Lena Pov.Droga eu não poderia fazer isso com a Kara, era uma aposta idiota e eu sabia disso, mas o meu ego idiota sempre fala mais alto.
A aposta era o seguinte, levar Kara para cama antes do baile de outono, caso eu não conseguisse teria que transar com Jack Spheer, o garoto mais repugnante da escola que fazia parte do grupo de robótica avançada. Caso eu conseguisse ele me daria a sua moto, na qual eu era apaixonada.
O problema não era ele ser um grande babaca e muito menos nerd e sim pelo fato dele obrigar garotas a dormir com ele em troca de cola nas provas de cálculo, nem preciso dizer que as idiotas dormiam, ele se achava apenas porque seu pai era o prefeito de Nova Iorque.
Rolou alguns boatos pela escola que ele até forçou duas garotas a transar com ele mesmo depois delas desistirem dessa ideia louca, o que eu acredito que seja verdade até porque ele é capaz de tudo.
Enfim ele era um babaca de marca maior e eu era uma idiota egocêntrica que não aceitava perder. Mike era um idiota também por propor algo do tipo com uma das pessoas mais legais da escola.
Sim, eu admirava Kara Zor-El, excelente atleta e com uma postura sempre educada apesar de nunca deixar ninguém se aproximar muito, nem mesmo o pessoal do time e isso era um saco, porque a garota era inteligente, centrada, educada, com uma personalidade que qualquer um inventaria porém cabeça dura e esquentada demais.
Ninguém precisa ser um gênio para saber o que ela pssa em casa, até porque a fama da sua família não é uma das melhores, eu até tentei me aproximar uma vez mas acho que foi a hora errada e no momento errado, mas vida que segue e bom, mesmo com as nossas desavenças ainda tentamos cuidar uma da outra.
Estacionei a moto na garagem de casa e subi direto para o meu quarto, ignorando totalmente meus pais.
Hoje não era um dia bom para discutir sobre qual caminho eu devo seguir ou qualquer coisa do tipo, não que eles sejam aqueles pais chatos pelo contrário são os melhores pais que alguém pode ter mas esse excesso de cuidado acaba sufocando as vezes e talvez seja por isso que o meu irmão mais velho tenha saido tão cedo de casa para a Universidade.
Outra coisa que eu achava insuportável era não poder escolher o meu destino, para qual faculdade eu iria ou qual curso escolheria.
Meu pais me deram apenas duas opções de faculdade e duas opções de curso. Eu iria para Harvard ou para Cambridge, sem opção para outra faculdade, como meu pai diz:
- Ninguém mudará a tradição e muito menos deixará o legado dos Luthor para trás. - Falou após dar fim a mais uma discussão incansável com Lex.
O curso era engenharia mecatrônica ou administração, tudo apenas para comandar a grande e indestrutível L-Corp e isso era um saco, porque o que eu mais queria era cursar história ou direito, mas isso é meio impossível quando o seu pai quer escolher qual futuro seguir e você não pode reclamar, afinal é graças a empresa que temos essa vida de luxo - palavras dele.
A melhor parte do meu dia era quando eu estava na escola, andando pelos corredores onde eu poderia fazer o que quisesse sem empecilhos. Ao contrário do que todo mundo pensa eu não sou esse monstro que oprime os mais baixos, talvez eu até seja mas garanto que é tentando fazer algo bom.
Quando eu cheguei na escola tive que achar meu lugar, me enturmar e fazer parte da grande cadeia de popularidade, não que isso importasse de alguma forma para mim, até porque eu achava tudo um tédio.
Então eu percebi que para você ser notado e não do jeito ruim, você tinha que fazer coisas ruins com as pessoas.
No começo eu até achava engraçado empurrar um ou outro, derrubar bebidas no chão e até mesmo pegar alguns deveres, mas aí eu percebi que eu estava me tornando uma babaca igual os outros e em um estalo eu tentei fazer com que os mais baixos do escalão de popularidade mostrassem sua voz, seu poder e no quanto eles poderiam ser melhor que qualquer um de nós.
É um jeito meio errado, até porque eu tenho que expelir o máximo a paciência deles, exploro o medo até eles não terem mais, até eles conseguirem parar o bullying por conta própria, porque o que eles precisam é de um incentivo para mostrar que eles são seres humanos.
É eu sei, ficou confuso mas é isso, eu sou babaca e não posso negar, mas ver que cada um consegue superar seus medos é uma satisfação para mim mesmo que para isso eu receba o título de babaca de marca maior.
Winn é o único que entende esse meu jeito louco, acho que por isso nos tornamos amigos tão rápido e bom confesso que ele ser o melhor amigo da Kara me fez gostar dele automaticamente porque eu queria me aproximar dela e tentar entrar no seu mundo.
Eu não sei se sou apaixonada por ela, o que eu sei é que a admiração por ela é muito forte, mesmo quando os seus olhos estão tristes e abalados ela simplesmente põe o time para cima e começa a mostrar nossas qualidades e isso é incrível, ela tem um jeito incrível de lidar com qualquer situação complicada, mas nos últimos meses ela tem andado estranha, passando a falar mais com Mike - coisa que ela não fazia antes - e nem preciso dizer com que tipo de coisa ele mexe, são drogas boas, caras e as melhores da cidade.
Minha língua coçava para perguntar se ela estava comprando algo dele, mas a minha coragem não era tanta para isso. Winn chegou até comentar algumas vezes que ela andava sumida e que suas notas começaram a cair, até porque ela era uma excelente aluna comparada a maioria dos atletas, suas notas eram apenas dez e nada menos que isso, então para o seu rendimento escolar cair algo deveria estar acontecendo.
Eu tenho certeza que na seminal do campeonato ela tinha usado algo, porque eu vi que suas mãos estavam trêmulas e sua pegada não estava firme como costumava ser.
Kara era conhecida por ter o melhor encaixe de bola no handebol, a sua defesa era espetacular e na quadra ela era incrível, era mais conhecida como parede humana, a bola para entrar tinha que ser com muita tática e precisão e eu sei que isso era devido aos seus intensos treinos.
Eu conhecia ela há dois anos e nunca a vi tão aérea, ela sempre fora alguém para se espelhar e no mesmo ambiente eu tentava ser o meu melhor apenas para não ver o seu olhar decepcionado, porque eu garanto que isso será a pior coisa da sua vida. A loira olha com admiração e as vezes até sorri para todas as jogadoras do time, como se passasse confiança e esse pequeno gesto dela faz com que o time inteiro se fortaleça só não vê quem não quer.
- Lena? - Ouvi a governanta me chamar e percebi que tinha ficado perdida em pensamentos no meio do quarto.- O jantar está sendo servido.
- Eu estou sem fome Maria, mas obrigada por me avisar.- Falei um pouco mais alto e tirei o uniforme de corrida largando em algum canto do quarto.
Minha cabeça pensava em algum modo de me aproximar da Kara, todos naquela escola sabiam que o único que conseguiu levar ela para cama foi Mike, o que me impressionou bastante até porque ela era fechada demais para qualquer tipo de relacionamento, o que só fez aumentar ainda mais minhas desconfianças de que ela estava se drogando.
Não sei porque Mike quer que eu durma com Kara, isso é insano até porque ele é meio que o ficante dela. Será que ele quer se livrar dela ou ele quer me empurrar para o Spheer? Até porque os dois são melhores amigos.
Aposto na segunda opção, é lógico que ele ajudaria aquele babaca de novo, Mike sabe que eu não vou conseguir me aproximar dela, tentei durante dois anos e não consegui, por que conseguiria agora?
Não acredito que caí na dele, bati na testa irritada e me joguei na cama de braços abertos olhando para o teto.
Que grande roubada você se meteu hein Lena.
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Hey o que acharam? Parece que temos uma aposta na jogada.
Comentem pra mim saber o que estão achando, isso é muito importante.
Até o próximo
Twitter: @superdasuper
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Devil Side
FanfictionKara e Lena estavam no último ano do colegial, jogavam no mesmo time de handebol e faziam parte da alta classe da sociedade de Nova Iorque. Kara Zor-El tem uma família um tanto quanto difícil que não enxerga o seu interior e muito menos as suas conq...