C L O C K - Extraterrestre camarada

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Depois daquela aparição Jungkook sentiu seu corpo endurecido, como se fosse incapaz de quaisquer movimento causado pelo medo e pânico.

—Essas viagens até a terra cansa demais. —a moça estranha limpa sua roupa como se houvesse sujeiras por ali —Eu sou Ella, e nem precisa se apresentar... eu já conheço você. —ela adentra o quarto e Jeon ainda a olhava espantado.

—Vo.. Vo.. Ceeee é um extraterrestre?!?! ENTÃO EXISTE MESMO!!! -Jeon diz embasbacado e ofegante.

—Extraterrestre? Claro que não, como pode me confundir com aquelas criaturas horrorosas, eu sou Ella muito bela se não percebeu!

—Então o que você é? Como veio parar no meu sonho? Suponho que isso seja um sonho, e o que você disse antes? —por tanto susto levado o pobre garoto faz perguntas consecutivas.

Ella se aproxima do moreno lentamente balançando sua enorme trança platinada.

—Voce me chamou Jungkook, eu sou a protetora de almas, sou chamada quando um indivíduo segue seu caminho de maneira completamente errada, sou eu quem vou lhe mostrar caminhos diferentes e você escolherá se é isso mesmo que você quer seguir.

O espanto logo se transforma em risadas, Jeon não queria acreditar que aquilo fosse real, para ele era uma piada.

—Eu posso acabar com essa conversa maluca agora mesmo, porque posso acordar... —o garoto fecha os olhos e inicia uma contagem regressiva —um, dois, três, quatro...

—Bom, você acordaria se realmente fosse um sonho. —Ella retribui com um sorriso enorme —Mas não vai pois eu quem decido se acordará ou não!

Um suspiro pesado enche o peito de Jeon, ele o seguro e solta em suplico.

—Por favor, me deixa sair daqui, eu imploro, nunca pedi nada, eu não mereço tudo isso! —Jeon une suas palmas.

—Está nítido que você não está pronto, precisa de um tempo para pensar, vou dar-lhe uma chance, mas eu voltarei porque infelizmente eu tenho uma missão com você! —Ella para no meio da porta prestes a ser engolida por tanta névoa novamente —Saie Jeon!!

Sem muita demora a moça que ali estava já não está mais, a porta continuou caída e Jungkook voltou sentir a agonia de antes, suas pernas adormeceram e seu corpo criou movimentos próprios se chacoalhando, seus olhos se fecharam automaticamente e quando abertos o médico e alguns enfermeiros estavam em volta dele com alguns instrumentos médicos, Jungkook olhou para o doutor assustado que o olhou surpreendido.

—Como isso é possível? Eu nunca presenciei isso! —o médico dizia inconformado. —Você já Carol?

—Não senhor, em toda minha carreira de enfermeira, nunca vi isso antes!

Jungkook que ali prestava atenção na conversa sem entender nada decidiu intervir.

—Algum problema pessoal?

—Você estava tendo uma convulsão, mas do nada se recuperou como se nada tivesse acontecido, isso não é possível! —o médico coçava sua nuca olhando Jungkook de cima abaixo —Fiquei tão impressionado que nem perguntei o que sente!

—Eu tô bem, não tô sentindo nada... e se não for pedir muito nem conte pra minha mãe! —ele vira seu rosto para o médico como se recusasse ajuda e tratamento —Quero ficar sozinho.

—Certo garoto, mas não poderá me impedir de ficar de olho em qualquer coisa que pode acontecer com você!

Jungkook revira os olhos e avista o doutor saindo para ter certeza de que estaria sozinho, a porta é fechada e nesse instante Jeon repara que ela está inteira, sem nenhum chute ou marcas de que foi derrubada, ele ficou aliviado ao perceber que nada disso era real, talvez um pesadelo, mas o que não saiu da cabeça de Jungkook era pensar se ele não tivesse implorado realmente ele acordaria? Parecia tudo tão real.

...
Manhã Seguinte

—Bom dia! Trouxe Amélia pra te fazer companhia de novo! —as duas damas entram de forma sutil, mas Jungkook ainda estava assustado.

—Não sabem bater na porta antes de entrar? Parecem até de outro planeta! —o olhar de Jungkook que desviava para os lados e sua voz fraca mostrava o quanto desesperado estava.

O jeito do garoto fez abrir desconfiança da parte da mãe que já o conhecia a anos, bem dizendo vindo de seu ventre era óbvio que perceberia algo de errado com o filho.

—Está pálido, aconteceu alguma coisa? —as duas o encaravam como espécies diferentes.

—Pode parecer estranho mas... será que Amélia pode ficar aqui comigo um pouco?

—Não prefere que seja sua mãe?

As duas se entre olham.

—Será que dá pra fazer o que tô pedindo sem perguntas?

A mãe por um lado voltou a ficar despreocupada, o filho ainda estava malcriado então nem tudo estava perdido, sem muita enrolação a senhora se retira do cômodo deixando os dois ali.

Amélia e Jeon passam horas juntos, a maior parte do tempo era o silencio do garoto que tomava conta dali, ele sempre muito concentrado em direção da porta sem esquecer o que havia visto, Amélia era uma garota muito inteligente, e passar despercebido aos olhos dela dificilmente alguma coisa passaria.

—Ta esperando alguém, não para de olhar pra porta! —a garota estava com um copo na mão prestes a pegar um pouco de água para o namorado, que estava concentrado e provavelmente não escutou nenhuma palavra —Jungkook!!!

Ele volta os olhos a garota um pouco confuso.

—O que?

—Caramba... O que tanto olha pra porta??

Ela se aproxima com a água para entregar a Jeon, mas não totalmente, era como uma chantagem, a água em troca da resposta, Jeon suava frio e já imaginou que teria de contar, mas ele sentia que isso precisava ser compartilhado com alguém.

—Eu acho que eu vi um extraterrestre bem na porta ontem a noite, mesmo me contando que não, eles devem mentir, difícil confiar!

O olhar de espanto lançado para o garoto quase a fez derrubar a água, ele dizia com tanta certeza e confiança que convenceria milhares de pessoas, mas Amélia era muito cética dificilmente deixava se levar.

—Jeon, eu não queria tocar nesse assunto mas eu vou, a festa que você foi... usou drogas?

—Já vi que deram com a língua nos dentes! —amarrou sua cara e ficou em silêncio.

—Jeon!!!

Amélia insistiu ameaçando levar o copo para mesinha bem longe.

—Não, ok? Não usei droga, substâncias químicas e nenhuma outra porcaria dessas. —seu tom de voz intensifica constrangendo a garota —Entendo, não sou de se confiar sou o maior babaca da história, mas nunca usei essa merda!!

—Está bem, toma sua água!! —entregou finalmente a água para o garoto que estava morrendo de sede. —Eu... já vou, tenho que fazer o dever de casa, então... Tchau?

Amélia tenta se aproximar para selar os lábios de Jungkook, mas já fazia um tempo que ele não demonstrava interesse mais, apenas retribuiu sua despedida com a mão, para ela parecia que tudo aquilo que de início era bom, ficou frio e acabou morrendo, por isso decidiu apenas ir embora.

Jungkook já estava exausto de tantos exames e do próprio hospital, depois de passar mais uma noite recebeu sua alta, dessa vez tudo estava normal e nenhuma mulher de tranças lhe incomodou, Jeon seguia com a ideia de que foi tudo sonho ou imaginação da possível convulsão na qual o médico havia citado, seu pai por mais ruim que fosse o buscou para levar pra casa, agora ele teria que acostumar fazer tudo com um gesso pesado cobrindo a perna e principalmente acostumar sendo ajudado, coisa que mais odiava.

...

😊😊😊
Aperte a estrelinha pra me deixar feliz!!!

CLOCK   /Jjk\ Sem continuaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora