Capítulo 31 - Te esquecer.

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⚠️ Atenção⚠️ Esse capítulo contém descrição de uso de drogas lícitas e bebida alcoólica por uma adolescente.
A autora afirma mais uma vez que a narrativa não expressa a sua opinião sobre o assunto e deixa claro que não compactua de nenhuma maneira com a prática da personagem Angélica. A descrição é apenas para dar sentido ao seu drama existencial.
Se vocês, pais, não querem que seus filhos tenham contato com esse tipo de tema a leitura do capítulo não é recomendada. Capítulos com classificação ⚠️  não possuem ligação com o subsequente e por isso, o enredo pode ser acompanhado sem a leitura do mesmo.
 A autora lembra que o uso de drogas e bebidas alcoólicas na adolescência é proibido por lei.

No capítulo anterior, Clara abraçou Victor repentinamente.

      O abraço dado por Clara fez Victor ruborizar. Ela praticamente se pendurou em seu pescoço.

_ Me desculpe. Eu me empolguei. -disse ela afastando-se do colega.
_ Eu percebi. -respondeu Victor acanhado.

      Clara sentiu as suas bochechas corarem por não ter conseguido conter o ímpeto em abraçar o colega com quem tanto se preocupou.

_ Estou até com vergonha. -comentou em um olhar constrangido.
_ Relaxa.

      Os olhos de Victor correram disfarçadamente por todo o corpo de Clara. De onde estaria vindo com aquela roupa?

_ Está vindo da praia? -deduziu ele.
_ É. A gente vai muito à praia do Leblon que é aqui perto.
_ Perto mais ou menos.

      Clara franziu a sobrancelha curiosa. Como Victor sabia a distância da praia se nunca fôra até lá?

_ Você já esteve lá? -indagou ela.
_ Estive com a Angélica. Fomos de bicicleta. Ela disse que era perto, mas eu pedalei pra caramba.
_ É uma questão de costume, eu acho.
_ Pode ser. Eu sempre andei de carro. Vamos combinar de ir um dia com a turma.
_ Vamos sim. -concordou Clara com um sorriso - Só não gosto de ficar torrando no sol.
_ Então a gente combina no grupo.
_ Tá.

       A conversa estava se findando e Clara não queria que o momento terminasse, mas não tinha outro assunto para puxar.

_ Eu fiquei feliz em saber que está bem. -finalizou com pesar.
_ Obrigado por se preocupar.
_ Somos amigos. -disse em um sorriso doce.

      Um bipe no celular foi ouvido. Victor retirou o objeto do bolso do short e ligou a tela para ver as notificações.

_ É a Angélica. Eu já vou. -despediu-se ele desligando a tela- Tchau.

      Clara sentiu o seu corpo todo se arrepiar com o beijo que Victor dera em seu rosto. Fôra um beijo rápido, mas carinhoso o suficiente para fazê-la se perder no condomínio.
      Ela respirou fundo para que seu coração se acalmasse enquanto via o amigo seguir a calçada até a casa de Angélica antes de abrir a porta do jardim. Não podia deixar transparecer nada para Lavinha e principalmente, para Érika que parecia ter um captador de emoções. Era impossível esconder qualquer coisa da mãe.

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O milagre de uma lágrima - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora