DOIS CORAÇÕES E UM DESTINO

CAPÍTULO 29

PV: FELICITY

DOIS DIAS DEPOIS

Dada que é a emoção e não a razão a chave para todo o comportamento humano e crimes cometidos.
Eu estava exausta, cansada, Susan era um monstro sem limites, ela estava torturando-me durante esses dois dias, ou seria duas semanas? minha cabeça já estava confusa, a falta de água e comida deixaram-me fraca, tão fraca que nem sentada eu conseguia ficar mais, Susan confessou todos os seus crimes com riqueza de detalhes, a morte dos pais adotivos, a irmã, o marido, os maus tratos a pequena mel, eu estava enjoada com toda a sujeira que saia de sua boca tão naturalmente, seu prazer era fazer tortura psicológica nas pessoas. senti isso na própria pele.
- Você está um lixo! Susan desferiu um chute em minhas costas, faltaram-me forças para gritar.
- Por que não acaba logo com isso? gemi por conta da dor.
- Mais por que a pressa? ver você morrer aos poucos e bem mais divertido, tive que segurar as lágrimas para não demonstrar fraqueza diante de sua locura, Susan gargalhava descontrolada. meus pés e mãos estavam amarrados e por conta da fraqueza até meus olhos as vezes ficavam embaçados.
- Sabe, Susan sentou ao meu lado com uma garrafa com água nas mãos, ela sabia que eu estava com sede e precisava de água, estava torturando-me.
- A nojenta da Mariana era tão forte e corajosa como você, deu trabalho para morrer a desgraçada!
- Por que fez tudo isso? eles eram sua família te adotaram te deram um lar, como pôde ser tão cruel? eu queria entender por que Susan era tão pervessa.
- Eu era filha única, tinha tudo só pra mim, então, veio a Mariana, filha legítima e tirou tudo de mim! Susan levantou-se alterada, era nítido seu desequilíbrio emocional.
- Eu fiz com que ela fosse mandada para o internato, mais a mamãe queria sua filhinha amada de volta e isso só fez minha raiva por todos eles aumentar! seu sorriso sombrio tinha um misto de locura e frustração.
- Eu já te contei isso mais vou falar de novo, é divertido.
Com muito esforço consegui sentar enquanto Susan parecia saborear cada palavra que pronunciava.
- Quando fiz vite e um anos pedi dinheiro ao meu pai para ir embora, eu já estava cansada de todos eles, o infeliz negou então botei fogo na casa com eles dentro, levei um susto com a gargalhada que escapou de sua garganta, Susan não tinha remorso algum do que fez,
- Infelizmente a idiota da Mariana tinha saído nesse dia e por isso meu plano não foi tão perfeito, com a morte dos velhos recebi o dinheiro, tive que ficar responsável pela nojenta da Mariana.
Três anos depois
Conheci o Oliver em uma festa, ele estava comemorando que tinha acabado de se formar, me apaixonei por ele perdidamente desde de então, aproveitei que ele estava bêbado e fiz ele acreditar que dormimos juntos, eu só queria ficar com ele, teria sido perfeito se ele não tivesse me chutado no dia seguinte e me rejeitado como fez, Susan tinha o olhar vazio e assustador enquanto falava, acho que pela milésima vez, ela sentia um prazer doentio em se vangloria de tudo o que fez.
- Por várias semanas o persegui e ele continuou me rejeitando, até o papai Queen se intrometeu, não imagina minha felicidade quando ele morreu, Susan sorriu ao falar.
- Enfim, antes disso acontecer, descobri que minha irmãzinha nojenta além de ter ficado com meu amor também estava grávida dele, não pensei duas vezes, prendi a traidora no porão até o bebê nascer, ninguém saberia que ela estava grávida e para todos que perguntaram eu disse que ela foi estudar fora do país , convenci a todos que eu estava grávida e quando fosse o momento certo iria procurar por Oliver, as coisas não saíram exatamente como planejei, Oliver ficou cego depois do acidente e se isolou, então tive que esperar, mais para você não dizer que eu fui tão má deixei Mariana ficar cuidando da nojentinha da filha por dois anos, ela era chorona e aquilo me irritava ao extremo, as duas ficavam trancadas no porão, para todos os efeitos eu era a mãe da menina, até registrei ela no meu nome, Susan sorriu orgulhosa de si mesma.
- Contratei Vanessa para cuidar dela e logo percebi que ela faria qualquer coisa por dinheiro, então nos tornamos cúmplices.
As coisas ficaram complicadas quando que por um descuido da Vanessa Mariana quase escapou com a filha, sorte que cheguei a tempo de impedi-la, foi quando a fiz passar por louca e a internei no manicômio, fiz um bom trabalho por que ela realmente parecia louca, será que foi por que eu disse que tinha matado a filha dela afogada? ela com certeza sabia que eu era capaz disso e muito mais.
- Você é um monstro sem coração! a acusei mais foi mesmo que lhe dirigir um elogio.
- Blá Blá Blá, fala sério! você tem que virar o disco, deboxou.
- Eu precisava parecer uma pessoa inocente diante de todos, por isso me casei com um homem bom e de boa índole, tinha que manter as aparências, James Willimes era tudo isso, ficamos casados por dois, mudei meu sobrenome, acho que foi o momento mais feliz da nojentinha por que ele adorava ela e a tratava como filha, mais eu acho que ela nem se lembra dele, ela só tinha quatro anos quando eu o matei, Susan voltou seus olhos a mim e foi impossível não perceber a maldade em seus olhar.
- Não me olhe assim, "Santa Felicity" ironizou.
- Eu fui obrigada a fazer isso, ele era um repórter muito esperto e começou a vasculhar meu passado, tive que matá-lo quando ele descobriu tudo, eu fui mais esperta e fiz parecer que ele foi vítima de uma quadrilha que ele  investigava, sabe como é né, queima de arquivo, sorriu debochada.
O resto você já sabe, antes de procurar o Oliver matei a Mariana e fiz todos no manicômio pensar que foi suicídio, afinal ela era louca, foi tão perfeito...
- Você vai pagar por todas as suas maldades! com meu último resquício de força esbravejei.
- Isso é tão cansativo, Susan sorriu debochada.
- preciso ir ao banheiro, pedi, tinha a esperança que ela me soltasse e com isso eu teria uma chance de contra atacar.
Minha família e Oliver com certeza estavam desesperados, dois dias sem notícias minhas era muito tempo.
- Quer saber, Susan encarou-me.
- Serei boazinha com você, eu também já estou cansada é melhor acabar de uma vez com isso, ela voltou a pegar sua arma e começou a me desamarrar.
- Faça o que tiver de fazer por que será a última coisa que fará em vida, respirei aliviada assim que senti minhas mãos e pés livres.
Mesmo sem forças avancei em cima de Susan tentando desarma-la, precisava virar o jogo se não essa louca me mataria.
- Vadia! Susan esbravejou quando percebeu que estava desarmada, aproveitei a oportunidade para lhe dar umas tapas na cara.
- Você vai pagar por tudo o que fez! tentei lhe dar mais um golpe mais estava muito fraca, Susan pegou a arma de volta e deu um tiro para o alto dando-me o maior susto.
- Já chega! fui boazinha demais com você, deveria ter feito como planejei e te matado de uma vez por todas, levanta! gritou.
- Vamos até a rampa, a maldita puxou-me pelos cabelos escada acima, não tinha forças nem para gritar e pedir socorro.
Meu coração gritava por Oliver desesperadamente.
- O que acha? não é uma visão maravilhosa, ficará ainda melhor quando eu te jogar lá embaixo.
Fiquei horrorizada com o som de sua risada, olhei para baixo e mesmo com minha visão um pouco embaçada dava para ver o caldeirão de cozimento borbulhar.
- Você vai fritar literatura, alí dentro só têm soda cáustica e gordura não vai sobrar nem os ossos para contar a história...
- Você não precisa fazer isso, tentei dissuadi-la.
- É claro que eu preciso! Oliver vai se arrepender por ter me rejeitado, ele vai sofrer tanto quando não sobrar nada de você!
- Não vou deixar você vencer! a surpreendi com um soco nas costelas, sua arma caiu dentro do caldeirão então a enfrentei entrando em uma luta corpo a corpo.
Eu estava fraca mais não a deixaria vencer, Susan tentou me derrubar mais o som de uma tiro a fez desiquilibar-se deixando-a caída no chão, avancei em cima dela tentando domina-la mais nós duas ficamos penduradas na rampa lado a lado, Susan desferiu um chute em minha barriga tentando derrubar-me precisaria de um milagre para salvar-me de cair no caldeirão que mais parecia um vulcão em erupção.