Você tem tantos relacionamentos nessa vida
Apenas uma ou duas vão durar
Você passa por toda a dor e luta
Então você vira as costas e eles se foram tão rápidoMmmBop - Hanson
O silêncio no condomínio Amores foi quebrado com o som do La Porte. O gênero samba fez com que o público adolescente se dirigisse a Praça dos Amores. Nenhum deles tinha apreço pelo estilo musical.
Victor tinha as mãos entrelaçadas na cintura de Angélica que narrava com riqueza de detalhes sobre o treino de handebol que ocorreu horas antes.− A Andressa jogou a bola porque não teve a competência de virar para o lado. Eu estava ali. -falava Angélica - Reclamei mesmo.
− A gente achou que você fosse bater na garota. -pontuou Cibele.
− Vontade não me faltou. Eu fiquei muito irritada.Victor encarou a namorada surpreso. Angélica não seria capaz de bater em uma colega só por causa de um lançamento errado no treino.
− Você ia bater nela por causa disso? -ele perguntou.
− Você não conhece a Angélica. -comentou Cibele.Angélica fitou a loira a sua frente com se agulhas se dirigissem a ela. Percebera a intenção da colega em provocar mais uma intriga entre ela e Victor.
− A Andressa joga muito mal e não tinha que estar no time titular. -respondeu Angélica.
− Mas quem vai jogar no lugar dela? A Tábata que é outra ruim? -afirmou Isabel.
− Ninguém! A gente não precisa de quem não sabe jogar. Não faz diferença.A resposta ríspida de Angélica fez Clara pensar. Nunca foi proposta do CVM criar um time de handebol para competições, mas sim, para que todas as alunas pudessem interagir entre si por meio do esporte e aprender a praticá-lo.
− Eu achava que as aulas de handebol fossem para ensinar a jogar e não só para ter gente boa. -retrucou Clara.
Cléris mantinha os pés sobre o banco sentado confortavelmente no encosto. Cibele estava entre os seus joelhos e só viu quando o namorado se estabacou no chão quando levou um empurrão.
− Qual é a tua hein, garoto? -perguntou Mariane em fúria.
Clara sentada ao lado de Lavinha na grama imediatamente se levantou. Não entendera o motivo da melhor amiga ter se dirigido ao colega com tamanha violência. Mariane nunca fôra uma garota de briga.
− Mariane o que te deu? -questionou ela.
Cléris ainda estava deitado no gramado. O empurrão dado por ela fez a sua perna doer com a queda repentina. Também não entendera nada daquela reação intempestiva e encarava a colega com os olhos arregalados.
− Você enlouqueceu?
Thaís e Cibele correram até Cléris para ajudá-lo a se levantar.
Lavinha, Angélica e Isabel tentavam segurar o riso ao ver o garoto cheio de marra deitado no chão um tanto amedrontado.
Victor e Clara cruzaram olhares surpresos como se buscassem um no outro a resposta para o comportamento violento de Mariane.− Quem foi que te deu o direito de ficar espalhando por ai que meu pai é um bêbado? -falou Mariane.
− Eu? -Cléris perguntou confuso.
− Não se faça de besta comigo!Cibele limpava a terra na camiseta branca do namorado. Ela afrontou a amiga um tanto indignada. Já era a terceira pessoa a acusar o namorado de espalhar fofoca no condomínio.
− Mariane, até você?
− Não se mete nisso, Cibele porque a conversa é entre mim e esse idiota aqui. –replicou a garota.Cléris já se colocara de pé e limpava as pernas sujas de areia.
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O milagre de uma lágrima - Livro II
Teen FictionDuas adolescentes! Uma mãe fria! Um pai arrependido! Um amor disputado! Duas vidas! Duas histórias! Um segredo e apenas um destino! Quando amar demais se tornou o maior dos pecados e uma única escolha é o suficiente para destruir famílias. Quando...