ＣＬＯＣＫ /Jjk\ Sem continuação

C L O C K - Criatura de Red Eyes

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...

—Coloquem ele aí.... —o velho diz em tom de ordem para que colocassem o garoto sobre uma rocha retangular e lisa parecida com uma maca.

Aquilo fez com que Jungkook lembrasse das suas visitas ao hospital, isso o deixava ainda mais furioso com o ancião.

—Me soltem caralho!!! —Jungkook foi deixado sob a rocha com as criaturas ainda o segurando pelos braços.

—Não fale assim com os meus ajudantes inquilino, não somos aqueles que moram por sua volta, não vou tolerar sua malcriação criança.

Diz com rigidez.

—Você não manda em mim velhote, e eu não sou mais criança!!

Ella ficou indignada com tantas palavras azedas vindo da boca de Jungkook, ela temia pelo que o senhor pudesse fazer, ele já estaria em seu estado de enraivecimento, apenas estaria ali observando.

—Bohevar, synday ah mullak moh zig!!

—Ish vazzy yah...

Ella por sua vez tentou dizer algo para o senhor na língua nativa do mundo das almas, Jungkook rejeitou aquela cena, ele estava curioso, olhou atentamente para os dois conversando. Após alguns minutos, o barbudo careca encarou Jeon com precisão, fazendo sua espinha se arrepiar, mas preferiu esconder o pouco de medo existente.

—Agora... você irá experimentar o pior medo dos seres humanos. —olhou para o garoto com uma sobrancelha levantada, ergueu sua mão e no meio de tantos dedos foi surgindo uma luz azulada, uma grande camada de chamas de luzes, Jeon tentou olhar mas seus olhos ardiam com tanta claridade —Insurhiaaate!!!!

A luz tomou posse de seu membro superior mais conhecido como cabeça, parecia ser engolido pela claridade, imediatamente o garoto se apagou, parecia estar em coma agora, estirado sob a rocha com nenhum movimento, aquilo preocupou Ella que resolveu intrometer nos assuntos do velho.

—Senhor... oh céus você matou o menino?? —Ella o olhou com os olhos saltados.

—Não seja tola, ele está provando de suas consequências e quando perceber seus valores, acordará!

A escuridão estava presente quando Jeon resolveu olhar ao redor, tudo estava preto apenas com a luz da lua iluminando alguns cantos e mesmo assim era dificultoso distinguir o que era aquele local, mas nada poderia descrever a sensação ruim que jeon estava sentindo, a angústia, desprezo e solidão, aquele lugar era horroroso e tinha um efeito contrário do que Ella lhe causava.

Jeon decidiu andar por aquele local em busca de uma saída, ele sabia que aquilo não era o mundo real, estava estranho e diferente por isso cuidado era importante, andou lentamente com os braços esticados para sentir o que vinha em sua frente, a cada passo para o que ele desconhecia sua espinha apitava por atenção, uma leve pontada que fazia jeon dizer "Ai" discretamente.

—Que dor é essa? Que sensação estranha... Ella você tá aí? —o garoto fez o que sempre fazia de costume, chamar pela moça de longa trança quando se sentia em perigo.

O local omitia eco igual a um banheiro, vazio e frio. Durante a caminhada no escuro jeon se chocou em algo rígido e espesso, parecia pele de crocodilo quando sentiu, a sensação ruim se intensificou e grandes olhos vermelhos se abriram na escuridão, o que estaria adormecido agora havia acordado.

—Quem é você? O que é isso eu não vejo nada!! —jeon se desesperou, queria correr mas a visão do local estava tampada pela escuridão. —SOCORRO!!

A tal criatura se ergueu ficando mais alta enquanto jeon perseguia seus grandes olhos vermelhos, ele estava paralisado e sentiu um bafo com um odor insuportável, antes mesmo de raciocinar a situação a criatura soltou um rugido alto ensurdecedor, aquilo fez o garoto assustado se encolher pelo chão sentindo uma solidão terrível, chorou como criança em posição fetal, implorava para que saísse dali. Mas essa tortura apenas estaria começando, a criatura sumiu diante de seus olhos e vários choros de mulheres ecoou no lugar por toda volta, por mais que o garoto procurava naquela escuridão nada era encontrado.

...

—Com licença... senhor, o humano está a muito tempo assim, devemos acordá-lo. —após muito esperar Ella sentiu que deveria ajudar o menino.

—Não me diga o que fazer.

—Senhor por favor, eu tenho certeza que o humano já entendeu que deve lhe respeitar!

—Não se trata sobre mim, se trata sobre o futuro dele mesmo. Pretendo mudar o mal caminho que foi posto por sua natureza.

O velho ancião se aproxima de Ella com sensatez, parecia estar mais calmo.

—Entendo. —responde cabisbaixa

O velho a encarou, pensou e chegou em uma decisão.

—Mas você tem razão, não quero o garoto traumatizado demais!

Ella sorriu e o ancião que já havia decidido estalou o dedo, magicamente jeon acordou, estava amedrontado e em choque, seus olhos quando abertos ficaram do mesmo jeito.

—Makki... —Ella fez referência e agradeceu voltando o foco para jeon —Como você está?

—Quero ir pra casa. —ele respondeu seco.

—Como quiser... —diz o velho

Novamente o ancião estalou os dedos, mas desta vez levou jeon para sua vida no mundo real.

Quando aberto os olhos jeon enxergou 2 pessoas olhando para si, mais um pouco de sanidade ele conseguiu distinguir as aparências, era Jessica e sua mãe, mas o local ele ainda não tinha total certeza, tantas vezes que acordou no hospital que aquele acontecimento ficou em sua mente.

—Eu tô no hospital? —diz jeon se erguendo da cama, ainda um pouco desestruturado.

—Não jeon, você ainda ta em casa.

Jessica colocou suas mãos no rosto do rapaz para checar a temperatura.

—Quer que eu ligue pra sua mãe? —diz a mãe de Jessica.

—Não senhora, eu vou embora já, não se preocupem comigo isso é normal! —ele busca escapatória das mãos de Jessica se levantando por completo.

—Tem certeza? Não sente nada?

—To bem Jessica, só preciso descansar no meu quarto.

A mesma concordou com a cabeça e Jeon se despediu das duas, ele ainda estava em choque e se sentiu torturado naquele lugar, a raiva sobre o ancião cresceu por ter feito ele passar por tudo aquilo, era um sentimento de vazio igual o que ele sentia, só que com intensidade maior, quase que insuportável.

Jeon estava fora de si com a mente em outro lugar, ele se deu conta que seus amigos estavam longe por ser virtualmente, ele só tem Amélia, alias tinha, por mais orgulhoso que fosse não queria acreditar que sentia falta da garota, mas ele queria uma companhia, portanto veio em sua cabeça passar na casa de Amélia para tentar desabafar igual antigamente quando eram amigos.