Rachel Petrelli é uma garota de família pobre que apesar das dificuldades financeiras, consegue ser admitida em um colégio de alto padrão para estudar com seu melhor amigo Kenon Thompson.
No colégio Makenzie , os alunos são riquíssimos e adoram os...
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Deixei Gustavo na escola e fui ver minha mãe antes de ir para o colégio. O relógio já marcava mais de 10h quando saí do hospital, e sabia que precisava me apressar se quisesse assistir às aulas do segundo período. O tempo estava correndo contra mim.
Corri por vinte minutos, cortando caminho pelas ruas da cidade, até finalmente chegar. Mas só consegui entrar pelos portões após 15 minutos de conversa com um segurança esnobe, que duvidava que eu realmente estudasse ali. Quando finalmente passei, o olhar dos alunos nos jardins, refeitórios e pátios era de surpresa. Eles não esperavam que eu voltasse, e honestamente, nem eu esperava.
Minha mãe havia insistido tanto para que eu não faltasse às aulas, estava tão animada, que não tive coragem de contrariá-la. Então, decidi aguentar mais um pouco.
Carregava o casaco de Thomas, pensando em agradecê-lo novamente pela ajuda e devolvê-lo. Não demorou muito até encontrá-lo no segundo andar do refeitório, onde ele e seus três amigos geralmente se reuniam. Sentado em uma das poltronas, parecia distraído. Eu me aproximei e, assim que parei na frente dele, disse:
– Eu queria devolver isso.
Ele levantou os olhos castanhos, que me encararam com um brilho enigmático, como duas pedras de mármore escuro.
– OK. – respondeu, sem muito interesse, pegando o casaco e colocando-o de lado.
– Desculpe não devolver antes... Ah... Eu também trouxe isso como agradecimento pela ajuda. – continuei, um pouco nervosa, estendendo um saco de biscoitos para ele.
Thomas olhou curioso para o pacote e, depois de cheirar o embrulho, comentou:
– Os biscoitos da minha mãe costumavam cheirar assim...
Eu estava ansiosa, não sabia bem o porquê, mas estava preocupada com o fato dele gostar ou não dos biscoitos.
– Eu que fiz, espero que goste. – falei, sentindo uma tensão no ar.
Thomas pegou um biscoito e deu uma mordida. Seu sorriso doce fez meu coração aquecer instantaneamente, e, sem perceber, estava sorrindo também. O encarava enquanto ele comia, absorta, quando de repente alguém puxou meu braço com brutalidade. O susto foi imediato, e lá estava ele, o ilustríssimo Victor.
– O que te dá o direito de vir aqui e dirigir a palavra a ele? Está desistindo da sua declaração de guerra? – perguntou, me encarando com aquele tom de desprezo.
Eu me forcei a me soltar, sentindo uma vontade de socá-lo novamente, mas contei até dez. Tentei manter a calma.
– Em primeiro lugar, não estou desistindo de nada. E em segundo, se bem me lembro, declarei guerra contra você. – retorqui, olhando para os amigos dele, que assistiam à cena sem dizer nada. – A menos que algum deles queira aderir... – acrescentei, com um sorriso de ironia.
__To fora!! Se ouviu em uníssono dos três.
– O quê, Victor? A gente não quer que ela nos acerte também. – se defendeu Richard, dando de ombros, o que fez Victor o fulminar com um olhar mortal.