Capítulo Um

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Olá amorecos! Prontos para o primeiro capítulo? Espero que gostem, não se esqueçam das estrelinhas e dos comentários. As postagens será todas as Terças -feiras. Beijos e Abraços. Boa leitura!

Texto sem revisão!


***

Breath Of Life - Florence and The Machine


Olívia – dias antes...


Olho para a colher de plástico em minhas mãos, eu tenho que tentar,preciso tentar. Viver comigo mesma está sendo insuportável, eu não consigo mais. Não sei quem eu sou. Às vezes sou apenas uma menina conversando com os pais e outras vezes a realidade toma conta e descubro o monstro que eu sou. O monstro que vive em mim. Aquele que merece ser morto.

O certo era para eu estar almoçando no refeitório do hospital, massou nova aqui e não gosto de muitas pessoas ao meu redor, não quero fazer amigos. Não estou aqui para isso. Não preciso disso. Então,apenas colocam o parto de comida no meu quarto e me deixam sozinha.Quero uma parte da colher de plástico. A parte quebrada fica pontiaguda, o suficiente para fazer cortes.

Eu tenho que fazer isso, não pode passar de hoje. Não há redenção suficiente para os meus pecados a não ser a morte. Eu não preciso me encontrar, não preciso saber quem eu sou. Eu sei quem eu sou.Posso ver me ver todos os dias no reflexo da janela. Estou acabada,tem manchas roxas em volta dos meus olhos, meu cabelo está sempre preso e minha roupa é sempre calças e blusas brancas. Alguns poderiam dizer que eu parecia um anjo, mas eu sei quem eu sou, o que vive dentro de mim.

Fechos os olhos respirando fundo, lembrando-me o motivo de eu estar aqui,lembrando de tudo o que eu fiz. Hoje é um dia ruim para mim, a escuridão está de volta.

Olho para as minhas mãos tremendo de nervosismo. Aperto a colher com força que chega a machucar.

''Faça.''

''Sim, faça isso, você merece.''

''Agora, vai faça, não espere por mais tempo, não podemos mais viver.''

''Você é um monstro, Olívia. Não merece perdão.''

As vozes sussurram em minha cabeça, eu sei de quem é essa voz, ela sempre está para me lembrar quem sou e o que fiz.

''Machucou uma criança.''

''Você mandou matar um homem.''

''Atirou em minha mulher.''

''George morreu por sua culpa, Olívia. Você merece a morte.''

Eu quero que ela vá embora, quero que isso pare de vez e só há uma solução para isso.

Abro meus olhos determinada a acabar com isso. Sim, sem dor, apenas um corpo profundo, nada demais. Aponto a posta quebrada da colher na vei do meu braço, pronta para acabar com tudo, mas a porta do meu quarto se abre. Escondo a colher embaixo da cama e olho para a porta. Meu coração acelera ao vê-lo. Sempre ele. Sempre para chegar no momento certo e me salvar.

Não era para ele estar aqui hoje, é por isso que escolhi esse dia, ele nunca está aqui as terças-feiras.

-Como está se sentindo hoje? - Ele pergunta.

A raiva começa a subir em minhas veias bem devagar, incendiando todo o meu interior, sempre estragando os meus planos, sempre com essa voz de anjo e esse sorriso acolhedor, como se ele não se importasse quem sou e o que eu fiz, como se eu merecesse amor e perdão.

Vivendo outra VezOnde histórias criam vida. Descubra agora