*Capítulo 8*

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Uma estrela brilhante, para iluminar meu
Coração em chamas, eu quero você
Tiro no escuro, agora
Recarregando
Você está tomando o que é meu
Mas está tudo bem sentir-se vivo
Cores do arco-íris.
[…]

  Paulo me deixou em meio a algumas mulheres, todas em seus melhores trajes e jóias que pareciam caríssimas

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  Paulo me deixou em meio a algumas mulheres, todas em seus melhores trajes e jóias que pareciam caríssimas. 

  Eleonor conversou comigo, tentando me incluir na conversa de alguma maneira, o seu sotaque deixava algumas palavras erradas e carregadas, o que eu me fazia achar graça de certa maneira. 

  Peguei um suco recusando o espumante que me foi oferecido e beberiquei, vez ou outra olhando para onde Paulo estava, ele parecia incomodado com algo. Assim como eu parecia estar em outro lugar, apenas o corpo ali presente, e o pensamento vagando.

     — Aurora - volto minha atenção as mulheres a minha frente quando ouço meu nome – Você e o Paulo César estão juntos a muito tempo?

     — Não estamos juntos - digo o que acho ser a verdade - estamos nos conhecendo.

  Me corrijo rapidamente, não temos um relacionamento, mas convivemos juntos e dividimos a mesma cama todas as noites. Isso significa que somos alguma coisa, não?

  A conversa continua e então outra mulher, que parece ter uns 40 e poucos anos começa a falar de jóias e de roupas que comprou em preços exorbitantes. Acho um desaforo gastar tudo isso quando várias pessoas não tem arroz e feijão em suas mesas. 

     — E você Aurora, já viu a nova coleção de bolsas da Gucci? - ela me olha de cima a baixo, sua arrogância não me passa despercebida. 

      — Na verdade não, Paulo e eu estamos engajados em algumas causas sociais, não estou tendo tempo para futilidades, quando várias mulheres e crianças estão passando necessidade, sendo espancadas e violentadas, acho que nós precisamos ser um pouco mais humanos e olhar ao redor. - percebo que Eleonor segura o riso enquanto as outras me olham boquiabertas – Se me dão licença preciso trocar uma palavrinha com Paulo.

  Saio sem esperar as manifestações delas, sei que iriam desdenhar o que eu disse, cada um tem sua opinião essa é a minha. 

  Passo pelo bar vendo que Paulo não está mais lá, fico alguns minutos o procurando e já estou ficando preocupada quando ele aparece.

  Ando em sua direção para encurtar o espaço entre nós, ele está sério, sua expressão me causa calafrios, algo grave deve ter acontecido. 

    — Paulo o que aconteceu? - é a primeira coisa que sai da minha boca, sua expressão me deixa em alerta. 

    — Eu estou indo para qualquer lugar em que possa ficar sozinho, - ele não me olha enquanto as palavras são compreendidas por mim - vou te levar até o carro e Juan te levara pra casa. 

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