Amor para dois... ou mais.

CAPITULO 6 - Relaxar

Abro a porta e vejo Will com olhos fechados inalando o cheiro da flor que lhe dei, sorrio.
-Que bom que gostou.
Ele volta em si e me olha bravo.
-Onde está Alex?
Pergunta e eu abro a porta para que ele entre, depois de um tempo ele caminha para dentro e pergunta novamente de Alex.
-Está la em cima em meu quarto
-SOZINHO?
Ele grita e sobe as escada correndo, caminho atras dele calmo.
-Claro que não, Sara estava dando banho nele por esse motivo que eu abri a porta.
Paramos na porta do quarto e Sara colocava Alex para dormir.
-Deixe de ser preocupado, ele está bem.
-como não me preocupar se você sumiu com meu filho?
-primeiro temos que lembrar que foi você quem sumiu, não atendeu o celular e nem chegou no horário programado.
Will olha para o chão.
-Eu não sabia o que fazer quando ele acordou e ficou me olhando com aqueles olhos grandes, tive de recorrer a Sara. Ela precisa de um aumento.
Digo sorrindo puxando Will pela mão até a sala.
-sente-se e relaxe, ele não vai acordar por agora.
Caminho ate a cozinha e preparo algo para comermos.
-Eu... eu sinto muito.
Will diz da sala e eu o olho.
-Não estou bravo com você, só realmente não sabia o que fazer.
Volto-me para a comida.
-Você realmente parece ser um pai melhor que eu.
Ele diz e eu largo a comida.
-Pare com esse pensamento, eu não sou pai, muito menos melhor que você.
Digo um pouco triste, sento ao lado dele com um saco de batatas.
-A quanto tempo você não relaxa?
Pergunto quando vejo que ele olhava para a escada a cada minuto.
-Faz um bom tempo.
Ele sorri me olhando e eu pego em seus ombros o olhando nos olhos.
-Pois hoje você vai.
Digo sorrindo e abrindo a batata.
-porcaria também faz bem ao corpo, coma!
Começo a comer e ele fica me observando, pego uma batata e levo a sua boca, ele me olha em negação, mas logo come a batata.
-Vamos relaxar juntos.
Digo a ele sorrindo e continuo comendo. Certo momento sinto sua mão no pacote de batatas e me assusto rindo.
-Parece que alguém sentiu fome.
Murmuro.
-Para de me encher.
Ele diz e me empurra.
-Você esta ficando rabugento, um péssimo tipo de pai.
Ele ri e continua a comer.
-Obrigado por cuidar tão bem do meu filho.
Ele diz olhando em meus olhos.
-Foi a melhor coisa que alguém fez por mim ate hoje e que não tem haver com dinheiro.
Vejo as lagrimas em seus olhos.
-Não precisa agradecer, eu quem agradeço. Foi... esta sendo uma noite ótima.
Sorrio olhando em seus olhos, que brilhavam debaixo da luz indireta da sala.
-Por nada.
Ele diz devagar e estampando um sorriso no rosto que o deixou simplesmente lindo. Sara surge na sala e percebo que nossos rostos estavam bem próximos, me afasto voltando a comer.
-Senhor, estava preparando algo?
Ela diz olhando a cozinha.
-Sim, mas desisti. O rapaz aqui precisa de um pouco de porcaria no corpo.
O empurro rindo e vejo que o sorriso ainda está lá e os lábios vermelhos brilham.
-Porcarias, senhor. O nome já diz o que são.
Ela diz da cozinha.
-Já disse pra não me chamar de Senhor, Sara.
Digo lento observando cada detalhe do rosto dele, como os cabelos que saiam da touca o deixavam mais despojado.
-Sim senhor, quer dizer... Claro Tedy.
Sara responde e começa a arrumar o que baguncei.
-Bem que vocês podiam passar a noite aqui.
Sussurro bem próximo de Will.
-Claro.
Ele responde sorrindo para mim e fico encantado, seu celular toca.
-É Gabi, preciso atender.
Ele pula do sofá e volto a mim. 'Ele nunca dormiria na casa de um estranho' penso.
-Claro Gabi, já estou voltando.
Ele desliga e olha para mim.
-O que houve?
Pergunto de imediato.
-Ocorreu um problema na casa da Gabi e ela não vai poder ficar esta noite, preciso ir para cuidar de minha casa e de minhas atividades da faculdade.
-Durma aqui!
Sara diz saindo da cozinha e e indo ate Will.
-Todo conforto que precisam tem aqui, o senh... -ela me olha- Tedy, pode te ajudar na noite. Tem quartos de sobra e ele não ficaria sozinho.
Will me olha, olha ao redor.
-Acho melhor não, posso estar incomodando e tudo mais. Prefiro ir para minha casa.
-Mas aqui...
Sara começa e eu interrompo.
-Deixe Sara, se ele quer ir deixe.
Digo sentado no sofá ainda comendo, Will sobe as escadas e Sara o segue. Fico na sala observando, Will desce com seu filho e a bolsa em mãos e caminha em direção a porta. Ando rápido e abro a porta para ele.
-Quando quiser voltar será bem vindo e se precisar da minha ajuda é só ligar, estarei disponível.
-Obrigado!
Ele estende a mão e eu a pego em um aperto.
-Foi muito bom conhecer vocês.
Digo sorrindo ainda segurando a mão dele, Will agora com a luz da lua refletindo em seu rosto parecia um anjo e eu o admirava mais que a qualquer coisa naquele momento. Solto sua mão contra minha vontade e ele caminha devagar ate a beira da calçada, para e retorna ate mim.
-Esqueci de te falar algo.
Fecho os olhos e engulo em seco esperando ele me xingar de qualquer coisa. Sinto algo em meus lábios e quando abro os olhos vejo Will se afastar.
-Você é ótimo!
Ele fala e anda apressado não me dando tempo de responder a nada, fico paralisado na porta observando ele sumir na esquina.
-Senhor, esta esfriando. Posso ir embora?
Volto a mim.
-Já disse para não me chamar de senhor.
Digo fechando a porta e indo até ela.
-É costume.
Ela fala olhando para o chão.
-Pare de me chamar assim... eu te levo em casa.
A abraço apertado sorrindo.
-certeza?
-Claro.
Digo a soltando e pulando em direção a escada.
-Só vou me trocar.
Corro para o quarto totalmente feliz e sorridente, troco de roupas e levo Sara em casa. Quando retorno me jogo em minha cama pensando na noite e por fim durmo.