Kara Pov.
No intervalo do almoço aproveitei o tempo livre para tentar falar com Hank, mas sem muito sucesso afinal de contas o filho dele estava hospitalizado e eu nem o culpo por não querer falar com nenhum de nós, eu até tentei procurá-lo pelo hospital, mas mamãe me impediu em sair batendo de porta em porta. O que era uma droga porque eu só queria saber como Jeff estava, eu nunca iria perdoar meu pai se algo aocntecesse a ele.
Depois de mais tentativas falhas para conseguir ao menos falar com ele, eu voltei para sala de aula com Winn ao meu encalço.
- Como você está lidando com tudo isso? Eu sei que é muita coisa para sua cabeça. - Ele disse ao sentar na carteira ao meu lado, tirando os livros da mochila e deixando em cima da mesa.
- Eu não sei Winn, é ótimo esse sentimento de estar bem com Clark pela primeira vez, mas eu não sei o que esperar do meu pai. Se ele foi capaz de fazer isso com seu próprio filho e um garoto que estava na família há anos, o que ele pode fazer as outras pessoas? - Suspirei já cansada de pensar em tudo e de me sentir culpada por cada coisa que acontece.
- Eu acho que você tem que parar de se preocupar com problemas que não tem como você resolver. - Colocou a mão no meu ombro e deixou um beijo na minha bochecha. - Deixa que sua mãe e sua tia cuidem de tudo.
- Você tem razão, só que é meio difícil, sabe como eu sou não é? - Tirei meu caderno da mochila e abri na última atividade. - É tudo uma loucura, minha família é louca.
- Eu não posso discordar disso. - Ele ergueu as mãos para o alto rindo, provavelmente debochando de mim. - Eu senti sua falta, agora você só quer saber da Lena e ela só quer saber de você. - Cruzou os braços emburrado e eu não me contentei em apertar sua bochecha.
- Posso te confessar algo? - Sussurrei e ele fofoqueiro como é se aproximou pronto para ouvir. - Eu estou apaixonada por ela.
- Puff... Isso é segredo desde quando? - Revirou os olhos e deu um sorriso debochado. - Isso estava estampado na cara, você só perdeu tempo demais criando uma rivalidade inexistente.
- Eu sei, estar com ela é como sentir que estou em outro mundo, com ela eu consigo me abrir e mesmo que tudo a minha volta esteja uma merda, basta um olhar ou um sorriso dela que eu sinto tudo melhorar automaticamente. - Sussurrei tão baixo que talvez ele nem estivesse ouvindo, mas seu sorriso cotindo e o aperto fraco na minha mão me indicou que ele estava ouvindo sim. - Eu me sinto uma pessoa tão péssima, eu estava perdendo tanto tempo me odiando e odiando meus pais, meu irmão e minha tia que estava fazendo tudo errado, pensei tanto em ser perfeita que quase acabei com a minha vida. - Senti meus olhos marejarem e controlei a vontade que estava sentindo de chorar.
- Kara, ninguém é perfeito e está tudo bem, você não tem que ser. Você tem que parar de se cobrar tanto e começar a ser mais você. Sei que tudo isso faz parte do amadurecimento, mas você que tem que descobrir como ser a sua melhor versão. Você tem que decidir que Kara quer ser daqui á dez anos e se você achar que está no caminho errado, faz parte e eu te garanto que tem pessoas ao seu redor que te amam o suficiente para fazer você enxergar tudo novamente as claras.
O professor entrou na sala e eu nem tive tempo de responder ao Winn e nem mesmo de agradecer, ele era o melhor amigo mais incrível desse universo e quem discordar está louco.
Duas semanas depois
Depois das minhas aulas eu fui ao hospital, queria estabelecer uma rotina com Clark, apesar de tudo o que aconteceu estamos nos dando bem e finalmente agindo como irmãos e não duas pessoas que querem se matar.
Ele contou todas as nossas histórias de infância que eu nem ao menos me recordava e até sobre as coisas que papai fez com ele, admito que foram palavras bem difíceis de ouvir.
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Devil Side
Hayran KurguKara e Lena estavam no último ano do colegial, jogavam no mesmo time de handebol e faziam parte da alta classe da sociedade de Nova Iorque. Kara Zor-El tem uma família um tanto quanto difícil que não enxerga o seu interior e muito menos as suas conq...