Capítulo 17

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Eu estava um tempo sem postar porque estou em fase de mudança e minhas coisas estão empacotadas, confesso que o ânimo pra continuar essa fic some a cada dia, os views estão caindo, os favs e os comentários, eu sei que os capítulos são pequenos, mas mesmo assim eu dedico o meu tempo pra escrever, bom... É isto

Kara Pov.

O alívio que eu senti foi instantâneo, finalmente eu soltei ar que nem sabia que prendia e deixei que as lágrimas de felicidade rolassem livremente. Pela primeira vez eu fiquei com medo de ter feito besteira, eu sei que o teste não é 100% confiável e que eu preciso fazer um exame de sangue, mas só de ter essa quase confirmação de que eu não carrego um filho do Mike em meu ventre já é motivo para comemoração.

Fiz coisas horríveis esse ano e me arrependo das minhas más escolhas, prejudiquei algumas pessoas pela minha imprudência, mas felizmente fiz amigos em meio ao caos. Lena foi uma dessas pessoas, estar com ela faz eu me sentir a pessoa mais calma do universo, ela tem uma áurea tão boa que é impossível não se sentir bem ao seu lado e eu gosto dela a cada dia que passa, talvez eu devesse demonstrar mais que eu realmente quero ficar com ela, mas vou fazer o exame de sangue primeiro, não posso correr o risco de estar grávida e trazer ela para o buraco junto comigo.

Ouvi uma gritaria no andar de baixo e parecia ser uma discussão do Clark e meu pai, abri a porta e escutei algo quebrando, corri até o hall e vi cacos de um vaso espalhado no chão, meu pai estava furioso e seu rosto completamente vermelho, Clark estava no chão e seu ombro tava sangrando.

- Nunca mais, ouviu bem, ouse levantar a voz para mim. Eu sou seu pai e você me deve respeito. - Meu pai virou as costas e subiu as escadas, Clark estava assustado demais para dizer alguma coisa, apenas pegou sua mochila e levantou indo em direção a escada.

Pela primeira vez em anos eu senti pena dele, eu não sabia o motivo de terem brigado, mas para ter chegado ao estado do meu pai machucar Clark é porque a coisa foi bem feia.

Lucia e Hank estavam parados perto da porta da cozinha, com os olhos arregalados e com a expressão horrorizada, realmente a coisa deve ter sido feia.

- O que aconteceu aqui? - Hank abriu a boca para dizer, mas Lucia o impediu segurando em seu braço e balançando a cabeça. - Da pra me dizer por que diabo Clark está sangrando?

- Seu pai o empurrou em direção à mesa de vidro e o vaso caiu em seu ombro. - Balancei a cabeça assustada, eu já vi os rompantes do meu pai, mas ele nunca levantou a mão para bater em nenhum de nós.  - Ele vai ficar bem, ele sempre fica. - Ela beijou minha testa e saiu do meu campo de visão.

Subi a escada ainda confusa com o "Ele sempre fica", o que ela quis dizer com isso? Quantas vezes isso aconteceu?

Passei em frente ao seu quarto e escutei o som de coisas sendo jogadas no chão, controlei o impulso de bater na porta, foi então que eu escutei um soluço alto. Ele havia feito várias coisas ruins para mim, me rebaixado e sempre querendo ser o centro das atenções, mas ele ainda era o meu irmão, mas quantas vezes eu já chorei no meu quarto precisando apenas de um abraço? Ele me tirou diversos momentos com o meu pai, mas parando pra pensar como é a relação deles, será que valia mesmo a pena ter toda essa atenção do treinador?

Encostei a testa na porta fria de madeira, suspirei segurando a maçaneta, mas minha mão escorregou e eu me afastei indo para o meu quarto. Talvez a minha empatia pelo meu irmão não fosse tão grande assim, suas escolhas tiveram consequências.

...

Peguei meus tênis de corrida enfiando dentro da mochila, hoje teria uma disputa interna para saber quem iria participar do campeonato. Eu nem corri de manhã para não ficar cansada e acordei mais cedo que o normal para conseguir me alimentar direito.

Devil SideOnde histórias criam vida. Descubra agora