when the glade burns || tmr

23.

Depois do F, mais letras surgiram. Logo após um L, depois um U. 

-Cara... -falou Minho, resumindo em sua perplexidade o que os outros sentiam.

-Pode ser uma coincidência. -Disse Newt. -Depressa, continue!

Os garotos não saíram da Casa dos Mapas desde que a primeira letra foi encontrada, nem mesmo Newt. Apesar de não parar de pensar que Anne poderia acordar a qualquer momento, uma esperança de tira-los daquele lugar o consumia. 

Foram tantos anos naquele lugar, sem nenhuma saída. E agora, finalmente, uma alternativa havia surgido. Um bendito código.

Eles continuaram, juntando os oito mapas de cada dia, na ordem da Área Um até a Oito, uma letra visível se formava no centro das linhas entrecruzadas. 

Não demorou muito para a primeira palavra ser formada.

-Flutua? -Estranhou Newt. -Não faz sentido, para mim não parece de forma alguma um código de salvação.

-Vamos continuar. -Minho disse.

E assim foi por muito mais tempo.

~

Em seu quarto na Sede, Anne se mexe muito em sua cama, deixando Chuck preocupado. Desde que Newt saíra do quarto, ele confiou ao garoto para ficar de olho em Anne. Foi como uma ameaça de morte quando Newt disse: "Qualquer coisa que acontecer, quero que você corra como se dependesse de sua vida para ir me avisar. E estou falando sério."

-Anne?

Anne ouvia uma voz distante, cantada, como um eco em um túnel comprido.

-Anne, consegue me ouvir? É o Chuck, tudo bem?

A garota sentiu a luz do outro lado das pálpebras, mas sabia que seria insuportável abrir os olhos. Tudo voltou de repente em sua mente. O labirinto, os Verdugos, a Clareira. A Transformação, lembranças...Newt.

Começou abrindo os olhos com dificuldade. O rosto rechonchudo de Chuck estava lá, a observando com os olhos assustados, mas então um sorriso abriu-se no rosto dele.

-Ela acordou. Anne acordou!

-Chuck, shhiiiiii...silencio por favor- disse a garota atordoada e tentando se levantar. -Nossa, minha cabeça parece ter 300 quilos.

-Desculpa...só estou contente por você estar viva. -Ele responde envergonhado.

Anne não se segura e abre um sorriso.

-Vem bobão me ajuda a sentar. -Ela diz tentando se levantar novamente.

O garoto a ajuda, logo em seguida parece se lembrar de algo.

-Tenho que avisar Newt! - Ele grita de novo fazendo com que Anne se contraia. -Desculpe...já volto.

~

-Trata-se de um teste...a coisa toda é um teste.

Newt, Minho e Thomas estavam em volta da cama da garota, que não foi permitida de levantar novamente depois de parecer não conseguir se sustentar por si só. Apesar de bem interessados em tudo o que Anne poderia dizer, estavam se segurando para ainda não contar todo o código que descobriram.

- Eles estão nos eliminando, vendo se vamos desistir, descobrindo os melhores de nós. Submetendo-nos as variáveis, tentando nos fazer desistir. Testando nossa capacidade de ter esperança e lutar. Me mandar aqui foi uma última parte...uma última variável. Agora teremos que fazer mais uma coisa. Escapar.

Minho arqueou as sobrancelhas confuso.

-O que está querendo dizer?

-Sei como vamos sair daqui.