas espero que a pequena tenha pelo menos o amor da mãe.
Ela se despediu de Patrick e o rapaz entrou no apartamento. Ele sabia que às vezes era duro com uma criança que nem entendia o porquê que não podia chamar Patrick de papai sendo que sua mãe havia ensinado daquela forma.
Valéria não entendia o que era teste de DNA. Não entendia que Patrick estava mudando e tentando deixar o seu passado no passado. Os seus erros esquecidos. Não entendia que ela fazia parte disso na vida de Patrick e que ele entendia que seguir em frente era deixar tudo para trás, mesmo que envolvesse uma criança.
Ele não queria que Valéria fosse sua filha, mas sentiu o coração apertado quando pensou que qualquer homem que estava na rua, ou às vezes nem vivo mais estava poderia ser o pai dela.
Patrick respirou fundo e abriu a porta do seu pequeno apartamento.
Jennifer estava gritando e seu rosto estava vermelho por causa da raiva. O rapaz olhou rapidamente viu Valéria embaixo da mesa chorando.
-O que está acontecendo? -A voz grave de Patrick fez Jennifer se calar.
A jovem olhou para o rapaz e Patrick estranhou. Ele nunca havia visto Jennifer daquela forma.
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Feito de Orgulho
Spiritual"Eu sempre fui o melhor. O melhor filho, o melhor aluno, o melhor das crianças da igreja, o melhor adolescente, o melhor jovem, o melhor Obreiro e consequentemente eu seria o melhor Pastor!" Patrick sempre esteve rodeado de pessoas que o admiravam...