II - Prédio Hanzai

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II 

Prédio Hanzai


Prédio Hanzai. Cidade Kyoki. 18 de fevereiro.

Chegar ao maior prédio de investigações do país demorou mais que o previsto, já que as estradas estavam interditadas por causa da neve ; a nevasca, em si, havia passado, mas a neve acumulada passou a derreter e vários pontos da cidade não eram viáveis quando isto ocorria. As equipes de prevenção de acidentes entravam em ação nessa época do ano – e no outono, que costumava ser chuvoso em Shinguru.

Sasuke, particularmente, gostava muito desta estação: o verão era muito quente em Shinguru e como ele não morava em um local próximo a praia a estação não passava de um incômodo. A primavera seria ótima também, mas a pele de Sasuke não tinha resistência nenhuma contra o sol e por isso sair de casa se tornava uma batalha árdua. O outono chegava próximo ao seu peculiar gosto, mas apesar de fazer bastante frio, as chuvas atrapalharam a tarefa de sair de casa e ir ao trabalho, e investigar nessa época dava muita dor de cabeça. O inverno era o que tinha menos pontos contra, então passou a ser de sua preferência. Infelizmente faltava pouco para a estação findar e a primavera vim.
Tranquilamente ele seguiu para a sua sala no sexagésimo andar onde os escritórios particulares estão localizadas, os tons do prédio combinavam muito com sua própria casa, ou com sua própria personalidade. Cores sóbrias harmonizavam com seu interior, também sóbrio e sério, Sasuke não gostava de cores gritantes ou coisas agitadas, a única cor que gostava muito e que não se encaixavam com as cores sóbrias era o vermelho. Vermelho sangue, para ser mais exato.

A porta de madeira sintética estava fechada, um padrão de todo o prédio, Sasuke pôs a ponta de todos os seus cinco dedos da mão direita no painel de identificação ao lado da porta e, após o clique, a porta correu para o lado. Sua sala estava organizada como sempre, a mesa de vidro ainda continha o mesmo receptor do holograma de seis dimensões pronto para reconhecer somente as suas mãos e suas digitais, a cadeira também era a mesma, mesmo a decoração, que Sasuke mudou a quatro anos atrás, não havia sido trocada. Não entrava em Hanzai há três meses durante o tempo em que esteve de luto e havia somente saído pela porta sem dizer se voltaria algum dia, então estava surpreso por terem mantido tudo em seu devido lugar.

Ele retirou o pesado casaco negro, abriu a pequena salinha escondida no lado direito da porta de entrada e pegou um cabide, pendurando o casaco – todo o prédio tem sistema de calefação para os dias frios e sistema de ar-condicionado nos dias quentes, então a sala estava bem aquecida. Sasuke então seguiu para sua mesa e se sentou, por alguns segundos quis sair daquele lugar e nunca mais voltar, não estava pronto para assumir um novo caso e provavelmente nunca estaria, mas ele não iria querer que Sasuke se sentisse assim e por ele, seu irmão, Sasuke iria se esforçar.

Ele iniciou o programa e cinco telas em hologramas, que correspondiam em cinco programas distintos, se elevaram sobre a mesa. Sasuke preferiu ler o relatório que sua equipe disponibilizou no sistema chamado S.I.R.D.E.S – Sistema de Investigações e Relatórios dos Detetives e Equipes de Shinguru, com todas as informações encontradas sobre a vítima nos últimos três dias de investigação.
Para acessar o S.I.R.D.E.S, Sasuke precisava informar seu código governamental e a numeração contida no seu emblema. O reconhecimento da sua voz também é um mecanismo de proteção contra hackers ou uma tentativa de acesso não autorizada; como, por exemplo, um criminoso sob investigação que queira saber os passos da polícia.

— Código em numeração 15112230421, emblema de numeração 00426-3. — murmurou com a voz rouca pela falta de uso.

— Identificado: Detetive Uchiha Sasuke, chefe da Equipe Alfa. Qual caso deseja acessar?

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