03.

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Era um Thomas mais novo, dois anos pelo menos, estava caminhando pelos corredores de um prédio, mas não sozinho. Duas garotas o acompanhavam, uma morena, que estava segurando sua mão, e uma ruiva.

Thomas e a morena conversavam normalmente, até que a asiática fechou a cara. Observava a ruiva que, Thomas acabara de perceber, estava toda tristonha pelos cantos.

-Anne, para com isso.- Disse a garota que segurava sua mão- Uma hora você vai ter que superar.

-Exato. -Disse Thomas, olhando para Anne- Você está com seus amigos agora! Então trate de se animar.- Ele diz, finalizando a frase com um abraço.

-Eu sei Crystal, é capaz de nunca nos vermos de novo. -Diz a ruiva, com uma voz fraca e mexendo nervosamente naquela pulseira que nunca tirava desde que havia ganhado. Ele retribui o abraço do moreno. -Obrigada Thomas.

-Melhores amigos servem pra isso. Sou como seu irmão mais velho.-Ele diz.

-Mas Thomas, eu sou mais velha que você! -Diz Anne rindo e saindo do abraço.

Todos se juntam a ela e gargalham, continuando a andar, agora falando besteiras e rindo alto pelos corredores.

-Já está ficando tarde, acho melhor eu voltar para o dormitório. -Disse a ruiva para os amigos, depois que já davam a quinta volta pelo 12º andar.

Crystal e Thomas concordam com a cabeça e Anne vai embora. Continuam a andar, agora só os dois, pelos corredores cumpridos que haviam no prédio.

-Crystal.- Chama Thomas.- Você acha que Anne vai ficar bem?

-Ele é o centro de tudo pra ela, Thomas.-Começa Crystal.- E ela já era carente, você acha que ela vai ficar bem? É como se o sistema solar perdesse o sol, a terra não tem vida sem o sol. Comigo vai ser a mesma coisa quando você se juntar a ele, me sentirei igual a ela.

Thomas a envolve em um abraço apertado, acariciando seu cabelos escuros.

-Sim, eu vou participar do experimento, mas não, não me esquecerei de você. -Ele diz a confortando. -Isso não tem como, é quase impossível.

-Impossível? -Crystal se afasta do abraço, Thomas pode ver as lágrimas que ela se recusava a deixar rolar presas em seus olhos. -Thomas, é claro que é possível! Eles vão...o dissipador. -Ela solta um longo suspiro. -É inevitavel

Thomas fica sem reação, sem saber o que falar ou como agir, quando a garota volta a abraça-lo, chorando silênciosamente. Ele retribui o abraço e sente as lágrimas chegarem.

▫▪▫

Não podendo sustentar o garoto em seus braços, Anne pede por ajuda:

-Socorro! -Ela grita se remexendo abaixo de Thomas.

Anne aguarda, até que ouve o ruído das escadas, o primeiro a chegar é Newt.

-Que mértila aconteceu aqui? O que aconteceu com Tommy?-Pergunta o garoto mais velho, se abaixando para ajudar a ruiva.

-Eu não sei... Ele só desmaiou logo que chegou aqui.

Logo há vários meninos no local, como se fossem o fã clube da garota, curiosos com o pedido de ajuda.

-Minho. -Chama Newt, se voltando para o asiático. -Me ajude a levar a bela adormecida aqui para os socorristas. O resto de vocês, trolhos, vão arrumar o que fazer! Andem!

Os garotos começam a se mexer no mesmo instante. Anne os observa confusa, Newt então seria como um líder?

-Essa nossa princesa só nos está dando dor de cabeça! -Minho fala enquanto os garotos se retiram.

Quando já não tem mais ninguém, além de Anne, Newt, Minho e um Thomas desacordado, o asiático se vira para a ruiva.

- Então você que é a nova fedelha?- Ele diz enquanto a avalia de cima à baixo. - Sou o Minho, já deve ter ouvido sobre mim. -Diz ele convencido.

-Anne -Ela diz sem graça, aceitando a mão que ele estende, o cumprimentando.

Não sei o por quê, mas eu tenho a impressão que eu o conheço de algum lugar. Na verdade, todos os rostos que vi até agora são familiares. Os pensamentos da garota continuam a incomodá-la, sobrecarregando sua mente.

Minho puxa Newt para um canto, e eles começam a conversar baixo.

-Cara! Ela é uma gata! -Ele me diz, não deixando Anne ouvir.

-Mais respeito, seu trolho. -Newt o responde. -Mas mesmo assim eu a vi primeiro!

Minho faz uma careta de raiva, o que tira risadas do loiro.

-Er... -Diz Anne, meio sem graça. -Não querendo interromper a conversinha de vocês, mas Thomas está desmaiado ai aos seus pés! Façam alguma coisa!

-Espera um pouco. -Newt apresenta uma interrogação em sua expressão.- Como sabe o nome dele? Vocês nem chegaram a se falar!

-É verdade, você disse que ele desmaiou logo que chegou!- Completa Minho.

-Ele deve ter me dito...-Diz Anne, coçando a cabeça e desviando o olhar. Ela deve estar escondendo algo, Newt pensa. -Vamos logo idiotas! -Diz levantando os braços.

-Ok, esquentadinha! -diz Minho com um sorriso de lado, então se aproxima do outro e diz: -Gostei dela.

Newt o acerta uma cotovelada no estômago do asiático, que revida com um tapa na cabeça do loiro. Os dois carregam Thomas escada abaixo, a caminho da enfermaria, com Anne logo atrás.

O loiro olha para trás quando já desciam as escadas para observar a ruiva, que roía as unhas com nervosismo. Ele sabe o que a garota está sentindo, até por que ter preocupações e conflitos dentro de si era o que ele tinha todos os dias. Ele observou o rosto da garota, sentindo como se algo o fosse familiar.

Assim que tirara Anne de dentro da Caixa Newt sentia aquilo, aquela sensação de que algo do passado havia voltado com ela, e ele chegara a sentir até esperança após a chegada da garota.

Ele a fazia bem, e ele iria fazer de tudo para que ela se sentisse o mesmo naquele novo mundo no qual ela chegara.

~°❀°~

I'M BACK

Sei que o cap foi meio pequeno, mas espero que estejam gostando!

Bjs até a próxima att

when the glade burns || tmr Onde histórias criam vida. Descubra agora