Contos De Naestria

Nova Era - Estrela da Devastação

Isso aconteceu há exatamente 1518 anos atrás, no sétimo dia do sétimo ciclo. Foi o início do fim de uma era, o princípio de todos os males que assolaram este mundo por séculos.

O surgimento dos svartálfar, a morte do dragão branco, o derramamento de sangue em Yggard, a Inquisição, a ascensão de Szalbar Bhalzarf... Tudo isso foi consequência da Queda de Azkufiel.

Eu estava lá quando aconteceu, não como um herói, apenas uma testemunha. Na época eu ainda era mortal, um jovem duque da hoje destruída cidade-estado de Adriktus, antes de ser acolhido pelos .

Na época, eu estava cavalgando com meus servos a caminho do castelo de um parente nosso e passando na pequena vila para repor nossos mantimentos para viagem quando vimos uma estranha luz no céu. Era como uma estrela cadente de brilho branco e dourado como o sol, nós obviamente estranhamos isto porque ainda era dia então não fazia sentido vermos uma estrela no céu. Nossos cavalos se assustaram e derrubaram muitos de nós no chão antes de saírem correndo com alguns dos meus servos ainda pendurados ou montados tentando acalmar os animais. Se soubéssemos, nós teríamos corrido junto com eles...

O brilho foi ficando cada vez maior no céu e parecia cada vez mais perto, quando percebemos que cairia perto de onde estávamos nós corremos dali, mas o impacto foi tão forte que deixou uma cratera no chão e nos jogou para longe como se um deus furioso tivesse martelado o solo com todo seu poder. Quatro dos meus homens morreram com o primeiro impacto, os outros três incluindo eu ficaram feridos e confusos.

Logo sentimos nossos corpos se aquecerem com o calor da luz dourada vinda da cratera. Meu instinto dizia para correr para o mais longe que pudermos, já estávamos sentindo náuseas, fadiga e dores de cabeça só de estarmos às dezenas de metros do que estava no centro do buraco, porém a nossa curiosidade foi maior e isso foi nossa ruína.

Me aproximei com cuidado na mata alta da região e olhei para dentro do abismo circular, as dores de cabeça ficaram piores. Eu não me atrevi a entrar e mandei eles fazerem o mesmo, porém ainda assim um dos meus servos que se aproximou mais. Vi sua pele começando a queimar e ao passar a mão na cabeça sentindo as dores fortes ele percebeu que perdeu um pouco de cabelo, então recuou com medo e desajeitado, sentindo o peso nas calças.

A fumaça na cratera se dissipou, vi a silhueta surgindo em meio a fumaça que a princípio parecia pequena e larga para então se tornar alta e mais fina. Eu só entendi o que realmente era quando abriu suas asas e bateu para dissipar mais a poeira, lá estava um humanoide alado com longos cabelos dourados balançando com o vento da batida de suas asas e robes brancos com um líquido brilhante e dourado derramado de um corte diagonal no seu dorso. Não havia mortal no mundo que não reconhecesse essa figura, era um anjo ferido.

Nós entendemos que as náuseas e outros sintomas eram o motivo pelo qual os anjos feridos nunca se aproximam dos mortais, sua força divina vazando deliberadamente é poderosa demais para nós e a sensação é a mesma de quando um vampiro queima na luz sagrada do sol.

"Azkufiel..."

Foi o que meu servo disse reconhecendo a figura no centro do buraco. O anjo se voltou para meu servo e não disse nada, apontando a palma de sua mão para aquele que o reconheceu, ele liberou uma rajada de luz divina que jogou para vários metros de distância e queimou o peito do homem, fazendo seus cabelos caírem e sua pele jovem envelhecer rapidamente. Azkufiel ergueu seu corpo no ar com leves batidas asas e veio flutuando calmamente na nossa direção, eu permaneci escondido e com medo, mas um dos meus guardas atacou com sua espada gritando o nome de nossa cidade. Nunca vi um ataque tão ridículo quanto esse, ele pulou para cima com tudo como se fosse imbatível e Azkufiel o agarrou pela face com apenas uma mão e sugou sua energia vital, então jogou a carcaça seca no chão com desprezo.

Reconheço que seu desprezo era válido.

Outro soldado da mesma prole de idiotas tentou atacar girando em seu próprio eixo, mas tudo que o anjo precisou fazer foi bater suas asas para voar acima da cabeça do homem e segurar seu crânio deixando que o movimento insano e irreal deste guerreiro demente quebrasse seu próprio pescoço. O corpo enorme com uma cabeça pequena quase escondida entre as grandes ombreiras desfaleceu no chão e pude ver que assim como tantas piratas e bandidos que vi morrerem na forca, ele molhou as calças após o corpo cair morto.

Azkufiel nem se deu ao trabalho de sugar sua vida, ele preferiu agarrar um que fugiu gritando vi horrorizado o homem tendo sua vida sugada enquanto a ferido no peito do anjo caído se fechava e a energia divina parava de vazar. Ele partiu voando para algum lugar, em direção ao sudoeste de onde estávamos.

Após ter certeza de que era seguro do me aproximei, vi que pingos de líquido dourado na grama, o sangue do anjo, fizeram a vegetação mudar e se tornar algo tão surreal quanto um sonho. Eu fiquei fascinado por este poder, eu sabia que poderia levar isso para vender as pessoas certas e enriquecer minha família.

Em partes, meu plano funcionou e hoje sou um dos mais ricos imortais de Naestria, encabeçando uma das mais bem-sucedidas linhagens de Edel, residindo na gloriosa Bhalzarfia e uma de minhas descendentes chegou a trabalhar com o próprio rei demônio na fundação desta cidade, mas o que eu não sabia era o perigo em que eu havia colocado todos aqueles que entraram em contato com o sangue de anjo...

[ Título Senhor do Clã Sacriforsun foi transferido para indivíduo Alice Hetomero ]

Pera, o que?!

Notas do autor:

Sim, é para ofender os main Garen (LoL) e main Garen do Paraguai (Arthur do AoV);Desculpe se peguei pesado quanto aos detalhes fisiológicos decorrentes de radiação e enforcamento;Editado por Th.L