Atordoada

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— Como se sente? — Perguntou Laura enquanto usava magia de cura em Taylor .

— Ainda dói... M-Mas não sinto que vou morrer. — Ele sorriu.

— Pare de se mexer! — Disse Lyssa repreendendo Adam enquanto também tentava curá-lo, mas o rapaz estava tão preocupado em relação à Taylor que não conseguia ficar quieto.

— Lyssa se você continuar jogando esse pó de fada brilhante em cima de mim eu juro que bato em você!

— Estou tentando te ajudar, para de reclamar por pelo menos um segundo enquanto ainda estamos vivos Adam!

— Cadê a minha irmã? — Perguntou Taylor preocupado se movendo enquanto Carmilla vigiava para o caso de algum demônio surgir de repente.

— Estou aqui. — Disse Dany seguida por Alison e Blake. — Rebecca precisa da gente galera... — Ela respondeu e todos se encararam um tanto preocupados. — É hora de fechar os portões do inferno...

***

Respirei fundo.

Havíamos todos nos reunidos em meu quarto. Aparentemente era o único local intacto e que AINDA não havia sido atacado por nenhum demônio.

— A única coisa que eu gostaria de saber, é por que que não fui informada de que você já sabia que isso aconteceria! — Gritei encarando Adam.

  Ele havia dito que tinha tido uma visão sobre o fim do mundo e que o ataque à escola já era previsto.

— Para que você não ficasse nesse estado? — Respondeu ele com uma pergunta.

— Ah imagina Adam, ficaria super calma em descobrir tudo isso logo agora em que estamos sobre um ataque!

— Meu amor, pare de se contorcer, o verdadeiro ataque ainda nem sequer começou! Nem metade da metade do inferno está aqui. Eles irão chegar no momento exato em que Lúcifer pôr as mãos em você!

— Ótimo. — Disse Alison enfurecida.

— Gente o forte negro está todo lá embaixo, e tá tudo uma bagunça. Estão todos desesperados. É questão de tempo até Lúcifer matar todos os alunos da escola! — Disse Carmilla entrando no quarto ao lado de Laura que correu freneticamente para o criado-mudo colocando seu livro em cima dele e junto a ele uma Adaga.

— Temos de ser rápidos! — Disse ela arregalando os olhos ao se aproximar do grupo.

— Alguém tem ideias? — Perguntou Dany acariciando os cabelos do irmão deitado na cama ainda um tanto fraco.

— Bom... — Laura respirou fundo. — Teoria nova. Rebecca tem a capacidade de abrir portões. E se ela abrisse um outro? — Perguntou Laura fazendo com que todos franzissem o cenho da testa.

— Estamos tentando fechar um e quer abrir outro? — Perguntou Lyssa.

— Não! Sim! — Disse ela se confundindo com as palavras.

— O que ela quer dizer é: Rebecca abre os portões, só que desta vez para um lugar específico. O céu. — Respondeu Carmilla.

— Exatamente.

— Com qual propósito? — Perguntou Blake.

— Bom... Todos sabemos que Rebecca foi abençoada por Deus no seu nascimento. E a mãe dela é uma arcanja. E se Rebecca fosse de encontro até Ariel no paraíso e...

— Convencesse a mãe dela a falar com Deus? — Perguntou Adam. — Acha que é possível falar com o criador?

— Talvez. — Disse Carmilla.

— Seria uma tentativa melhor que suicídio não acham? — Perguntou Alison.

— Rebecca o que você acha de... — Disse Blake, porém parou de falar ao notar a falta de presença de alguém. — Galera... — Ele arregalou os olhos.

— Aonde diabos está a Rebecca? — Perguntou Alison arregalando os olhos.

— Hã... E onde foi parar meu livro e a minha adaga? — Perguntou Laura. Todos começaram a se encarar assustados. E Blake fechou os olhos ao suspirar.

— Aquela teimosa... Idiota! — Disse ele saindo as pressas seguido por todos os outros.

***

  Abri a porta da biblioteca lentamente. Ao fechá-la respirei fundo. Sabia que quem eu estava esperando estava ali a minha espera.

—  Sempre estranhei essa sua obsessão por mim. E na verdade sempre e julguei pelo seu jeito diferenciado — disse encarando o nada da biblioteca. — Sabia que uma hora ou outra eu descobriria o que você queria comigo. E aqui estamos... Você me protegeu tanto, apenas para um dia poder me matar. E esse dia chegou, não é mesmo? Aurora... — Respondi e uma risada tímida e curta surgiu atrás de uma das estantes de livros.

Lá estava ela com sua vestimenta exagerada e gótica, e sua voz infantil encarando-me com uma expressão duvidosa.

— Olá Rebecca.

  Eu e ela teremos uma longa conversa. Especialmente sobre o fato de que meu pai não era de fato último renegado do inferno sob a terra.

Era Aurora.






Renegados do Inferno - Destinada - vol 3 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora