*Capítulo 6*

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Fui atingido por estrelas, você é uma beleza, você é uma beleza
Dia vira noite, você ilumina minha escuridão, você ilumina minha escuridão.
[…]

  Passo o resto do dia e da noite com Aurora, não tenho vontade de me separar dela

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  Passo o resto do dia e da noite com Aurora, não tenho vontade de me separar dela. 

  Logo que ela acordou fiz com que me contasse tudo o que sabia sobre o homem que lhe fez mal, que agora sei se chamar Fernando, por incrível que pareça não precisei forçá-la a falar. Ela disse tudo de forma espontânea. 

  Após o café da manhã eu teria que ir a empresa resolver alguns pequenos contratempos, mas como temia deixar Aurora sozinha decidi convidá-la a ir comigo. 

     — O que acha de conhecer minha empresa? - ela está com um copo de iogurte e o para no ar. 

     — Não sei se é uma boa idéia - ela responde sem me olhar.

     — E porque não seria? - A questiono e ela me encara deixando o copo sobre a mesa. 

     — Não quero envergonhar você Paulo. 

  Fico a encarando aturdido por suas palavras, como assim me envergonhar, por que iria sentir vergonha dela?

  Me levanto da cadeira dando a volta na mesa até parar ao seu lado, ela me olha e eu lhe estendo a mão para que ela levante. Ela aceita ficando de pé e me olhando. 

     — Eu não tenho porque me envergonhar de você Aurora, você é linda, doce e humilde, e é isso o que me importa - falo olhando em seus olhos, o tom que me deixa deslumbrado fica entre o verde e azul, uma mistura única das duas cores. 

  Fico preso em seu olhar, meus olhos baixam para a sua boca carnuda e rosada, os dentes brancos em contraste com os lábios, sinto minha boca secar.

  Espero que não esteja cometendo um erro dos grandes, não me perdoaria se esse fosse o caso.

  Aproximo nossos rostos colando meus lábios nos dela, faço o possível para não aprofundar o beijo e então me separo dela. 

  Ela está com os olhos fechados, sua feição está leve, bem diferente de como ficava antigamente.

  O brilho em seu olhar é indecifrável, ela não diz nada sobre o selinho e eu também prefiro não falar sobre o assunto.

    — Vou me arrumar, te espero em meia hora para irmos - saio para o meu quarto sentindo os seus olhos queimarem minhas costas.

  Coloco um terno dos que já estavam preparados, termino de me arrumar o mais rápido possível, corro para o andar de baixo e fico totalmente perdido quando  vejo Aurora em pé no meio da sala. 

 

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