- nunca roube um dos seus -

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Lili narrando...

Ouvi alguns barulhos mais evitei, e continuei a andar só que um pouco mais rápido, meu coração batia rapidamente, pois já estava de noite e não havia ninguém por perto.

Depois de apressar os passos, parei de ouvir os barulhos, e continuei na mesma velocidade, mais depois comecei a sentir que alguém estava por perto, ou que estava sendo observada.

De repente, alguém se revela, e eu reviro os olhos quando percebo quem é sinto uma raiva enorme.

Savannah: olá, LILI. - diz com ironia a falar meu nome.

Lili: urgh, Savannah, é só você. - reviro os olhos e continuo a andar, mais depois logo aparece alguém depois dela.

Apollo: oque faz sozinha esta hora?

Lili: isso definitivamente não é da sua conta.

Savannah: seja lá, oque você estiver fazendo, nós vamos descobrir.

Lili: vocês não tem nada melhor pra fazer?

Apollo: não se faça, de desentendida, vamos descobrir oque é e vamos falar pro Lipe.

Lili: nossa , por favor, não, estou morrendo de medo. - digo fingindo.

Apollo: não brinque conosco sua idiota.

Lili: own, è tão fofo o quanto você quer proteger ela, pena que você é só uma distração. - ela para e olha pra mim, com ódio nos olhos, vendo que estava sendo vencida.

Savannah: passa o celular. - diz se aproximando de mim.

Apollo: Savannah, lembra da regra? - fala com sua expressão seria.

Savannah: ninguém vai ficar sabendo. - Diz e em seguida, mostra uma faca que está em sua cintura. - entendeu?

Lili: ta, leva. - digo sem dar a minima e entregando o celular.

Apollo: ninguém vai saber que estivemos aqui, ouviu?

Lili: não sou surda. - digo e eles saem.

Savannah e Apollo são da " comunidade" em que eu vivo, são namorados, e idiotas, savana sempre me odiou, Apollo nem tanto, são mais velhos e por isso, vivem babando Lipe.

Lipe é nosso " chefe " o governador da nossa "comunidade " , ele criou as regras para que vivêssemos em paz, mais não tem dado certo.

Levaram a única coisa de valor que eu tinha, e o pior é que não posso contar pra Lipe.

Entreguei, mais não porque me mandaram e estavam armados, não tenho medo de faca ou arma, moro do lado vermelho, vejo isso todo dia.

Entreguei porque minha Mãe sempre disse pra eu evitar me cortar, que as pessoas não mereciam ver meu sangue, e como ela mandou, fiz.

Cheguei em casa, e fui direto pro meu colchão, que estava velho e imundo, não temos dinheiro, podemos até estudar pra tentar ser alguém melhor mais aqui, no lado dos de sangue vermelho, não podemos ser: engenheiros, empresários, atores, cantores, gerentes, ou qualquer emprego bom, o governador Diz que não somos dignos disso.

Apenas somos vermes imundos que só existem, por isso não ligamos pros estudos, porque não temos o porque de estudar, pra tudo tem um porque, mais estudar no lado vermelho, não tem sentido.

Só vamos pra escola por ir mesmo, já ate faltei uma semana inteira.

Então vivemos com o pouco que temos.

Levantei e vi minha mãe no sofá, jogada, assistindo a uma tal novela que passa as nove da noite, não sei como ela tem paciência , a tv faz barulhos estranhos e a imagem é péssima.

Luna: filha, pega água pra mim por favor?

Lili: tá. - falei e fui pegar a água, pus no copo e fui levar mais acabo derrubando o copo e o quebrando em pedaços.

Tentei pegar mais acabei me cortando, e meu sangue começou a escorrer.

Lili: ai! - digo segurando o dedo.

Luna: você ta bem? - diz olhando meu dedo. - vamos, vou pegar um corativo. - ela pega e põe no meu dedo.

Lili: calma mãe, foi só um corte zinho.

Luna: não, nunca se corte, ou mostre seu sangue a ninguém OK?

Lili: mãe, tem algum problema com meu sangue?

Luna: não é que... As pessoas são preconceituosas filha, e se verem seu sangue, vão te zuar e eu não quero isso.

Lili: ah, tabom então. - digo e ponho o bandeide, amanhã seria sábado, ou seja, nada de escola, normalmente passo o dia conversando com Eduard, mais não sei se ele vai aparecer.

Fui dormir, deitei minha cabeça sobre meu travesseiro velho, e pego no sono.

Eduard narrando...

Depois do que Lili disse fiquei triste, eu não aguentava mais ficar longe dela, sempre foi assim, um mundo dividido em dois por meu pai, e ela me disse anos atrás que iria arrumar um jeito de passar pra cá ou eu pra lá.

Mais nada aconteceu e eu fiquei chateado, anos sem saber sobre nenhuma brecha sequer que podemos nos ver.

Agora já chega, vou procurar onde tudo isso foi criado, nos documentos do meu pai.

Pedi para Joyce Leide abrir, demorou porque ela ficou com um papo que meu pai não deixaria e blá blá blá, mais eu simplesmente ignorei e entrei, disse pra ela não falar nada pro meu pai ou eu seria castigado.

Entrei comecei a abrir as gavetas e encontrei algo um tanto interessante.

Fronteira Williams...

Oi pessoas, estão gostando da historia?
Espero que sim
Me desculpem qualquer erro ortografico.

Até mais, tchau.

O Garoto do Outro Lado da RuaOnde histórias criam vida. Descubra agora