─ Oi princesa! ─ falou Cléris ao abrir a porta.A campainha havia tocado minutos antes dele sair do quarto para atender.
─ Oi Cléris! ─ cumprimentou Cibele.
O garoto abriu a porta e com um gesto com a mão apontou para a sala de estar.
Cibele entrou. Seu semblante expressava timidez.─ Está afim de uma piscina? Você não me respondeu desde ontem ─ questionou Cléris.
Após a confusão com Mariane Cléris tentou contactar a namorada por whatsapp e até mesmo por ligação. A garota rejeitou todas elas.
─ Eu fiquei chateada com o lance da Mariane ─ Cibele disse com seus olhos baixos.
Cléris também sentia-se constrangido. Não imaginava que a mãe pudesse lhe fazer passar por uma situação tão desagradável.
─ Eu não falei por mal ─ falou o garoto.
─ Eu sei.
─ Então muda essa cara e vamos.Cibele matinha um semblante emburrado.
Ela fitou o companheiro a sua frente e respirou fundo.─ Cléris eu preciso te falar uma coisa. Depois do que aconteceu eu acho melhor a gente não ficar mais.
O coração de Cléris se acelerou e sentiu até que ficou branco com o anúncio da companheira.
─ Por quê?
─ Porque eu não quero ficar brigada com as meninas. Sei que você não tem culpa, mas não quero que elas deixem de falar comigo. O nosso lance nunca foi sério mesmo. A gente pode continuar amigos ─ explicou Cibele.Cléris sentiu uma pitada de insatisfação. Além de estar gostando de Cibele não estava acostumado com meninas terminando relacionamentos com ele, ao contrário, era sempre ele quem sempre rompia o compromisso.
─ De boa ─ ele disfarçou o descontentamento. ─ Se você prefere suas amigas eu entendo, mas eu não tive culpa do que a minha mãe fez com a mãe da Mariane.
─ Eu sei ─ afirmou Cibele com um sorriso. ─ Só acho melhor assim. Eu não quero me indispor com ninguém. Nem com você e nem com as meninas.
─ Entendo, Cibele.Os olhos claros da loira encaram os castanhos do garoto a sua frente.
─ Entende mesmo?
─ Claro ─ ele respondeu em meio a um sorriso. ─ Eu não vou ficar grilado com isso.
─ Que bom! ─ disse Cibele aliviada.
─ Nao rola nem piscina então?
─ Estou naqueles dias.Sua voz era de constrangimento.
─ Então tá.
─ A gente se fala.Cibele deu um sorriso e virou-se. Ouviu a porta de madeira se fechar as suas costas. Romper com o garoto que estava começando a se envolver emocionalmente foi a decisão mais difícil que tomara em seus 15 anos de vida. Gostava de Cléris apesar de não concordar com algumas de suas atitudes entretanto, o tempo de amizade com Mariane pesara muito em sua decisão. De forma alguma Elisa tinha o direito de falar da forma que falou com Cristina. Ela não condizia com a classe a qual pertencia era verdade, mas não merecia ser humilhada como foi.
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O milagre de uma lágrima - Livro II
Roman pour AdolescentsDuas adolescentes! Uma mãe fria! Um pai arrependido! Um amor disputado! Duas vidas! Duas histórias! Um segredo e apenas um destino! Quando amar demais se tornou o maior dos pecados e uma única escolha é o suficiente para destruir famílias. Quando...