Capítulo 11

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Kara Pov.

Ficamos mais um tempo observando as luzes dos grandes prédios, mas de vez em quando eu desviava o olhar para o seu rosto e nesse momento ela estava de olhos fechados enquanto uma brisa fraca esvoaçava seus cabelos negros, sua pele alva que tinha leve rubor nas bochechas, ela é tão linda... eu não sei o que está acontecendo comigo mas acho que pela primeira vez eu admito isso para mim mesma, eu não posso ficar empurrando alguém que me trata tão bem para fora da minha vida, porque no fundo, eu gosto disso mesmo que não adimita em voz alta.

- Quero te levar para outro lugar, posso?

Como recusar algum pedido com ela me olhando assim? Eu acho que estou apaixonada por seus olhos ou eu seja trouxa mesmo.

- Sim.

- Ótimo, mas vai ser rápido, porque ainda tenho que deixar a madame em casa.

- Que lugar seria esse? - Ela sorriu animada mas não me respondeu, o que aguçou ainda mais a minha curiosidade. - Já vi que não vai me responder.

- Acertou, agora vamos. - Abriu a pequena porta e eu entrei, logo ela desceu trancando as duas portas.

Pegou os dois capacetes e me estendeu um, sorrindo novamente, talvez só talvez eu esteja apaixonada por seu sorriso.

(...)

Depois de mais duas voltas eu já não sentia medo de estar em cima de uma moto, Lena passou a acelerar mais e era libertador sentir o vento no rosto

Eu ainda segurava forte em sua cintura quando ela parou a moto em frente a minha casa, tirou o capacete e olhou por cima do ombro.

- Chegamos? - Eu estava com a cabeça encostada no seu ombro, o cansaço tinha chegado e eu estava morrendo de preguiça.

- Eu estou com preguiça. - Ela riu baixinho, entrelaçando nossos dedos por cima da sua barriga.

- Está tarde e teremos aula amanhã.

- Eu sei.

Fiquei nesse posição por alguns minutos, estava quase cochilando encostada nela, resolvi descer da moto e ela fez o mesmo, tirei o capacete e estendi para ela.

- Fique com você...

- Eu não tenho moto Luthor e eu não preciso de um capacete para dirigir um carro.

- Eu sei Zor-El, mas é um presente meu, ainda daremos muitas voltas nessa belezinha aqui. - Ela bateu no banco da moto e eu revirei os olhos.

Ela tirou o capacete e deixou no banco, novamente arrumando os cabelos que estavam bagunçados.

- Espero te ver mais vezes Kara.

- Eu digo o mesmo Lena.

Ela se aproximou fazendo um carinho na minha bochecha, fechei os olhos e aproveitei o toque que estava recebendo, senti seus lábios encostar na minha testa e eu suspirei baixinho.

- Obrigada mais uma vez. - Abri os olhos sentindo minhas bochechas esquentaram pelo fato de ter gostado do carinho que recebi. - Nos vemos amanhã? - Ela perguntou e eu sorri debochada.

- Como hoje? - Cruzei os braços do jeito que deu, porque ainda segurava o capacete; e ela sorriu largo.

- Eu tive que resolver uns problemas, mas prometo que amanhã nos vemos. - Se aproximou novamente e beijou minha bochecha. - Até mais Zor-El. - Acenou e colocou o capacete.

- Até mais Luthor. - Ela acenou mais uma vez antes de subir na moto, mas não deu partida.

Me virei e destranquei a porta, escutando o ronco alto do motor e sorri. Fui recebida por Lúcia com um olhar preocupado, tirei o celular do bolso e vi que tinha milhares de ligações do meu pai.

Devil SideOnde histórias criam vida. Descubra agora