Desmorono, lágrimas caem no chão
Digo a mim mesma: Faça, nada pode ser encontrado
Quando se é uma lutadora
Você é uma lutadora
Você é um lutadora, continue lutando, querida
Alguns dias tenho certeza que perdi a fé
Alguns dias não consigo encontrar minha fé
Mas eu continuo lutando
Eu continuo lutando
Eu continuo lutando, querida, querida.
[…]A que ponto cheguei, uma garota que sempre viu o lado bom da vida, que nunca pensou negativo em nada, mesmo tendo uma vida de merda, não tendo um pai e perdendo a mãe na adolescência, nunca desisti de viver.
A minha alegria sempre foi minha marca registrada, ao menos era isso o que Mara minha vizinha e a única pessoa querida que me sobrou sempre me falou. Lembro de suas palavras como se as tivesse ouvindo agora.
"Aurora querida, nunca deixe ninguém apagar o seu brilho minha menina, você ainda será muito feliz."
Ainda bem que Mara não está aqui nesse momento, ou eu levaria algumas palmadas coisa que nunca aconteceu, ela nunca me perdoaria por tirar minha própria vida.
Mas em minha defesa, a dor era tanta, tão insuportável, que eu preferia morrer e nunca mais sentir nada, do que continuar como estava.
À pouco mais de dois meses minha paz foi arrancada de mim, minha dignidade levada pelo ralo, a pouco mais de dois meses, eu não sou mais eu.
A Aurora livre, brincalhona e feliz morreu naquela noite, aquela maldita noite. Se eu pudesse voltar no tempo faria tudo diferente, não tenho dúvidas disso.
Imagine o meu terror ao descobrir que estava grávida, não que eu nunca tenha me imaginado mãe, já me imaginei milhares de vezes, mas não nessas circunstâncias.
Já pensei em abortar essa criança várias vezes, desde o momento em que descobri sua existência, mas fui fraca, não conseguiria fazer mal a ela, então eu pensei em fazer mal a mim mesma. Assim não me sentiria culpada por tirar uma vida, tiraria a minha própria.
Foi uma grande tolice, isso fez que com que um desconhecido se sentisse no dever de cuidar de mim, o que eu não me agrada muito, não posso confiar em ninguém.
Acordo deitada sobre ele, ele está sem camisa, sinto uma confiança tão grande nele, e o conheço a pouco mais de dois dias.
Ele está em um sono pesado, tento me desvencilhar de seu abraço e consigo sair sem acordá-lo.
Me levanto e a tontura me acomete, todos os dias tem sido assim, primeiro a tontura e depois a ânsia de vômito, e como se desse a deixa sinto a bile subir pela minha garganta.
Corro para o banheiro e solto tudo pra fora, não que realmente tenha algo no estômago, mas a água verde e horrível continua saindo, esse é o fim, odeio vomitar.
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A Redenção Do Império.
RomanceSEGUNDO LIVRO, PARA COMPREENDER MELHOR LEIA PRIMEIRO - A Megera Da Bazam. Paulo César Britto teve o seu mundo virado de pernas para o ar após uma descoberta sobre sua vida, viu a pessoa que mais deveria lhe amar e ajudar ser a causadora de sua ma...