No capítulo anterior, Angélica foi tirar satisfação com Cibele por ter falado com Victor sobre o motivo de não falar com Clara.
_ Disse para o Cléris, se ele contou para o Victor eu não tenho culpa. -justificou-se Cibele.
_ E por que interessaria ao ridículo do seu peguete saber dos meninos que eu e a Clara ficamos? Foi para melar o meu lance com o Victor, não foi? -perguntou enquanto se aproximava de Cibele ameaçadora- Quis implantar a dúvida na cabeça dele.Cibele deu um passo para trás com medo da atitude de Angélica.
_ Eu só expliquei o que aconteceu porque o Cléris me perguntou o motivo de você e a Clara não se darem bem.
_ E você adorou dar o recado. -ironizou Angélica- Eu te conheço muito bem, Cibele. Adora fazer intriga a respeito das pessoas.Angélica aproximou-se novamente de Cibele e apontou o dedo para a sua face.
_ Não faça mais isso com o meu nome, eu posso te fazer passar vergonha com tudo que sei e ouvi você falar das meninas, do namoro da Isabel, da festa da Mariane e das vezes que você ridicularizou a Clara e a Emília. Fica esperta! -ameaçou Angélica e caminhou até o La Porte.
Cibele seguiu a amiga que se dirigiram até a mesa dos amigos que conversavam alegremente enquanto comiam as batatas pedidas por Isabel.
_ Vejo que as donzelas terminaram a conversa. -comentou Cléris ao ver as duas se aproximarem.
_ O que era tão importante assim que vocês tiveram que ir para a praça? -perguntou Victor.Angélica olhou para Cibele com um sorriso sarcástico entre os lábios por ter percebido que a colega estava com medo de que pudesse expô-la na frente de todos os seus amigos. Não seria a primeira vez que Angélica faria algo do tipo com ela.
_ Por mim não tinha problema nenhum e falar, mas a Cibele não ia se sentir confortável. -respondeu Angélica sentando-se ao lado do namorado.
_ É uma coisa minha. -justificou Cibele receosa.
_ Nem eu posso saber? -indagou Cléris.
_ Depois eu te conto. -sorriu insegura.Cibele olhou para Angélica que sorriu provocativa enquanto colocava algumas batatas na boca. Claro que a colega inventaria uma história sobre a conversa que tiveram e não contaria a verdade para Cléris. Ela era corajosa para falar das pessoas, mas covarde o suficiente para não assumir o que falou e isso deixava Angélica muito irada.
Ventura fechou a porta de casa depois de ter chegado do encontro com os colegas da emergência do HUE, ele relutou muito para não ir, mas não conseguiu resistir aos pedidos insistentes de Camila dizendo que era seu aniversário no dia seguinte e queria comemorar.
A casa escura e silenciosa denotava que apenas Sônia estava em casa, já eram quase 10 horas da noite e Cintia já estaria dormindo ou em seu quarto assistindo a TV. Sem acender a luz e eximir qualquer barulho enquanto subia as escadas passou pelo quarto de Angélica que havia deixado a tela do computador ligada. Ele entrou, balançou a cabeça e apertou o botão, a filha sempre esquecia alguma coisa ligada no quarto e ele precisava lembra-la de verificar mais de uma vez.
Ainda na total penumbra Ventura caminhou pelo restante do corredor até chegar em seu quarto onde Sônia estava recostada na cama assistindo sua série na TV. Ele havia avisado a ela por mensagem que chegaria atrasado por estar confraternizando com alguns colegas de trabalho e acreditando que demoraria a voltar aprontou-se para dormir.
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O milagre de uma lágrima - Livro II
Teen FictionDuas adolescentes! Uma mãe fria! Um pai arrependido! Um amor disputado! Duas vidas! Duas histórias! Um segredo e apenas um destino! Quando amar demais se tornou o maior dos pecados e uma única escolha é o suficiente para destruir famílias. Quando...