CAPÍTULO 01

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PV:FELICITY

Desembarquei no aeroporto de Star City nas primeiras horas do dia, um vento frio passou por mim e na mesma hora  encolhi-me abraçando meu próprio corpo, acho que pelo menos o clima aqui não era tão diferente de onde eu morava.
Encarei mais uma vez o papel em minhas mãos, o coitado já estava todo amassado de tanto que eu o apertava tamanho era meu nervosismo.
- Pode levar-me a esse endereço? perguntei confiante ao taxista que encarava-me curioso.
- Esse lugar é longe, você sabe que fica em uma floresta no meio do nada? perguntou assim que lhe entreguei o bendito papel.
- Sim, a minha madrinha mora lá, ela está esperando por mim, soltei um suspiro nervoso e o taxista bonitinho pareceu perceber.
- Não se preocupe moça, eu a levarei até lá, mais rápido que um flash, a propósito meu nome é Barry Allen, ofereceu-me a mão em cumprimento e eu aceitei de bom grado.
Sem perder mais nenhum segundo, o taxista simpático que agora eu sei que se chama Barry guardou minhas coisas no porta malas do seu carro e em menos dez minutos estávamos na estrada.
- Você é um taxista muito simpático Barry, falei exibindo um sorriso gentil no rosto.
- Na verdade eu não sou taxista, o olhei incrédula depois de ouvir tal informação, meu primeiro pensamento foi querer pular do carro, o segundo pensamento era que provavelmente eu morreria por pular em um carro em alta velocidade.
- Não precisa ficar com medo loirinha, eu sou um dos mocinhos, Barry sorriu ao mesmo tempo que me deu  uma piscadela, suspirei aliviada.
- Por que você disse que era taxista? perguntei confusa e curiosa ao mesmo tempo.
- Eu não disse que era taxista, foi você quem deduziu que eu era, foi a cor do carro ? pergunta com um ar de diversão, assinto envergonhada.
- Deveria ter dito que não era taxista! agora estou me sentindo uma idiota, reclamei cruzando os braços.
- Desculpe, sorriu gentil.
- Mas eu percebi que você não era daqui, estou certo?
Faço que sim com a cabeça.
- Fui levar minha irmã ao aeroporto, estava vindo embora quando você me abordou, seu semblante confuso me fez pensar que você não era daqui e consequentimente não conhecia nada. Barry sorriu e eu assenti novamente.
- Por que me ajudou? perguntei interessada.
- Não me leve a mal, mas uma garota bonita que não conhece nada por aqui poderia chamar a atenção de pessoas com más intenções, além disso, esse lugar pra onde você vai fica muito longe de tudo, é praticamente uma floresta deserta, Barry encara-me de forma curiosa.
- Não querendo ser inconveniente, mas você têm algum parente morando lá além da sua madrinha?
- Não tenho mais ninguém além da minha madrinha, respondi dando de ombros e sem maiores explicações, ele apenas assentiu.
Acho que nossa viagem demorou umas seis horas, o lugar realmente era longe, assim que paramos em frente ao enorme portão minha pele se arrepiou e um calafrio estranho  atingiu-me em cheio, suspirei pesado.
- Chegamos, Barry falou assim que estacionou o carro, eu ainda encarava a propriedade com um misto de curiosidade e confusão.
- Eu só espero não levar um pé na bunda como presente de aniversário, pensei em voz alta e o Barry gargalhou.
- É seu aniversário ? perguntou interessado, meneei levemente a cabeça em afirmação.
- Feliz aniversário então,  deu-me um abraço de lado e um beijo na bochecha, ruborizei instantâneamente.
- Nossa eu nem sei como te agradecer pela ajuda, falei timidamente.
- Toma, eu ia pagar o taxista mesmo, lhe entreguei uma nota de cem dólares.
- Não precisa me pagar, ajudei por quis e por que você me pareceu uma pessoa muito legal, Barry sorriu gentil.
- Então, Barry colocou as mãos no bolso parecendo nervoso.
- Nós somos praticamente amigos e você ainda não me disse seu nome, Barry falou com um ar de diversão.
- Meu nome é ...
- Ai meu Deus ! filha graças a Deus que você chegou, ouvi a voz de minha madrinha e na mesma hora corri ao seu encontro.
- Madrinha! gritei emocionada enquanto  jogava-me em seus braços.
- Ah, minha querida, eu queria tanto ter indo te buscar no aeroporto mais não tive permissão, minha madrinha disse com pesar.
- Não tem problema, o importante é que eu estou aqui, falei secando uma lágrima teimosa, e só  agora  percebi  que  estava  chorando.
- Vêm meu amor, temos muito o que conversar, e também você deve está cansada e com fome, minha madrinha falava enquanto acariciava meu rosto.
- Eu já tirei todas as suas coisas do porta malas, Barry fala  aproximando-se de forma tímida.
- Madrinha, esse aqui é meu amigo Barry, ele foi muito gentil em  trazer-me até aqui, falei sorridente.
- Muito obrigada por trazer minha afilhada, você não sabe como eu estava preocupada com essa mocinha aqui, minha madrinha  abraça-me de lado.
- Se quiser eu também posso ajudar a levar as malas até a casa, Barry foi solícito.
- Não se preocupe querido, você já foi muito gentil com minha afilhada, não quero que seja escorraçado daqui depois  de tudo  o que  você  fez, Berry  franzi  o cenho  confuso e minha  madrinha  suspira  cansada.
— O meu  patrão  não  gosta  que  ninguém  entre  na  mansão, foi  uma verdadeira guerra ela  permitir  minha  afilhada  vir me  visitar, minha  madrinha  se explica.
— Está  tudo  bem, eu  adorei  te  conhecer  loirinha, Barry fala   de forma gentil,  eu  não  resisto  e um  sorriso  bobo  nasce  em  meu  rosto.
— Quem  sabe  nos  encontramos  por  aí  qualquer  dia  desses né!  ele me  dá  uma  piscadela e caminha  em  direção  ao  seu  carro.
— Berry! o chamo  e ele  me  encara  curioso.
— Obrigada, você  foi  muito  legal  comigo, a gente  nem  se conhece  e você  foi  tão  gentil, me  aproximei  e lhe  dei  o beijo  no  rosto, sorri  quando  ele  ruborizou.
Barry  foi  embora   deixando-me  a sós  com  minha  madrinha, só  depois  lembrarei  que  eu  nem  lhe  disse  meu  nome, fiquei  triste  por  isso.
Peguei  minhas  malas  com  a ajuda  de minha  madrinha e entramos  na  mansão  mal assombrada, sim,  mal  assombrada, aquele  lugar  parecia  um  mausoléu, nem  parecia  que  morava  alguém  lá, sem  falar  que  era  escuro, frio  grande  demais, é  sério  eu fiquei  com  medo  de entrar  na  casa, se não  fosse  pela  minha  madrinha  eu  não  tinha  entrado.
— Querida, minha  madrinha  chama-me de forma carinhosa,
- Seu  quarto  é  aqui  em  baixo  ao  lado  do  meu, o andar  de cima  é  proibido...
— Por  que? tive  que  perguntar.
— Felicity, por  favor  filha, não  vá  lá  em  cima, muito  menos  na  ala leste, o Sr.Queen  pode  ser  muito  ríspido  com  você querida, e eu  também não   quero  que  você   vá  embora  agora.
Aqui  é  muito  solitário, não  sabe  como  estou  feliz  por  vê-la, pelo  menos  eu  vou  ter  alguém  pra  conversar...
— Madrinha,  respira, falei  com  um  ar  de diversão.
— Desculpa, é que  faz  muito  tempo  que  eu  estou  sem  ter  alguém  pra  conversar...
Raissaaaa!  fomos  interrompidas por  um  berro que  fez  meus olhos  arregalarem e meu  coração  quase  saltar  pela  boca  tamanho  foi  o susto  que  eu  levei.
— Deus  do  céu  o que  foi  isso? perguntei  alarmada  e com  a mão  em meu  peito.
— É  o Sr.Queen, minha  madrinha  suspira cansada.
— Fique aqui  filha, e não  faça  barulho, eu  vou  lá  ver  o que  ele  quer,  minha  madrinha nem  esperou  uma  resposta  de minha parte imediatamente saiu  desesperada em  direção  ao andar  de cima.
Fiquei  até  com medo de me mexer  e fazer  algum  barulho, vai  que  ele  se irrita e vira  uma  fera.

DOIS  CORAÇÕES  E UM  DESTINO Onde histórias criam vida. Descubra agora