*Capítulo 25*

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Correndo o risco de parecer trouxa
Eu não quero farrear mais
Se nós vamos fazer isso, então vamos nessa
Você pode ajeitar meu coração partido se for todo seu.
[...]

  Acordo em um mini espaço na cama, quase sendo empurrado para o chão, em outras circunstâncias ficaria puto da vida, mas ao olhar para a cama cheia de amor, sinto felicidade

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  Acordo em um mini espaço na cama, quase sendo empurrado para o chão, em outras circunstâncias ficaria puto da vida, mas ao olhar para a cama cheia de amor, sinto felicidade.

  Aurora ainda dorme abraçada a Enzo e Eva é quem está me empurrando, a princesinha está monopolizando todo o espaço da cama pra ela, com os braços e a pernas abertas parecendo uma estrela do mar, pequena e espaçosa.

  Fico perdido por alguns minutos apreciando esse momento único, eu que até pouco tempo pensei que não seria pai, estou prestes a ser pai não de uma, mas de duas crianças maravilhosas, tomara que tudo dê certo com a adoção, vou conversar com Adalberto Sansão, um dos melhores advogados de causas adotivas e ver o que posso fazer.

  Quando não consigo mais me equilibrar na pequena parte da cama que restou me levanto e vou para o banho, aproveito e faço a barba, não a deixo baixa como de costume, tiro ela toda o que me dá um ar mais jovem e eu realmente estou me sentindo mais jovem, sou um adolescente apaixonado.

  Passo pelo quarto para ir para o closet e eles ainda dormem, se pudesse ficaria o dia todo sentado olhando os três, mas infelizmente tenho coisas importantes a resolver.

  Não atrapalho o sono, e saio sem fazer barulho Aurora deve estar cansada, acorda várias vezes durante a noite para dar de mama, corro para a cozinha e vejo que Carla já chegou, desde que Aurora teve o bebê ela passou a chegar mais cedo e a vir todos os dias.

   — Bom dia Carlinha - ela nota a minha presença e sorri, Carla já deve estar na beira dos cinquenta, foi criada com minha família foi minha babá quando nasci depois que cresci continuou a trabalhar pra mim - O dia está lindo, não?

   — Parece que alguém viu um passarinho verde - ela caçoa do meu bom humor.

   — Vi a família toda, não um só.

   — Posso saber a que se deve tanta alegria? - as feições mostram a curiosidade.

   — Você pode arrumar uma bandeja de café da manhã para a minha noiva? - os olhos dela quase saltam do globo ocular.

    — Não acredito - ela grita me abraçando - pensei que ia deixar Aurora fugir, uma menina daquelas é pra casar meu filho, ainda bem que você percebeu.

    — Só precisava tomar coragem, nunca deixaria Aurora se afastar - garanto a ela.

    — O que devemos colocar nessa bandeja? - ela pergunta correndo para a geladeira.

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