CAPITULO 19 - Surpresa!

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Era perceptível em seus olhos o medo, mas medo de que?
Ao sair de casa deixei meu coração nas mãos de Will, tinha medo do medo dele e das consequências que viessem a surgir. Quando cheguei ao serviço passei pela mesa de minha secretaria que, novamente, não se encontrava no horário devido.
-Sempre atrasada.
Olho para trás e vejo Elen, minha chefe vestindo um de seus muitos vestidos vermelhos curtos e com seu cabelo em uma nova cor.
-Ainda a mando embora.
Sorrio simpático.
-Podemos conversar?
Concordo silencioso e abro a porta esperando ela passar. Passa em minha frente deixando um perfeito rastro perfumado no ar, entra e me aguarda ao lado.
-A que devo essa conversa?
-Você anda bem sumido.
Sento em minha cadeira e aponto para uma a minha frente esperando-a sentar.
-É que agora eu tenho um filho pra cuidar.
Sorrio largo a ignorando e ela arqueia uma sobrancelha sentando-se por fim, cruza as pernas deixando-as mais a mostra e me olhando.
-Filho?
Sorrio, ela não deveria estar sabendo de tudo.
-Bom, tinha um amigo passando por dificuldades e eu o acolhi em minha casa. Ele tem um filho, mas eu o tomei como meu também.
Ela vira a cabeça de lado, apoia a mão no queixo e por fim sorri.
-Isso é um tanto interessante.
Me apoio na mesa curioso.
-Serio? Por qual motivo?
Ela tira a mão do queixo e põe sobre a minha.
-Um tanto excitante.
Puxo a mão rápido ficando desconfortável. Fico de pé e caminho até meu filtro, bebo um copo grande de água tentando absorver o que ela tinha dito e a cada vez parecia mais estranho.
-Era só isso Elen?
Me viro determinado, ela se levanta arrumando a roupa e caminha em minha direção.
-Não sabia que você era gay, Tedy.
O olhar que ela transmitia era tentador, quente e sexy, mas eu sabia resistir.
-Não, Elen. Pode-se dizer que sou Bissexual, mas se quiser me chamar assim... Bom, eu não me importo.
Sorrio e ela para de caminhar. Seu vestido curto mostrando suas longas pernas bronzeadas me atraíam os olhos e meu corpo todo queimava.
-Certo, como desejar meu pupilo. So espero que isso tudo não te afaste de nós... De mim.
Ela pisca e joga os cabelos castanhos para o lado me mandando um beijo com seus lindos lábios vermelhos.
-Muito obrigado!
Forço um sorriso me escondendo atras de um balcão, minha ereção saltava a calça e eu tentava me conter. Ela para ao lado da porta e me olha de lado com um sorriso.
-Não vai abrir a porta pra mim?
Arregalo os olhos e nego com uma desculpa.
-Eu... Eu preciso ir ao banheiro.
Sorrio e caminho para o banheiro a minha frente fechando a porta. Paro diante do espelho e respiro fundo.
-Você consegue... Ela já deve ter ido e você vai sentar em sua mesa e respirar fundo, o dia vai passar rápido e você vai ir para casa com Will e Alex.
Um sorriso bobo surge em meu rosto e então abro a porta.
-Vai dar certo.
Apago a luz e recebo uma mensagem de Will, havia me esquecido do encanador. Sorrio e o respondo, ele rapidamente me responde de volta e eu me viro dando de frente com Elen.
-O-oque?
-Assustado Tedy?
Pigarreio guardando o celular.
-O que ainda faz aqui? Pensei que já tivesse ido.
Sorrio sem graça.
-Ha, eu esqueci uma coisa.
Ela sorri e se abaixa abrindo minha calça. Recuo rápido fechando a mesma.
-O que está fazendo?
Ela me olha de joelhos.
-Eu te conheço a tanto tempo, conheço quando você não está feliz, quando está preocupado e quando esta excitado, como agora.
Ela morde os lábios e eu não podia negar, ela me conhecia mesmo desde muito tempo. Sacudo a cabeça.
-Mas não é por me conhecer que pode fazer isso.
Digo arrumando a calça em seu devido lugar.
-Mas eu sei que você precisa disso.
Ela lambe seus lábios os mordendo no fim, fica de pé numa velocidade imensa e caminha ate mim pegando em minhas mãos delicadamente, tocando meus lábios com os seus.
-Elen... Eu... Eu não posso fazer isso.
Digo em sussurros com os olhos fechados sentindo sua mão acariciar meu corpo devagar, seus lábios beijarem os meus com muita intensidade e seus dedos hábeis abrirem todos os botões necessários.
-Se disser que não quer isso eu paro.
Ela diz beijando meu pescoço e descendo pelo meu peito.
-Elen, eu não posso fazer isso...
-Diga que não quer, Tedy.
Ela diz chegando a borda de minha calça e abrindo meu zíper.
-Eu quero, mas não posso.
Digo por fim e ela abocanha meu pênis ereto, vibro. Estava me sentindo tão culpado, mas era tão boa a sensação que eu me deixei levar. Gemia alto pois sabia que não havia ninguém de fora que pudesse ouvir e quando estava quase gozando a porta se abre cortando meu clímax.
-Senhor Tedy, esta tudo bem?
Cindi, minha secretaria atrasada abre a porta e me olha nos olhos vendo os pés de Elen no chão. Era uma situação muito delicada e confusa, respirei fundo e Elen intensificou os movimentos, me chupando com tanta vontade que eu mal conseguia falar, terminei por negar com a cabeça e então Cindi corou e saiu da sala.
Assim que ela saiu gozei com toda vontade, segurando a cabeça de Elen para que nenhuma gota se perdesse no caminho.
-Isso foi intenso.
Ela levanta e limpa os lábios arrumando o batom.
-Isso foi errado.
Fecho minha roupa e caminho ate minha mesa olhando meu celular e re-lendo a mensagem de Will.
-Mas você gostou e não foi pouco... na próxima a gente podia...
-Não vai ter próxima, isso foi um erro que não vai mais se repetir. Eu sou apaixonado por um cara lindo e perfeito que me ama e não vou estragar isso.
Digo a fuzilando com os olhos e então ela caminha em direção a porta arrumando seu vestido.
-Eu abro sozinha.
Ela sai e eu vejo o olhar de Cindi em mim, ela rapidamente entra na sala com seu tipico terninho marrom e me olha.
-O senhor esta bem? Precisa de algo?
Ela passa as mãos no cabelo nervosa.
-Preciso saber por qual motivo chegou atrasada hoje.
Digo sem olha-la.
-Eu tive de passar em um lugar e resolver uns problemas de família antes de vir.
-Podia ter me avisado.
Apoio minha mão na testa e sacudo a cabeça devagar ainda olhando a mensagem de Will.
-Certo senhor... Certo.
-Não faça mais isso.
Repetia para mim varias vezes com o tom de voz cada vez mais baixo.
-Não se repetirá mais...
Ela diz e eu noto que ela ainda esta ali, a olho de lado.
-Não comente com ninguém o que viu.
Murmuro e ela consente.
-Pelo nosso bem.
A olho como se implorá-se e ela caminha saindo da sala quieta.
Minha cabeça girava e eu estava enojado comigo mesmo, não conseguia pensar no trabalho, na família e em nada que me fosse importante. Queria esquecer aquele dia, mas ele estava so na metade.
-Eu sou um idiota, estava tudo perfeito demais.
Bato a mão em minha testa varias vezes tentando apagar o ocorrido de minha mente, mas o cheiro estava presente na sala e eu estava ficando louco. Levanto-me e vou ate a janela olhando todas as pessoas la em baixo vivendo suas vidas sem se dar conta de que alguém como eu estava ferrando a vida de varias pessoas ao mesmo tempo.
-Senhor Tedy.
Cindi aparece na sala.
-Ja disse para bater.
Ela tampa a boca.
-Ho, perdão senhor... Eu volto depois.
-Fale agora.
Ela volta e para no meio da sala sem me olhar.
-Sua reunião vai começar senhor.
-Obrigada.
Ela sai da sala e tento me focar, faltava pouco para ir para casa e eu tinha de estar 100%.

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