PV: OLIVER
As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem. Felicity poderia ter indo embora no mesmo dia que chegou na mansão, mas parecia que uma força maior que nossa própria vontade nos guiava, em nossa primeira briga lembrei-me que ela havia dito que se não estivesse chovendo ela iria embora,
Agora eu sei que o amor é uma força que transforma o destino, com os últimos acontecimentos aprendi que o destino é uma ponte que construímos até a pessoa amada, de uma forma misteriosa Felicity cruzou o meu caminho e permaneceu em minha vida, apartir daí todos os acontecimentos pareciam peças de um quebra cabeça que se encaixavam perfeitamente uma a outra, tudo indicava que o destino queria que nossas vidas se cruzassem em um determinado momento.
Tommy estava certo em dizer que o destino as vezes brinca com a gente, só isso para explicar como as coisas estavam acontecendo, Felicity sem saber falou com o próprio irmão um dia antes do maldito acidente acontecer, ela foi a primeira pessoa a quem Tommy prestou socorro no momento da confusão, acho que para Malcom as coisas foram bastante complexas também, ele tinha um passado que não conhecíamos, se foi conhecidência ou obra do destino, não sei dizer ao certo, a verdade é que agora seu passado o estava confrontando e nossas histórias pareciam ser escrita pelo mesmo autor... quando entramos no quarto de Felicity encontrei um Malcom diferente da pessoa que ele sempre se mostrava ser, eu nunca o tinha visto tão emotivo e vulnerável antes, e pensar que ele estava passando por todo esse drama sozinho e em silêncio.
- Acho que chegou a hora de termos uma conversa verdadeiramente franca, vocês dois precisam saber de algumas coisas, Malcom deixou um suspiro pesado passar por sua garganta enquanto se distanciava de Felicity lentamente, seus olhos estavam marcados pela emoção não dava para disfarçar.
- Achei que já tivesse me contado tudo, Tommy encara o pai esperando uma resposta.
- Quero que saibam como tudo aconteceu, eu não sabia que tinha uma filha, se apressou em dizer.
- Se não quiser não precisa falar sobre isso agora Malcom, falei ao perceber o quão abalado ele estava.
- É claro que precisa! Tommy falou interrompendo-me.
- Eu quero saber como eu tenho uma irmã sete anos mais nova que eu, eu ainda estou bastante confuso, Tommy soltou um longo suspiro e encarou Felicity que dormia profundamente.
- Você sabia que ela, Tommy apontou o dedo para Felicity.
- Ela é a Felicity do Oliver! ao ouvir essa informação Malcom deixou seu olhar interrogativo cair sobre mim.
- Você está certo, temos muito o que conversar, falei sério e Malcom assentiu prontamente.
Caminhei até a cama de Felicity e logo em seguida depositei um beijo em seu rosto.
- Olha só, Tommy chama minha atenção ao se aproximar calmamente da cama de Felicity.
- Não esquece que agora eu sou o irmão mais velho dela, ele deu-me um leve soco no ombro e se virou para Felicity depositando um beijo em sua testa, sorri feliz a vê-lo fazer um carinho em seu rosto.
- Eu a conheci primeiro dei de ombros e exibi um sorriso orgulhoso.
- Não importa! eu sou o irmão mais velho agora, se a magoar vai se ver comigo...
- Vamos logo, Malcom interrompeu nossa pequena discussão, percebi um sorriso de alívio dançar em seus lábios enquanto encarava o filho que parecia feliz por ter uma irmã.
Malcom estava sério e pensativo enquanto nos dirigimos até a sua sala, com certeza estava pensando em como nos contaria sobre seu passado.
- Pode começar a falar pai, o que eu ainda preciso saber? Tommy parecia afobado.
- Vou falar com os dois de uma vez por que de certa forma Bela está ligada a nós três...
- Felicity, o nome dela é Felicity, pronunciei seu nome com emoção.
- Felicity Smoak né! Malcom confirmou tão emocionado quanto eu, assenti com um leve balançar de cabeça.
- Então pai... Tommy parecia impaciente ao encarar Malcom com expectativa.
- A mais de vinte anos conheci uma moça muito bonita e gentil... Malcom suspirou ao começar falar.
- Ela era garçonete em um dos cafés que eu costumava frequentar, Tommy fez menção de falar algo mais Malcom foi mais rápido.
- Eu não trai sua mãe Tommy, pelo menos não foi dessa forma que tudo aconteceu, se apressou em dizer chamando ainda mais minha atenção para si.
- Ela é mais nova que eu no mínimo ums sete anos pai, Tommy questionou.
- Você vai entender quando eu terminar de falar filho, Malcom respondeu calmamente, eu não disse nada apenas ouvia tudo com atenção.
- Como eu já te expliquei antes, sua mãe e eu não nos casamos apaixonados, éramos jovens quando sua mãe ficou grávida de você filho, eu tinha acabado de me formar em medicina, nossos pais nos obrigaram a casar e assim fizemos, quando você nasceu Rebeca teve depressão pós parto, isso desencadeou muitos problemas para nós dois, ela se tornou muito dependente de mim, tentamos levar nossa vida adiante por você, mesmo não existindo amor entre nós, tínhamos respeito um pelo outro e eu queria cuidar dela, Rebeca sempre foi uma boa pessoa além de minha melhor amiga, ela te amava muito nunca duvide disso, Malcom encarava Tommy que nem piscava.
- Você é médico, sabe como a depressão funciona, Malcom continuou falando, percebi que sua voz de vez em quando tremia.
- Um dia sua mãe me pediu o divórcio, disse que já estava bem e que não era justo me prender a ela...
- Eu nunca vi vocês brigando, Tommy falou pensativo interrompendo o pai.
- No começo eu não quis aceitar o divórcio, conversamos muito nesse dia, nossa relação era mais de amizade que de homem e mulher, Malcom suspirou saudoso, Rebeca me convenceu que o divórcio seria melhor para nós dois, você ainda continuaria sendo nosso filho... suspirou novamente.
- Nessa mesma semana precisei viajar por conta de uma conferência, sua mãe e você ficaram na casa de Moira e Robert, a conferência era de 15 dias, eu sempre ligava para saber como ela estava, já fazia anos que nós não tínhamos nada um com o outro, até dormíamos em quartos separados, acho que foi por isso que Rebeca me pediu o divórcio, ela sabia que não estávamos feliz no casamento, Malcom falou com pesar.
- Ela realmente parecia bem então ficou certo que quando eu voltasse dariamos continuidade ao divórcio.
Foi nesse período que conheci uma moça encantadora e que me fez suspirar apaixonado pela primeira vez em minha vida, o nome dela era Dona Smoak, é idêntica a filha, Malcom suspirou com tristeza.
- O que aconteceu? você e a mamãe nunca chegaram a se divorciar, Tommy questiona curioso.
- Depois que eu voltei pra casa falei para sua mãe o que aconteceu, como eu disse nossa relação era mais de amizade que de um casal normal.
- Você disse a ela que tinha se apaixonado por outra mulher, Tommy pergunta de olhos arregalados.
- Sim, sua mãe não só me apoiou como me incentivou a continuar com Dona, ela percebeu que eu estava feliz, foi ela quem me deu o colar da sua avó pra dar a Dona e assim eu o fiz.
- Dona sabia que você ainda estava casado? curiosamente a pergunta veio de mim.
- No começo não, e quando eu contei ela quis me deixar, mais já estávamos apaixonados um pelo outro, eu disse a ela que estava me divorciando, tinha um filho e que as coisas dariam certo para nós.
Malcom balança a cabeça em forma de negação.
- Sua mãe teve uma recaída, ficou muito mal e precisou de mim, foi quando eu me afastei de Dona para cuidar dela, ela não aceitou e achou que estava mais uma vez atrapalhando minha vida...
Certa noite em uma de suas crises ela ficou muito agitada, pedi a Moira que cuidasse de você, tudo o que fiz foi para te proteger Tommy, Malcom falou emocionado.
- Rebeca estava mais calma, pelo menos foi o que eu pensei... Malcom parecia nervoso e angustiado de uma forma que eu nunca tinha visto.
- Eu a deixei no quarto sozinha enquanto fui ligar para a Moira, queria saber se você estava bem mas quando eu voltei para o quarto... percebi os olhos de Malcom marejar ao falar denunciando o quão difícil essa conversa estava sendo para ele.
- Ela estava na banheira com os pulsos cortados...
Tommy prendeu a respiração ao ouvir essa última informação enquanto minha voz ficou presa na garganta e finalmente Malcom deixou que as lágrimas levassem seu rosto.
- Eu fiz de tudo pra salva-la, mais não foi possível, os cortes foram muito profundos e ela tinha perdido muito sangue.
- Eu sinto muito ter te escondido isso filho, você era só uma criança quando tudo aconteceu, Malcom apressou-se em dizer. Tommy estava mudo, apenas seus olhos demosntravam alguma emoção.
- Você disse que foi um acidente, Tommy finalmente encontrou sua voz.
- Seus avós me convenceram a não contar a verdade para ninguém, eles não queriam que as pessoas soubessem o que a filha tinha feito, me culparam por tudo e ainda quiseram tomar você de mim, eu quis te poupar, então aceitei as condições dele.
- O que aconteceu depois, Tommy surpreendeu-nos ao perguntar, sua voz estava trêmula, eu sabia que ele estava abalado mais tentava parecer forte.
- Com a mãe da Felicity, o que aconteceu? por que não ficaram juntos?
- A princípio me senti culpado por tudo o que aconteceu com a Rebeca, seus avós caíram em cima de mim e as coisas só ficaram pior quando eles disseram que eu não era capaz de criar um filho sozinho...
Acho que demorei muito tempo para procurar por Dona novamente, quando eu decidi ir atrás dela não a encontrei mais, deve ter pensado que eu a abandonei de propósito e foi embora, eu nunca soube que ela estava grávida, Malcom suspirou pesado enquanto deixava os ombros cair de forma relaxada, parecia que ele tinha tirado um enorme fardo das costas.
- Você a amava e não foi atrás dela? Tommy insistiu.
- As coisas ficaram complicadas Tommy, você era criança mais acho que se lembra que seus avós quase tomaram você de mim, Malcom falou e Tommy assentiu em concordância.
- Mesmo assim eu tentei encontra-la mais foi inútil, não soube nada dela, até o dia que você mandou Bela para sala de cirurgia e mandou que me chamassem, a semelhança entre as duas deixou-me confuso, por um momento pensei que estava diante de Dona, mais isso não seria possível já que fazia mais de vinte anos que não a via...
- Vinte e três, falei o interrompendo enquanto os dois me encaravam curiosos.
- Felicity têm vinte e três anos e também é médica, acho que essa última informação os surpreenderam.
- Ela te falou algo sobre a mãe? Malcom perguntou e eu assenti.
- Tudo o que eu sei é que aos cinco anos a mãe sofreu um acidente e não resistiu, Eu sinto muito Malcom, falei assim que senti seu olhar vacilar.
- Ela foi criada num internato até aos dezoito anos, Raíssa que era melhor amiga de Dona não pôde ficar com ela e como não sabia quem era o pai...
- Ela cresceu sozinha sem mãe e sem pai, Tommy falou com pesar, assenti tristimente.
- Se eu soubesse que tinha uma filha antes... Malcom realmente parecia abalado com tudo o que tinha acontecido nas últimas semanas.
- Ela deve me odiar, sua voz não passou de um sussurro, Malcom falava mais para sim mesmo.
- Eu fiz o teste de DNA somente para confirmar minhas suspeitas, quando eu vi o colar que era da minha mãe no pescoço dela eu sabia que ela era filha da Dona e minha e agora nem sei como agir na frente dela, ela viveu sozinha tanto tempo, teve muito tempo para me odiar talvez ela nem queira saber de mim.
Malcom falava rápido e com certo desespero em sua voz.
- Nós só vamos ter certeza quando ela recordar suas lembranças, vocês vão poder conversar e se você contar a ela como tudo aconteceu ela vai entender, Felicity têm um bom coração Malcom...
Você disse que queria agradecer a pessoa responsável por minha mudança, agradeça a sua filha, ela é a responsável por tudo, falei emocionado e tanto Malcom quanto Tommy exibiram um sorriso orgulhoso.
- Vai mesmo fazer a cirurgia dela amanhã? Tommy pergunta interessado.
- Sim, e vocês dois vão estar presente me auxiliando.
- Você por ser o melhor cardiologista, apontei para Tommy.
- E você por ter todas as habilidades que nós temos e mais experiência, apontei para Malcom que assentiu prontamente.
Essa era uma grande verdade, eu podia ser o melhor na minha área mas Malcom foi meu professor, ele tinha muitos anos de experiência na nossa frente.
Depois da conversa complexa e bastante emotiva que tivemos deixei Malcom e Tommy a sós, eles pareciam querer conversar mais um pouco, eu ainda não tinha conversado com minha família sobre Felicity, então passei em seu quarto apenas para lhe dar um beijo e dizer o quanto eu a amava, mesmo sabendo que ela não estava ouvindo eu não queria perder nem uma chance de dizer que a amava. saí de lá e fui direto para casa falar com minha mãe e minha irmã.
- Nossa! nem sei o que dizer Oliver, tanto minha mãe quanto Thea ficaram surpresa com tudo o que lhes contém sobre Felicity.
- Eu sempre soube que Rebeca não estava feliz, ela queria que o Malcom fosse feliz também, éramos amigas e confidentes, minha mãe balançava a cabeça em forma de negação.
- Mais eu nunca soube dos detalhes da morte dela, os pais dela eram pessoas muito complicadas e difíceis de lidar, se preocupavam muito com a mídia, tomaram a frente de tudo e por pouco Tommy não foi arrancado do pai a força, agora eu consigo entender muitas coisas, mamãe falava pensativa, eu tive que contar tudo a elas para que entendessem, nossas histórias querendo ou não de certa forma estava ligadas pelo destino.
- E quando a Felicity vêm morar aqui? Thea pergunta animada tentando aliviar o clima triste que se instalou de repente.
- Amanhã é a cirurgia dela, assim que ela passar pelo pós operatório vou trazê-la para cá, quero cuidar dela pessoalmente...
- Mamãe preciso do seu apoio...
- Nem precisa me pedir isso filho! sorri satisfeito com a resposta imediata de minha mãe.
- Felicity será muito bem recebida nessa casa querido, primeiro por ser filha de um amigo, afilhada de alguém que eu considerava como da família, mais acima de tudo, mamãe solta um longo suspiro emocionado.
- Por ser a mulher que você ama e por ser a grande responsável por eu ter meu filho de volta, eu tenho muito o que agradecer a ela, vou tratá-la como uma filha, minha mãe falou sorridente.
- Eu também ollie, pode contar comigo, Thea se pronunciou sorrindo.
- Se a mamãe vai tratá-la como uma filha eu vou tratá-la como irmã, sorri satisfeito abraçando as duas.
- Obrigada! agradeci sincero e ambas assentiram retribuindo o abraço.
Depois da nossa conversa retirei-me da sala e fui para o quarto descansar, logo cedo seria a cirurgia de Felicity e nada poderia dar errado, eu estava ciente que ela não se lembraria de nós dois de imediato, mais só em saber que ela estava bem e protegida, me deixava feliz.
A noite passou rápido para minha alegria, mamãe e Thea desejaram-me boa sorte durante a cirurgia, agradeci e logo em seguida sai de casa, quando cheguei ao hospital tanto Malcom quanto Tommy já estavam prontos apenas esperando por mim.
Acho que nunca estive tão ancioso para entrar em uma sala de cirurgia.
- Vamos! já está tudo pronto, a voz de Malcom me trouxe de volta a realidade, suspirei e assenti seguindo-o em direção a sala onde seria feita a cirurgia de Felicity.
Na minha cabeça eu só ouvia que a vida de Felicity agora estava em minhas mãos e eu não poderia falhar com ela, esse com certeza seria meu maior desafio...Cont...
NOTAS FINAIS ❤️ ❤️❤️❤️.
Bom dia meus amores 🤗🤗🤗, eu trouxe esse capítulo pra vocês e espero que tenham gostado, no próximo capítulo teremos só momentos olicity Prometo, o capítulo de hoje foi nescessário pra contar um pouquinho da história do Malcon, como vocês viram ele não sabia da existência de uma filha, depois que a fefe acordar da cirurgia teremos mais momentos dela e do Oliver, não se preocupem, mais realmente têm coisas que precisam ser explicadas, Malcom precisava falar sobre seu passado, se tiverem dúvidas podem me perguntar responderei com prazer.
Boa noite amores agradeço muitíssimo o carinho de vocês.
Beijos 😘💕
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DOIS CORAÇÕES E UM DESTINO
RomanceOliver Queen é um renomado e brilhante neorocirurgião que aparentemente tinha uma vida perfeita, dono de uma beleza invejável, Oliver tinha tudo o que queria em um estalar de dedos o tornando um homem presunçoso e arrogante, certa n...