Thomas adormecera ao lado de Minho em uma das mesas na Casa dos Mapas. Passaram a noite inteira tentando descobrir o que Anne queria dizer enquanto falava "o labirinto é um código" enquanto passava por sua transformação.
Minho imediatamente recorreu aos padrões que ele sabia serem seguidos pelo labirinto. Todos os dias os Corredores registravam todo o labirinto, cada um encarregado de uma das sessões.
-E se todos os movimentos dos muros não tivessem nada a ver com um mapa ou um labirinto ou qualquer coisa desse tipo? -Thomas disse quanto tudo pareceu se encaixar em sua mente. -E se em vez disso o padrão representasse palavras?
Foi aí que Minho soltou um suspiro de frustração.
-Cara, você faz alguma ideia de quantas vezes estudamos isso aí? Não acha que teríamos notado se houvesse alguma sugestão de malditas palavras?
-Tá, mas cada mapa normalmente é comparado com mapas dos dias anteriores, dentro da mesma área. E se, em vez disso, deveríamos estar comparando as oito sessões entre si, todos os dias formando um código individual?
E por aí foi, uma longa noite de discussão e de teorias, até se encontrarem no momento atual, babando na mesa da Casa dos Mapas.
Quando Thomas finalmente acordou, esfregou os olhos e limpou os cantos da boca, se levantando lentamente cheio de dores por ter dormido em tal posição. Ao sair pela porta de metal percebeu a luminosidade fraca e sem vida.
A primeira coisa em que pensou foi que talvez tenha acordado mais cedo do que o normal, talvez o sol não havia nascido ainda. Mas então ouviu os gritos.
O céu era uma laje opaca e cinzenta, nem sinal do azul. O céu, cada centímetro dele, estava cinzento. Checou seu relógio de Corredor, havia se passado uma hora de seu horário obrigatório de se levantar. Olhou de novo para cima, como se esperasse que voltasse ao normal. Continuava cinza, sem nenhuma nuvem se quer.
O sol desapareceu.
~
Encontrou todos os Clareanos em volta da caixa, desesperados e cheios de perguntas. O café da manhã já era para estar servido a uma hora dessas, mas todos os horários pareciam ter sido confundidos também. Olhando para a caixa Thomas percebeu mais uma coisa, nada veio dentro dela.
Então além de terem os privado da luz do sol, os malditos Criadores haviam cortado seus suprimentos?
-Acalmem essas bocas seus trolhos. -Minho aparecera já de mal humor após ser acordado por Thomas. -Alguém pode me dizer onde está o Newt?
Poucos deram atenção, mas pelo menos ajudaram acenando a cabeça em direção á Sede.
-Vamos, Thomas. Vamos contar nossas malditas teorias pro loirinho.
Enquanto se afastavam ouviam o desespero e confusão dos outros Clareanos. Thomas olhava com muita frequência para onde veria estar azul. Continua cinza. Mas é claro que o sol não desapareceu, não fazia sentido algum.
A não ser que eles nunca tivessem visto de fato o sol, ou nunca tiverem tido contato com um sol sem si.
Isso tudo aborrecia Thomas, sua única vontade era caçar um besouro mecânico apenas para mostrar seu dedo do meio.
Chegando a Sede, foram direto ao quarto de Anne, pois sabiam que era lá que Newt estaria. Minho nem comentou sobre o céu cinza ou sobre a ausência do sol, apenas contou de um jeito empolgado todas as teorias que ele e Thomas bolaram noite passada.
-Palavras? -Newt pergunta após Minho concluir, se levantando e ganhando interesse. -Mas como acharíamos essas palavras? Onde elas estão?
-Uma ideia é que se sobrepusermos os mapas de todas as sessões de um dia, teremos uma letra. -Thomas disse descrente de que Newt veria isso como uma ideia brilhante.
-Podemos tentar com papel manteiga que eu sei que Caçarola recebe. -Minho tenta convencer o loiro, que faz só mais cara de quem acha que nada disso dará certo. -Olha vamos só tentar, ta bom? Esse pode ser o tal código que a ruivinha ta falando.
Automaticamente todos olham para a garota deitada na cama.
-É a maior mértila que já ouvi, -Newt diz ainda olhando para Anne. -mas qualquer ideia para nos tirar desse inferno é válida.
Newt agora olha a face dos dois garotos, que não conseguiram conter um sorriso.
~
Caçarola não gostou muito que lhe tomassem uma caixa inteira de rolos de papel-manteira, ainda mais depois do corte dos suprimentos. Newt, Thomas e Minho foram até a casa dos mapas, sabendo que passariam um bom tempo lá.
Na enorme mesa que se encontrava no meio separaram os mapas em dias, cada pilha na ordem das sessões (de 1 a 8). Depois disso Thomas quem os organizou: Minho cortaria o papel manteiga em retângulos, do tamanho dos mapas, enquanto ele e Newt copiariam cada mapa nas folhas de papel manteiga a lápis.
Depois de um tempo conseguiram formar a letra "F", o que só os animou mais e fez o ritmo do trabalho acelerar.
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when the glade burns || tmr
Fanfiction❝ The flame has arrived. Are you ready for the fire? ❞ Todos no CRUEL esperam que ela esteja do lado deles e que os ajudem com as variáveis, mas a real razão pela qual entrou no experimento, é voltar para os braços de seu amado e ajudar os outros a...