Capítulo 20

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Acordei de manhã e um tempestade tomou de conta da cidade que eu ia realizar o show, era uma Cidade próxima ao hotel que eu estava. O show tinha sido cancelado. Tinha alguns fãs lá em baixo, então desci pra falar com eles e de lá ia pegar o jatinho e ir pra casa. Samantha estava no meio do fã clube. Atendi todos e ela veio até mim.

Marília: Tô com muita vontade de te matar! - falei a beliscando o braço.
Samantha: Aiiii, por que? Não fiz nada! - disse ela me olhando e rindo.
Marília: Vou nem falar nada.
Todo mundo foi se despedindo e saindo. Com medo da tempestade pegá-los no meio do caminho.
Marília: Você não vai?
Samantha: Não tenho pra onde ir. Não conheço nada aqui. Vim te ver no hotel, e ia atravessar a Cidade para te esperar lá no local do show. Acho que vou ter que pegar um quarto por aqui e ver se consigo voltar pra São Paulo amanhã.
Marília: Sério? Vai ficar sozinha?

Samantha: Bem, não conheço nem a Cidade e nem ninguém. Vim pro seu show mesmo.
Marília: Isso é loucura!
Samantha: Isso é amor de fã, já te falei.
Marília: Meu Deus! Eu não mereço esse amor todo. Vem com a gente de lá você vai pra SP. E mais fácil.
Samantha: Não vai ser incômodo, não quero te atrapalhar ou trazer transtorno.
Marília: Não posso te deixar aqui seria ridículo da minha parte, anda.

Samantha: Tá bom!
Samantha veio com a gente e durante o percurso todo ela foi escrevendo e ouvindo músicas. Pra não me deixar sozinha com ela, Edu, Riva, Silveira e Henrique foram todos pra minha casa. Pegaram as bebidas e ligaram o som e ficaram conversando sentados na sala.

Samantha estava sentada em um dos sofás que ficavam próximo a janela. Fui até ela perguntando se ela queria comer, ela disse que não, que estava bem. 

Samantha: Você poderia ler esses capítulos e ver o que acha né?

Marília: Não mesmo!
Samantha: Vem, senta aqui. Estou com saudades de você.
Marília: Acho melhor não.
Samantha: Por favor? Olha o tanto de gente que tem aqui. O que poderia ser ao contrário de estarmos conversando?
Marília: Tudo bem!
Eu comecei a ler o livro com ela ao lado. E no meio da leitura senti suas mãos passarem em minhas pernas. Movi as pernas para que ela tirasse. Quando senti seus lábios tocando meu pescoço então levantei a deixando lá. Aquilo era muito intenso pra mim, eu sabia que não ia resistir, resolvi ir dormir. Não podia vacilar de novo com Manuella, e dessa vez eu não faria. Distribuir os quartos para que eles dormissem, entrei no meu e tranquei a porta.
Pela manhã eu acordei e a bagunça tinha sido feita na sala, garrafas de cervejas espalhadas. Sentamos na cozinha tomando café, e Samantha ainda não tinha aparecido. Quando vi Manuella entrar pela porta. 

E naquele mesmo instante Samantha desceu as escadas. E Manuella começou um barraco certeiro. Eu estava tentando explicar o que realmente tinha acontecido. E os meninos falando ao mesmo tempo. A gritaria foi certa. Ela estava insinuando que eu tinha a traído novamente com a menina, e que os meninos eram cúmplices, dizendo que ficamos a noite toda na farra e que eu não tinha dito nada a ela. Eu tentei explicar, que eu estava dormindo e os meninos que ficaram bebendo. Que Samantha só veio passar a noite e não tinha acontecido nada. Mas, ela não me escutava, só gritava e me acusava. Samantha entrou na conversa, tentando se explicar. Foi quando Manuella ficou mais irritada e foi pra cima dela com tudo. Samantha quase não se moveu e Manuella enchia ela de tapas e puxava seu cabelo pelo chão. 

Samantha: Você é louca! Para!
Manu: Não abre a boca vagabunda ou eu te mato.
Marília: Amor, pelo amor de Deus, para!
Edu: Manu não faz isso. A menina não fez nada.
Manu: Ela vai me pagar por ter encostado no corpo da minha mulher e entrar dentro da minha casa, sua desgraçada!
Ninguém conseguiu segurar ela. E a surra que ela deu em Samantha me deixou com dó. Foi quando Henrique pegou ela pela cintura e tirou ela de cima da Samantha e levou ela a força pro quarto. Samantha saiu da casa sem ao menos dizer tchau. As garrafas foram quebradas e cabelos caídos pelo chão. Eu estava tão nervosa que não conseguia nem pensar. Edu não deixou que eu subisse para o quarto até eu me acalmar.  

MARILIA - Kiss It Better | Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora