SEGUNDO LIVRO, PARA COMPREENDER MELHOR LEIA PRIMEIRO - A Megera Da Bazam.
Paulo César Britto teve o seu mundo virado de pernas para o ar após uma descoberta sobre sua vida, viu a pessoa que mais deveria lhe amar e ajudar ser a causadora de sua ma...
Mapeei a dedo tuas sardas Viajei nas suas entrelinhas Que te entregam e desvendam o melhor em ti Me perdi no céu da sua boca Me reencontrei nas suas curvas Você é labirinto, rua sem saída Me rendi a tua alma nua, vem cá. […]
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Tivemos um dia perfeito, desde o momento em que abri meus olhos de manhã e todo o transcorrer dele foi magnífico.
Fomos a consulta do meu pré-natal, que diga-se de passagem foi a melhor de todas, não consigo colocar em palavras tudo o que senti, há momentos que apenas palavras não são o suficiente.
E tenho que agradecer Paulo por isso, sei que tudo isso se deve ao fato de ele estar, ao meu lado, ser meu ponto de equilíbrio quando eu mais preciso, se não o tivesse conhecido não sei onde estaria agora.
Nosso almoço e o passeio no shopping me encantaram, as roupinhas e coisas que compramos para o nosso filho, porque querendo ou não esse bebê é nosso, me fizeram ter uma noção diferente do que é a maternidade.
No começo foi tudo tão horrível, todas as vezes que pensava nesse bebê era como se ele estivesse chegando para me lembrar a cada vez que eu olhasse para o seu rosto, os momentos horríveis que vivi. Como um lembrete bem ali na minha frente.
Mas com o tempo e o apoio de Paulo eu vi que tudo isso não passava de um pensamento avesso meu, uma visão distorcida, e ainda bem que houve tempo para mudar.
Fico perdida pensando em minha cena de ciúmes no shopping, porque foi isso que eu tive, ciúmes. Algo novo para mim, nunca havia sentido isso antes, é como um novo mundo se abrindo em minha frente.
Sou tirada de minhas lembranças por um Paulo lívido entrando no quarto, sua expressão distante me chama a atenção, não condiz com o cara sorridente que saiu daqui, a poucos minutos.
— Aconteceu algo? - é a primeira coisa que se passa em minha mente e que sai de minha boca.
— Não. - ele me olha, o seu olhar me deixa inquieta, esse é um olhar novo – Amanhã você vai conhecer meu primo, a namorada e a filha deles.
— Isso é bom ou ruim? - ele reponde que é bom – Então porque essa cara?
— Não sei se estou preparado para ver Beatrice, a filha dele - suas palavras me pegam de surpresa.
Percebendo minha confusão ele para em minha frente e parece ponderar se diz ou não o que está passando em sua mente.
— Vou te explicar de um modo que você entenda - aceno para que ele continue – Beatrice foi registrada como minha filha.
