ＣＬＯＣＫ /Jjk\ Sem continuação

C L O C K - Dando um conselho

Aquilo que parecia um sonho fez Jungkook acordar ofegante, meio zonzo e falta de ar, aquele sonho não foi algo bom, Ella não estava lá e o sentimento de paz também não. Logo em instantes a sensação ruim cobriu todo seu peito e pareciam esmagar seu coração, e simplesmente do nada sumiu.

—Q isso!? —se perguntou com a mão no peito —Melhor eu levantar se não eu chego atrasado.

Seu celular apitou. Era o despertador avisando que 6 horas estavam prestes a chegar.

—Perai... Eu acordei antes da hora? —segurou o celular desligando o despertador, Jungkook era sempre o mais atrasado, não importava para que, era estranho ele acordar tão cedo —Essas coisas tão estranhas acontecendo comigo.

Ele parecia pensativo. Passou a palma da mão diversas vezes sobre a testa. 

Novamente fez suas higienes matinais de toda manhã, escovou os dentes, tomou banho, se vestiu e passou gel no cabelo deixando as medeixas bagunçadas para o alto, só não pintou os olhos de preto como fazia diariamente por não poder entrar de maquiagem, isso valia principalmente para as mulheres. Outra coisa que Jungkook começou odiar na escola militar.

Pegou carona com seu pai como era de costume, novamente sem reviver conversas. Foi ao encontro de Suga na entrada da escola, como todo adolescente eles também tinham um jeito de se cumprimentar, estava sendo divertido para Jungkook ter uma ligação com o mesmo sexo já que na outra escola os meninos preferiam agredir ele. Mas hoje não era um dia agradável, além do sonho Jungkook fixou seu interesse para a suposta gravidez, nada confirmado. Mas o medo atingiu Jungkook como uma bomba que desestruturou seu castelinho da felicidade.

—Tava pensando, se a gente matar aula hoje, o que acha? —o garoto dos fios loiros estava com um pouco desajeitado e animado fora do normal.

—O QUE? —gritou sussurrando, aquele tom que as pessoas querem berrar mas tem que se mostrar discreto —Se liga cara, a gente tá na frente da escola...

—Mas não estamos dentro dela! Hum? —aquele olhar convincente pegou Jungkook, suga queria convencer e mostrou não se importar com as consequências de levá-lo junto. —Ta nessa?

"Não quero parecer diferente" - pensou - era sua primeira amizade masculina no colégio novo, ele não iria perder. Aceitou só por isso.

—Vamos!!

Correram pela calçada afim de sumirem daquele lugar, correram o máximo que puderam. Jungkook não aguentava mais, seu corpo era sedentário portanto nem 1 metro ele conseguia correr sem ter uma "asma". Suga queria chegar a um local deserto que só se via a bola de mato se arrastando no solo e tocando aquele som de faroeste, assim que viu um matagal onde passavam linhas de trens imediatamente se apoderou.

—Caramba, eu nunca corri tanto. —jeon se inclinou com as mãos apoiadas no joelho, ele queria amenizar o cansaço.

—Local perfeito pro meu intervalo, só um minuto... —tirou de sua mochila uma vasilha contendo um pedaço de bolo dentro.

Isso é sério?

—Você me trouxe até aqui pra comer um bolo?

—Tu só não é mais burro porque não é mais loiro. —Jungkook estava segurando a risada, bagunçou seu próprio cabelo tentando se controlar. Suga era loiro, ele mesmo havia se insultado —Isso não é só um bolo. É minha vitamina... tem maconha aqui dentro.

"Hum é mesmo? Foda-se"

—Divirta-se.

Sentou-se na grama com sua cara de paisagem.

Jeon estava tão desligado da terra que nem se preocupou em dizer nada, suga era seu colega e não seu filho, ele queria distância de atos que levassem agir como um pai.

—Que cara de cu é essa? —mordiscou o bolo.

—Não tenho certeza se devo dizer.

—Te contei meu maior segredo... —levantou a vasilha de bolo e Jungkook olhou convencido.

—Ta. Você venceu!

...

Enquanto isso no mundo das almas:

—SE AFASTEM DELA.

O ancião chegou botando ordem. Estava um alvoroço em volta da moça, alguns em pânico e outros tentando se aproximar para dar assistência.

Ella não era a mesma, estava contorcida e ficou na posição de aranha, seus olhos que eram cinza claro agora foram dominados pelo negro das trevas, suas unhas estavam totalmente pretas, dentes podres e por volta de seus olhos olheiras gigantescas. Estava gritando sem pausas deixando todos ao redor com um mal estar.

—Isso não é de Deus! —seu olhar amedrontado foram de encontro com a criatura que parou de gritar imediatamente —Não é mais Ella. Isso com certeza não é!!

Um sorriso diabólico se formou naqueles lábios rachados, o movimento de seu pescoço era assustador, soltou um grunhido forte e pulou para mais perto do ancião.

—Senhor!! Faça alguma coisa!!! —a funcionária se assustou puxando a manga do manto do velho.

—Silêncio!! —ordenou —O que deseja decaído?

Grunhiu pausadamente — Eu vim dar um recado, quero o que é meu! —sua voz era baixa e rouca, como de uma idosa porém mais demoníaca.

—Não tem nada seu aqui...

—Não se faça de desentendido velho imundo! —se levantou próximo a face do ancião e mostrou seus dentes apodrecidos —Ele me pertence, e você sabe disso! Eu o quero, ele é meu.

—Você tem que ir criatura, aqui não é seu mundo. Saia já daqui ou sou obrigado a chamar as forças divinas!

—Minha visita não foi em vão! —se retraiu. —Verá em breve... 

—Você vai sair daqui, não voltará mais, e deixará Ella como a encontrou. Ou se não será destruído. Aqui não é sua terra! 

Riu diabólico novamente antes de deixar a carcaça de Ella. A moça se jogou no chão, seus olhos voltaram a cor natural, os restos de maldição sumiram de sua boca e unha. Por fim saudável. Mas de tanta energia ruim transferida não conseguiu se manter acordada, desmaiou logo depois.

...

—Então perai, você vai ser pai? —seus lábios se formaram um "0", de tão prendido no assunto esqueceu de comer o bolo que agora estava coberto de formiga.

—Não!! Eu disse que corro o risco e não que vou ser!

—Cara relaxa!! —apalpou o ombro do amigo —Garotas não ficam grávidas facilmente!

—E como você tem tanta certeza? —desconfiou mas ficou interessado.

—Ah, é minha tia. Ela tenta ter um filho a 3 anos e olha que não é tão velha.

—Eu não sei não hein... Quero muito que você tenha razão. Mas...

Não que as aulas de relação sexual não trouxeram resultados, mas Jungkook era um aluno não muito atento as aulas.

—Eu tenho razão!!! Confia em mim cara! —suga não era o entendedor sobre estes assuntos, mas se achava o sabidão e tinha certeza de suas palavras. —Agora vou dar atenção pro meu bolo! 

"mas que droga as formigas chegaram primeiro!".

Jeon não aguentou e gargalhou, ele tinha sorte por ter um amigo atrapalhado que o fizesse rir nas horas ruins. Agora só torcia para que ele estivesse certo sobre a gravidez e não tentasse se jogar na frente de algum trem por causa da maconha, seu medo era tão grande que chegou prometer por meio de pensamentos usar preservativos da próxima vez se caso Jessica não engravidar. Preferiu acreditar no amigo. Se suga disse está falado.