Capítulo Oito

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Olá amorecos! Preparados para mais um capítulo? Espero que sim. Espero também que gostem, não se esqueçam das estrelinhas e dos comentários. Beijos e Abraços. BOA LEITURA!

TEXTO SEM REVISÃO!

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Olívia


Termino de escrever em meu diário e o fecho olhando para o sol já iluminando todo o céu. Parece que será um dia quente lá fora hoje.Suspiro ao me lembrar que hoje é dia de terapia em grupo. Não ainda sobre como me sinto ao sentar-me em frente a um monte de pessoas que não conheço e falar sobre mim e o que fiz ou passei.

É estranho para mim, mas ao mesmo tempo reconfortante saber que não sou a única que passou por problemas, que não sou a única que fez coisas ruins.

A porta do meu quarto se abre após uma batida e a enfermeira Lily entra com um pequeno sorriso nos lábios.

-Acordou cedo. - Comenta ela. - Aqui estão os seus remédios e quando estiver pronta pode ir tomar seu café, vou deixar roupas limpas para você e uma toalha.

-Obrigada. - Murmuro.

-Não precisa agradecer, querida. - Pisca ela para mim.

Lily deixa os remédios em cima da mesinha ao lado da minha cama, minha roupa e toalha ela deixa no banheiro.

-Ah, hoje enquanto estiver em sua terapia em grupo, iremos instalar a televisão e colocaremos uma estante com alguns livros para você. -Aceno com a cabeça para ela e logo depois ela se retira.

Televisão e livros. Tudo por bom comportamento. Sei que era para eu estar me sentindo realizada e feliz por isso. Mas não estou. É triste saber que uma mulher como eu, na minha idade está nesse estado. Pareço-me mais como uma criança e cada vez que faço algo certo ganho um brinde e nesse caso é uma televisão e livros.

Meus médicos diriam que é mais uma etapa ganha, mais uma conquista, mas me sinto perdida. Não está sendo fácil pra mim, a cada dia parece que mais difícil fica e mais eu quero entrar em meu mundo da imaginação. Tem sido uma luta constante a cada dia que passa. Não sei se um dia serei capaz de não sentir esse pânico ou esse medo, o sentimento de desespero de querer me perder em minha própria mente,mas sei que a cada dia mais decidida eu fico. Não posso continuar assim.

Tenho que ser melhor, por mim, por meus pais, por George e por Phillipe que acredita em mim e sabe que posso melhorar. Também tenho que ser melhor por Mia e Connor, Henry e Anne. Eles sofreram com o que fiz,quase perderam um ao outro. Tenho que lutar por eles principalmente agora que me perdoaram.

Levanto-meda cadeira e tomo meus remédios torcendo para que um dia eu não precise mais deles. Olho mais uma vez pela janela sentindo que o dia será quente e espero que seja produtivo, sem falar que quero muito ver Phillipe, só de pensar em vê-lo sinto aquele arrepio pelo corpo e a sensação de enjoo.

Toda vez que o vejo tenho vontade de me agarrar a ele não o deixando ir,tenho vontade de contar a ele todos os meus segredos e sonhos, de dizer a ele o quanto estou apaixonada por ele e que ele é o meu anjo salvador, aquele que penso antes de dormir e assim que acordo.

Entendo que esse sentimento não é saudável, que posso estar sendo louca eque seja apenas uma paixão simples por alguém que me ajudou, mas é mais do que isso. Nunca sentir essa sensação antes, nunca amei ninguém, nunca me apaixonei. Meu coração estava tão amargurado,tão ferido e cheio de ódio que nunca me permitir sentir além. Sempre tão fechada e agora eu sinto.

Vivendo outra VezOnde histórias criam vida. Descubra agora