Capítulo 15

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Kara Pov.

Era verídico que eu havia feito várias merdas este ano, envolvendo tanto a mim quanto a outras pessoas, mas eu lembro de tudo, pelo menos eu achava que lembrava de tudo até me deparar com essa dúvida gigante.

Eu passei o dia pensativa, perdi a fome e o estresse estava me dominando. Lena até chegou a perguntar se eu não queria ir ao hospital, mas eu disse que estava bem. Não sei se devo contar para ela e acabar com aquilo que mal começamos por culpa minha.

- Kara, aconteceu alguma coisa? Você passou a tarde toda calada? - Ela estava pronta para ir embora, mas disse que esperaria ao menos Clark chegar para ir para casa.

- Sim, não se preocupe. - Ela terminou de calçar os tênis e sentou na cama ao meu lado, verificando mais uma vez minha temperatura.

- Pelo menos sua febre baixou, mas ainda sim você está estranha. - Segurou minha mão e beijou os nós dos meus dedos. - De qualquer forma eu estarei aqui caso precisar de alguma coisa.

Sorri com o que Lena disse e ouvi batidas fracas na porta.

- Pode entrar.

- Clark acabou de chegar Srta. Luthor. - Lena revirou os olhos e beijou minha testa.

- Apenas Lena, por favor. - Lucia assentiu e saiu do quarto, me deixando a sós com a Luthor.

- Promete me ligar caso piore? - Achei fofa a sua preocupação e sorri mais largo. - Eu to falando sério.

- Eu sei, obrigada pela preocupação...

- Não precisa agradecer, fique melhor. - Beijou minha bochecha e levantou pegando a mochila que estava jogada próxima a cama, colocando no ombro e indo em direção a porta.

Meu coração estava acelerado e eu não sabia muito como agir em despedidas, não éramos namoradas. Então o que eu deveria fazer? Apenas acenar e dizer boa noite?

- Espera... - Ela virou e me encarou com um olhar confuso. - Vem aqui.

Se antes meu coração estava acelerado, agora parecia uma escola de samba.

Antes que ela pudesse dizer alguma coisa eu puxei seu braço e ela caiu de mal jeito em cima de mim. Ela apoiou as mãos perto da minha cabeça e o olhar que ela me dava, provocava borboletas em meus estômago.

Sorriu de lado e eu acabei perdendo o fôlego no processo, senti minhas bochechas corarem e a súbita coragem que me deu se esvaiu pelo ralo.

- Algum problema? - Sussurrou com a boca tão próxima a minha que eu não saberia identificar qual respiração estava mais quente.

- Sim. - Puxei sua nuca e colei nossos lábios sentindo uma corrente elétrica passar por todo meu corpo.

Lena tirou uma das mãos que estavam perto da minha cabeça e colocou na minha cintura, senti seus dedos brincar com o tecido do meu pijama e sorri entre o beijo.

Arranhei sua nuca e ela suspirou mordendo meu lábio inferior, parou o beijo com selinhos e grudou sua testa na minha.

- Agora eu preciso ir, minha mãe já ligou algumas vezes. - Permaneci de olhos fechados, apenas aproveitando o momento.

- Tudo bem, me avisa assim que chegar? - Ela assentiu e desgrudou nossas testas, deixando um beijo suave e cobrindo-me direito.

Fechou as cortinas, ligou a luz do abajur, apagou a luz do quarto acenando e fechando a porta atrás de sim.

Suspirei colocando as mãos nos lábios, sentindo as sensações que seu beijo me provocou novamente. Sorri mas fui interrompida com batidas na porta, arrumei a minha postura e permite a entrada.

Devil SideOnde histórias criam vida. Descubra agora