CAPITULO 12 - Indecisão

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Will deita comigo na cama, não exito. Ele se aconchega e eu permaneço parado, sem expressar reações.
-Boa noite.
Ele diz com o rosto próximo ao meu e eu sorrio, o vejo pegar no sono gradativamente. Assim que ele adormece me viro olhando para o teto.
"Por que esse sentimento?"
Me pergunto tentando entender o motivo de tamanha quantidade de emoções fervilhando dentro de mim. Me levanto da cama e caminho ate o banheiro me olhando no espelho.
-Qual o seu problema? O que aconteceu com 'eu vou curtir as noitadas'? Por que esta se prendendo em casa?
Olho para a cama e vejo Will, dormindo sereno, visto uma camisa de mangas, uma calça jeans e desço pegando as chaves do meu carro. Vou ate a cozinha, pego um energético na geladeira e caminho ate meu carro na garagem, quando saio vejo que a luz do quarto se acendeu e saio dali o mais rápido possível.
-Ele não me merece e eu não mereço ficar preso.
Digo firme olhando fixo para a avenida, dirijo ate a boate mais longe e entro sentando no balcão.
-Vai querer o que?
-Me traga uma vodka dupla.
Me viro de costas para o balcão vendo a casa cheia, 'vou me divertir hoje' penso sorrindo e encarando as pessoas. Uma ruiva levanta do outro lado da boate e caminha ate o banheiro, a observo caminhar. Ela da uma piscada para mim e eu sorrio.
-Sua vodka senhor.
Ouço o garçom e lhe estendo meu cartão, ele pega rápido e desconta o valor de minha bebida.
-Muito bem.
Sorrio tomando minha coragem liquida, guardo meu cartão no bolso e sigo para onde havia visto a ruiva entrar. Entro em um corredor e vejo os banheiros, procuro a ruiva sem sucesso. Fico parado, apoiado na parede, aguardando que ela aparecesse. Quando ela sai do banheiro acompanhada de 3 amigas eu sorrio cumprimentando as três e volto a ficar parado na parede, como se ainda espera-se algo. Caminho para um lado e para outro e enfim entro no banheiro,  cumprimento o cara estranho que estava apoiado em uma porta e lavo minhas mãos saindo de lá. Volto para o balcão de bebidas vendo a ruiva dançar e se divertir com suas amigas. Ela sorria pra mim e mandava beijos, eu estava muito envergonhado para chegar perto.
-Me traga algo mais forte que Vodka por favor.
-Senhor, nos temos...
-pode ser.
Interrompo mesmo sem saber o que era. Fico admirando ela de longe, dançando e mordendo o lábio provocativa,  o garçom trás a bebida e novamente repetimos o pagamento. Vejo-a morder o dedo, passar a mão ate o meio das pernas e me sinto excitado. Bebo novamente como se fosse uma dose de coragem e fico tonto, mas ignoro. Caminho ate ela devagar, entrando junto na dança. Ela me acolhe, me abraça, passa a mão sobre meu corpo ate pegar em meu pênis ereto, ela sorri.
-Eleyne.
Ela sussurra em meu ouvido e depois sorri, puxa minha mão até sua bunda e volta a dançar, passando a mão em meu corpo, mordendo os lábios ate me beijar repentinamente. No inicio meu corpo tenta recuar, mas minha mente se mantem em foco, eu a queria. a puxando cada vez mais próximo, com o beijo tomando medidas gigantescas. Estávamos quase fazendo sexo ali mesmo, frente a todos.
-Minha casa...
Sussurro em seu ouvido, completamente excitado.
-Claro.
Ela murmura entre beijos e eu a puxo para fora dali, rapidamente estamos dentro do carro. Minhas mãos segurando fortemente o volante enquanto ela chupa meu pau, a cada movimento eu me perdia mais. Ao chegar em casa paro o carro de qualquer jeito e arrumo minhas calças descendo e a guiando até la dentro,  antes de fechar a porta da casa ela me agarra, me beijando e mordendo meus lábios. A pego no colo e coloco sobre o sofá retirando delicadamente sua calcinha, passando meus dedos em sua vagina a fazendo arquear as costas. Retiro minha calça e vejo um sorriso em seu rosto, ela morde o lábio e me puxa pela camisa a arrancando-a de mim. Abro suas pernas e começo passando a língua devagar como se estivesse saboreando um sorvete, a penetro com um dedo e ela grita, continuo lambendo e chupando sua vagina com mais delicadeza e com movimentos mais precisos. Eu paro e ela expressa desgosto, sorrio a olhando. Aproximo meu rosto do dela acariciando seus seios e beijando seus lábios, com meu membro quase estourando a penetro a fazendo gemer alto. Olho de relance para a escada e vejo as luzes se acenderem.
-Lindo...
Will murmura e Eleyne se levanta catando suas roupas.
-Ei... não vá... ele... ele é só...
Olho Will e volto a olhar Eleyne.
-Ele é o que?
Ela diz ríspida.
-Um amigo que dorme comigo.
Digo sem parecer estranho para mim, ela para estática já não se importando de estar nua.
-Você é Gay? Eu já deveria saber...
Ela volta a se vestir enfurecida.
-Eu não sou gay
me aproximo dela
- Ele só esta passando uns dias aqui, é um amigo.
Vejo Will subir as escadas devagar.
-E eu sou o que, sua diversãozinha da noite? Putas cobram caro não é? Pra que Puta se eu posso arrumar uma idiota na festa.
Ela sai e bate a porta com força, fico parado na sala sem saber o que fazer.
-Você ferrou com tudo.
Digo a mim mesmo e me sento no sofá.

-Tedy, é bom vestir uma roupa.
Abro os olhos e vejo Sara de pé ao meu lado.
-Eu estou na minha casa...
Murmuro ainda tonto.
-Mas tem visita rapaz.
Uma voz grossa toma meus ouvidos, eu só conhecia uma pessoa com a voz assim.
-Pai?
-E a roupa?
-Sim senhor.
Corro para meu quarto e não vejo Will. 'Merda', visto uma roupa rápido e volto a descer notando que já estava dia.
-Então, o que trás o senhor aqui?
Pergunto caçando Will com os olhos.
-Eu estou aqui
Ele estrala os dedos
- Sara me falou que você teve uns probleminhas a uns dias atrás.
Ele me encara.
-Nada muito serio -sorrio nervoso- foi por poucas horas.
-Não foi o que ouvi.
Ele se aproxima me olhando no fundo dos olhos.
-Pai, eu estou bem.
Digo sorrindo.
-Esta tomando seus remédios?
Ele põe a mão no queixo me encarando.
-Claro.
Minto.
-Quero ver.
-Mas não está na hora de tomar.
Sorrio sem graça, ele se levanta e para a meu lado.
-Quero ver.
Repete as palavras com calma e minhas pernas bambeiam e o álcool da noite anterior termina de fazer efeito e eu caio como uma pedra no chão.

Amor para dois... ou mais.Onde histórias criam vida. Descubra agora