Prólogo

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Oi! Pra quem não me conhece, sou Rodrigo Dorneles e o prazer é todo meu...
Sem mais delongas, vamos ao que interessa, não é mesmo?
Nunca fui considerado uma pessoa totalmente sã, coloquialmente falando. Na verdade, nunca gostei de me enquadrar a um padrão social, onde todos tem a obrigação de aceitar tudo aquilo que nos impõe.
Sempre fui um aventureiro causador de problemas e isso me dava cada vez mais necessidade de ser mais "irracional".
Na escola, os professores me odiavam, os garotos me invejavam e as meninas me amavam. Não sei o que acontecia, mas toda vez que era mandado para a direção por ter pregado alguma peça no pobre coitado do educador, as garotas queriam se abrir. Apareciam aos montes e eu aceitava comer a maioria delas. Tinha quantas quisesse e me apaixonar nunca foi um problema. Sempre fui muito seguro dos meus sentimentos...

Aos 16 anos, uma mulher de 24 anos me achou uma "gracinha e quis cuidar de mim". Essas foram as palavras dela. Juro! Apenas parafrasiei ... Mesmo muito novo, me desenvolvi rápido e com essa idade, já era alto e com porte atlético. Comecei na natação com 6 anos e quando deixei o esporte com 15, nunca parei de praticar algum exercício físico. Até hoje, não posso passar um dia sem flexões e abdominais. Provavelmente por conta da estatura que as mais velhas se interessavam por mim...

Em um almoço de familia, meu pai veio com aqueles papos hierárquicos me dizendo que eu tinha que estudar para tomar de conta dos negócios da família, pois meu irmão mais velho era um irresponsável que havia engravidado uma criança de 14 anos, mostrando-se completamente imprudente. Queria dizer que ele não tinha perfil de um empresário, pra ser direto e eu era a esperança da família. Coitado... Acho que o velho não tinha noção da minha personalidade... Eu era mil vezes pior àquilo que meu pai dizia ser irresponsabilidade do nerd que não teve a sorte de transar direito.

Só respondi com um " Vou nada!" bem musical, fazendo minha mãe arregalar os olhos perplexa com minha resposta, soltando o garfo sobre o prato. Nem fiz questão de erguer a cabeça, ouvindo um "Como é que é?" de uma voz possessa de ódio. Eu estava completamente de boa e lhe respondi o seguinte. Lembro como se fosse ontem...
- Não quero essa vida de negócios e responsabilidades. Não nasci pra ficar enfornado em um escritório analisando um bando de papel. Quero andar por aí sem dar satisfação, longe de toda essa gente chata que estar ao meu redor. Procure outra pessoa pra tomar de conta da sua empresa, pois tenho coisas mais divertidas para fazer.

Caralho! Foi a ousadia mais ousada da minha vida. Hoje percebo como foi desnecessário ter falado essas coisas para meu pai, que só queria deixar algo de bom pra gente assim que fosse dessa para melhor. Ele bateu na mesa, levantando- se e gritou, esbravejou, rosnou mais um pouco, dizendo que se fosse assim, que eu poderia sair de casa, pois não aceitaria sustentar vagabundo.

Calmo e pleno, como os jovens dizem hoje em dia, retirei-me dalí, arrumei minhas coisas e fui morar com essa namorada que mencionei antes, que tinha sua casa em uma outra cidade próxima.

Só não esperava que logo o meu pai morreria e que veria meu irmão abandonar a filha pra ser o mais novo manda chuva da empresa da família. Naquele tempo, pouco me fudi, mas quando fui ficando mais velho, notei que só um homem com culhões faria o que fez. Um tempo depois, minha mãe morreu e nós não tínhamos mais ninguém, a não ser, um ao outro.

Então, resolvi entrar na universidade, só pra dizer que não era um total desocupado. Me formei em Designer, fiz várias tatuagens, comprei uma moto muito foda e pra distrair, comecei a trabalhar. Trabalhei em vários lugares, mas sempre era demitido por justa causa por fazer algo que fugia das normas. Uma vez, me flagraram trepando com uma morena no banheiro feminino. Outro caso, descobriram que eu estava usando o computador da empresa pra olhar pornografia enquanto batia punheta debaixo da mesa. O pior caso foi quando o chefe me pegou saindo do motel com a esposa dele. Sinceramente, pensei que iria morrer. O maluco correu atrás de mim, armado e me ameaçando, enquanto eu fugia desesperado com medo de levar um balaço.

Foi nesse ano que pedi para meu irmão que me escondesse em uma de suas casas, a mais pacata possível, para que ninguém podesse me encontrar. Ele aceitou sem relutar. Mas antes, me passou um sermão de irmãozinho mais velho, só pra dizer que se preocupava. Odiava com todas as minhas forças quando me tratava como um adolescente. Queria que enfiasse no cú todo o seu blá blá blá de homem formal, responsável e sem vida. Era melhor quando se preocupava com suas coisas que eu me virava com as minhas... Mas nunca foi assim... Eu era a ovelha negra da família, sempre repreendida por minha inconsequência. No entanto, apesar disso, sempre o admirei pra caralho, afinal, abriu mão dos seus ideais pra não deixar os negócios falirem.

A casa era enorme e bonita, com móveis bem modernos. Mas o que me chamou atenção mesmo foi uma espécie de depósito que ficava no fim de um corredor escuro. Longe de tudo e de todos, aquele era meu lugar. O arrumei inteiro, pondo novos móveis, lixando as paredes, limpando a sujeira e o deixei com o aspecto rústico.

Inicialmente, fiquei morando sozinho naquele casarão, mas depois meu irmão chegou casado com uma ruiva maluca que faltou me comer com os olhos assim que me viu pela primeira vez. Com ela, vieram duas crianças. Uma menininha linda e um albino caladão com cara de mal amado. Da onde meu irmão tinha tirado aquela gente... A ruiva até que era gostosa, mas mulher do irmão? Nunca!

Um mês depois, mês de férias, me deparei com uma bundinha linda e empinada na escada depois de ter vindo do jardim que ficava de frente ao imóvel. Que delícia! Meu pau pulsou de primeira quando vi aquela calcinha toda enfiada... Ela havia caído e fui oferecer minha sincera ajuda, sem lascívia alguma.
Quando a vi, notei que era minha sobrinha. A bebê que havia carregado quando fui visitar seu pai em sua casa. Era uma bonequinha. Os olhinhos verdes me observavam fixamente, talvez imaginando quem era aquele otário que lhe fazia caretas. Tinha uns 11 anos quando a vi pela primeira vez.

Se tornara uma mulher linda, atraente, decidida e que havia me tornado o homem mais bobo cujo nunca imaginei me tornar.

Quando nos amamos, eu tinha 27 e ela 17. Quando nos separamos, ela tinha 22 e eu, 32 anos.

Hoje, depois de 4 anos, só queria uma boa vida, livre de romances e cheio de mulheres para possuir... Queria persuadir inúmeras, lançar minha lábia depois de fazerem cú doce e levá-las pra cama após a vitória fingida de tê-las conquistado.
Mas, não conseguia... Isso não me dava prazer... Não me sentia satisfeito... Não que tivesse perdido a vontade de transar com a mais linda que sorrisse para mim no meio de uma festa.
O negócio é que não consigo mais ter uma vida normal porque não consigo mais tirá-la dos meus pensamentos... Logo eu, que sempre soube que estar apaixonado por alguém era algo tão improvável. Ela se tornou a minha maldição, a minha total tragédia, meu pesadelo, a minha vida...

Depois de tantas lágrimas e sofrimento, definitivamente, vou encontrá-la e a terei novamente, nem que isso me destrua, nem que me custe a vida...





Nota da autora:
Oi, pessoal! Tudo bom? É com muita alegria que publico o prólogo do volume 2 do livro IRMÃO DO MEU PAI.
Este livro será publicado parcialmente, da mesma forma que foi o outro. Enquanto o 1° capítulo não sai, continuem lendo e votando no volume 1, se apaixonando por essa história diferente e compartilhem a novidade. Obrigada por tudo! Um grande beijo! Conto com vocês. 😍😍

Link Irmão do meu pai: https://my.w.tt/T2uFuxVLBQ

PROIBIDO ESQUECEROnde histórias criam vida. Descubra agora