Doce Orgulho

(60) Complicações

"Cecília"
Assim que sai do hotel fui direto para o hospital chegando lá Denis já me esperava e seguimos para falar com a família.
Denis: Foi boa a viagem (ele perguntou assim que chegamos a sala de reunião )
Cecília: Foi tranquilo
Denis: Almoça comigo hoje conheci um restaurante aqui divino
Cecília: Tudo bem (falei sem querer que ele soubesse que Gustavo tivesse vindo comigo )
Denis: Eles já devem estar chegando (ele falou comigo nos sentamos e não demorou logo uma senhora muito elegante entrou com um senhor de cabelo branco do lado ela me lembrava a alguém só que não lembrava quem)
Denis: Essa é a Doutora Cecília e esses aqui não Catarina e Carlos os pais do paciente (ele falou nos apresentando peguei na mão da mulher algo nela me intrigava e logo depois conversamos ela me olhava estranho depois visitamos o paciente olhei a tomografia e decidimos seguir com tudo depois do almoço. Saímos do hospital e fomos ao restaurante )
Denis: Você conhece aquela senhora (ele perguntou assim que chegamos ao restaurante )
Cecília: Que eu saiba não porque
Denis: Nada (ele falou de olho no cardápio depois do almoço voltamos ao hospital monitorei um pouco o paciente tinha 25 anos jovem mais a situação do seu tumor não era nada boa não podia garantir nada,assim que sai do hospital peguei um táxi até o hotel estava exausta chegando lá liguei para Gustavo que logo apareceu com meus pequenos)
Valentina: Mamãe estava com saudades
Cecília: Eu também filha, o que vocês fizeram hoje
Heitor: Passeamos comemos e dormimos e a senhora
Cecília: Mamãe só trabalhou (falei com ele que se sentou do meu lado, Gustavo olhava para nós 3 )
Gustavo: Vão assistir desenho crianças (os dois levantaram e foram para o quarto ao lado), tudo bem(ele perguntou se sentando do meu lado )
Cecília: Mais ou menos o paciente é novo mais o tumor tá muito avançado eu nem sei porque Denis resolveu me trazer pra cá para vê isso é impossível (falei suspirando )
Gustavo: Se é impossível não precisa voltar lá fica aqui com a gente e vamos na praia amanhã
Cecília: Tenho que pelo menos tentar mais não sei
Gustavo: Você consegue
Cecília: E se não der certo
Gustavo: Pelo menos você tentou (ele falou me Abraçando, deixei ele cuidar de mim depois de um tempo dormi quando acordei já estava tudo escuro, abri o olho e ele estava do meu lado, cheguei mais perto e abracei ele )
Cecília: Amor (chamei ele que logo se virou me encarando )
Gustavo: Hum
Cecília: Cade às crianças
Gustavo: Estão dormindo já é tarde
Cecília: Nossa eu dormi muito assim (ele assentiu e me abraçou beijei seu pescoço e passei a perna em cima do corpo dele o puxando para mais perto)
Gustavo: Para amor (ele falou passando a mão na minha bunda)
Cecília: Eu quero você
Gustavo: As crianças
Cecília: Eles estão dormindo não vão vê nada (falei subindo em cima dele ele me virou e fez um barulhão na cama logo ouvimos a voz de Valentina )
Valentina: Mamãe (me afastei dele me levantando e indo até o quarto, ela estava tremendo )
Cecília: Oi filha (falei me ajoelhando do lado dela), tá tudo bem
Valentina:Tive um pesadelo mamãe (ela falou me olhando com aqueles olhos temerosos)
Cecília: Mamãe já falou que pesadelos não são reais
Valentina: Esse parecia real
Cecília: Quer falar com a mamãe
Valentina: Um homem de preto levava a senhora nem eu nem o Heitor te achava aí depois a gente via a senhora com outra família sem o nosso papai
Cecília: Isso não foi real filha só um pesadelo esquece isso
Valentina: Dorme comigo mamãe (ela falou abrindo espaço na cama me deitei e ela me abraçou ), a senhora nunca vai nos abandonar não é mamãe
Cecília: Nunca meu amor (senti ela relaxar e logo fechar os olhos e deitei me deixando pegar no sono no dia seguinte acordei cedo como no dia anterior meu celular não parava de tocar assim que atendi era Denis falando que o paciente estava mal me arrumei avisei Gustavo e segui o mais rápido possível para o hospital chegando lá o paciente tinha tido um derrame cerebral fizemos alguns exames e o cérebro estava sem atividade nenhuma ), já sabia que isso poderia acontecer (falei olhando o jovem dormindo ), tem que avisar a família ele é doador de órgãos
Denis: Acho que sim
Cecília: Bom manda ligar para a família ou eles já estão aqui
Denis: Estão nos aguardando (respirei fundo e segui para onde os pais me aguardavam Denis me acompanhou assim que cheguei a senhora parecia mais conformada que o pai do rapaz)
Cecília: Bom tivemos uma emergência hoje cedo e como conversamos ontem o paciente estava bem e hoje ocorreu o que poderíamos esperar era um risco e vocês estavam cientes disso
-Meu filho morreu
Cecília: Infelizmente o paciente não está com nenhuma atividade cerebral
-Ele tá vivo
Cecília: Não senhor ele só está respirando com a ajuda dos aparelhos é uma decisão da família desligar
-Eu não vo matar meu filho (o senhor gritou e se sentou com as mão na cabeça )
Cecília: Ele não tem nenhuma atividade cerebral só o que o matem vivo são os aparelhos
Denis: Queríamos saber se gostariam de doar os órgãos
-Você sabia que ia dar nisso não sabia doutor (ela falou para Denis)
Denis: Você sabia que tinha risco
-Eu sabia por isso queria que ele ficasse em casa você insistiu tanto nisso pra que
Denis: Se acalme Catarina
Catarina: Foi pra mim vê ela que me chamou aqui
Denis: Não estou entendendo senhora
Catarina: Mao se faça de sonso
Cecília: Se acalme senhora precisamos resolver a questão do paciente
Catarina: Quero vê meu filho (ela falou sem me encarar ), vamos homem resolver logo isso (ela falou puxando o marido tudo estava muito estranho que merda tinha acontecido naquela sala acompanhei eles até onde o paciente estava e esperei eles se despedir eles assinaram o papel para desligar os aparelhos e seria feito nas próximas horas e eu que tinha que fazer isso por ser a médica responsável assim que eles assinaram fui até o banheiro e vomitei era tudo demais pra mim tudo estava estranho precisava de Gustavo mais as crianças não poderiam me vê assim, fiquei um tempo no banheiro era a primeira vez que isso acontecia em toda a minha carreira e respirei fundo me levantei lavei o rosto e fui faZer o que tinha que ser feito ).
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Continua....
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