when the glade burns || tmr

08.

O grupo de corredores finalmente chega, logo percebendo que todos os garotos, e Anne, os aguardavam ansiosos de dentro da Clareira.

-Eles chegaram! -Chuck diz animado, fazendo todos os olhares os encontrarem.

Mancando, Newt se aproxima, dizendo baixo para que apenas os recém chegados ouçam:

-Alby mal acordou e já convocou um conclave. -ele se dirige especialmente à Thomas e Minho, já que os outros se agrupam com o resto dos Clareanos. -Ele quer contar o que lembrou na transformação e Thomas, parece que você faz parte da memória, assim como Anne. Eu vi o jeito que Alby olhou pra ela, é não parece ser coisa boa.

O trio automaticamente direciona o olhar à ruiva, que também os encarava. Ela tenta disfarçar no mesmo instante, olhando para os pés envergonhada. Thomas percebe que Newt sorri, o que o faz instintamente fazer o mesmo. Newt estava feliz e ele sabia o quanto isso era essencial quando se vivia em um lugar assim.

"Thomas, preciso falar com você. Depois desse tal de Conclave você me procura?" Anne pergunta olhando para ele e depois desviando o olhar, tentando novamente disfarçar de alguma forma.

"Hum ok. É algo com que eu tenha que me preocupar?" Ele pergunta curioso, ao mesmo tempo fingindo prestar atenção no que Minho falava a sua frente. "Não, mas é algo que você vai gostar!" Ela responde telepaticamente.

-... então vamos logo seus trolhos! -Diz Minho chamando atenção para ele. O asiático coloca os braços sobre os ombros de Newt e Thomas e os puxa em direção à Sede.

▫▪▫

Mesmo sem muito tempo ter passado, a curiosidade consumia a garota. Segundos se tornavam minutos, e minutos se assemelhavam a eternidade.

Newt a dissera que o nome do "garoto louco que implicara com ela" se chamava Alby, e como todos naquele pesadelo era familiar para Anne. A ruiva tinha certeza absoluta que a reunião tinha ela como assunto principal, e isso só ficou mais claro depois do olhar que Alby a lançara não muito tempo atras.

E Thomas, por que estava lá? Se ela bem lembrava Conclaves eram apenas para os encarregados. Se ele tinha algo a ver com isso também por que ele estava lá e ela não?

É, eles realmente não confiam em mim.

-Chuck, quanto tempo eles vão ficar lá dentro? -Pergunta ao menino rechonchudo ao seu lado.

-Anne, é a quarta vez que você me pergunta isso! Eu já disse que não sei! -Diz o menino, parecendo achar engraçado a ver morrer de curiosidade. -Fica calma, aquele olhar não deve ter significado nada.

-Você também viu então? Já estava achando que era uma alucinação minha! -Ela diz mordendo a parte interna da bochecha em seguida, como sempre fazia quando ficava nervosa.

▫▪▫

A porta se fecha bruscamente após todos entrarem na construção de madeira, fazendo com que todos olhem em direção a mesma.

Lá estava Alby, mas não um Alby que costumavam ver. Ele estava sombrio, com um olhar diferente.

-Vai ficar parado aí ou vai nos contar o que viu? -Diz Minho, quebrando o silêncio. Todos sabiam que era brincadeira, mas pelo jeito Alby não viu graça nenhuma. Olhou para Minho com um olhar de desgosto e então revirou os olhos.

-Tive alguns flashes de cenas, todas confusas. Algumas coisas boas e agradáveis, mas a maioria horrenda e sombria. Me lembrei de como era minha vida, onde morava, esse tipo de coisa. Mas se tudo aquilo for real, prefiro conviver com os Verdugos do que voltar pra lá. -Diz ele se aproximando de Thomas e causando um clima tenso no ar. -O que eu tenho certeza que vi, foi você e aquela fedelha. -Ele diz praticamente enfiando o dedo na face do garoto.