Você que tá me Evitando

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Eduard narrando...

Sai sem rumo, saber que meu pai batia na minha mãe tava me matando, se tem uma coisa que eu não consigo controlar é a minha raiva, e se eu consigo, é por pouco tempo.

Fiquei pensando e andando um pouco até que vejo Lili sentada no banco da praça, bastante da minha raiva já tinha passado e eu tava mais calmo.

Falei com ela.

Lili narrando...

Depois que Eduard saiu, Tales saiu pra algum lugar e eu fui procurar Eduard, tava tarde, eram mais ou menos 00:00 e tava tudo escuro, procurei ele por todo lugar mais não achei, sento no banco da praça pra pensar onde ele estaria.

Escuto sua voz.

Eduard: tá meio tarde pra andar por ai sozinha não acha? - diz com com as mãos no bolso.

Lili: Eduard. - digo com alívio, levanto do banco e o abraço. - eu te procurei por todo lugar onde estava?

Eduard: andando por ai, Lili são mais de meia noite devia ter ficado em casa.

Lili: eu vim atrás de você, acha mesmo que eu ia deixar você sair e não fazer nada?

Eduard: sim, e você mal sabe andar por aqui, aqui é o lado negro mais ainda tem bandidos.

Lili: Desculpa se eu me importo com você. - digo saindo, ele me puxa e junta nossos corpos.

Eduard: ei, não é isso, só achei perigoso você andar sozinha por ai, só isso, sabe que tenho medo de perder você. - diz ainda segurando minha cintura, com o rosto bem perto do meu.

Lili: eu não precisaria sair essa hora se você não tivesse saido de casa.

Eduard: dá em mim.

Lili: não, de você eu quero distância agora. - digo e ele sorri. - e para de me segurar assim.

Eduard: se solta. - diz e eu não conseguia, não conseguia, eu queria mesmo era beijar ele, mais não podia por conta de Noah.

Lili: Eduard tô "namorando" lembra?

Eduard: lembro, comigo. - diz apertando minha cintura.

Lili: vamos pra casa. - fujo dele e ele vem atrás de mim, fomos pra casa, Iasmin tava na sala e Tales sentado do lado dela.

Tales: Eduard, podemos conversar?

Eduard: não. - diz e sobe as escadas, ele foi pro quarto dele e eu pro meu, lembrei da conversa que eu e Iasmin tivemos enquanto Eduard e Tales brigavam.

Flashback on

Peguei a mãe de Eduard e fomos pro quarto, sentei ela na cama e dei água do frigobar pra ela.

Lili: Por isso você não pediu pra ele deixar Eduard ficar? Ele iria bater você se deixasse Eduard ficar né?

Iasmin: sim. - fala tremendo

Lili: a quanto tempo isso acontece?

Iasmin: desde que Eduard tinha 9 anos.

Lili: não deveria ficar calada sobre isso, deveria ir na delegacia dar queixa.

Iasmin: ele me ameaçou, se eu contasse, ele iria transferir Eduard pra outro país, sem volta, eu já não vejo muito meu filho, e se ele fosse embora pra nunca mais voltar, eu não aguentaria.

Lili: vou ajudar Eduard, - digo levantando.

Iasmin: deixe eles se resolverem.

Lili: e se ele tentar algo com Eduard?

Iasmin: Tales é violento, e muitas coisas que não prestam, mais ele nunca seria capaz de machucar Eduard.

Lili: como você pode certeza?

Iasmin: sou casada a 15 anos com ele, conheço ele melhor que ele mesmo, e além disso, viu a cara que ele fez quando o cinto pegou em Eduard?

Lili: não consigo, eu vou descer. - digo descendo, e Iasmin vem atrás vimos Eduard batendo em Tales. - Eduard!ei!para! - digo tentando o soltar, Iasmin me ajuda e conseguimos separar eles.

Flashback off

Tomei banho e desci pra beber água, encontro Tales sentado no sofá, passo pra cozinha sem falar com ele mais ele me chama.

Tales: Sinto muito que tenha visto aquilo.

Lili: não diga isso pra mim - dou um gole - diga isso pra Eduard. - termino de beber a água e vou pro meu quarto, dormi tarde por conta da insônia.

Acordei no outro dia, com Eduard sentado na cadeira de computador do meu quarto, me assusto e ele fala.

Eduard: pensei que não iria acordar.

Lili: oque tá fazendo no meu quarto?

Eduard: nada.

Lili: tava me olhando dormir?

Eduard: se arruma, vamos pra escola tô te esperando na garagem com Noah, não demora pelo amor de deus. - diz sai e fecha a porta.

Tomei banho, coloquei uma calça jeans azul, uma blusa preta soutinha e um casaco, tênis branco e fui pra garagem.

Noah: que demora. - diz e eu reviro os olhos.

Lili: bom dia pra você também.

Eduard: vamos logo. - diz entrando no carro, o motorista nos leva e ficamos conversando no caminho e finalmente chegamos.

Chegamos e ficamos conversando, Mary veio me dar um abraço e depois ficamos conversando, Claire passou, ela tava sozinha, Felipe que costumava andar com ela, nem olha pra ela mais, ela fica encarando Noah, e ele ignora, o sinal toca e entramos.

Fui pra quadra da escola sozinha no intervalo, eu ainda tava irritada com Eduard por ter reclamado ontem, ele andou me seguindo o dia todo.

Entrei na quadra e Eduard tava de braços cruzados encostado onde normalmente eu fico sentada ( sim, já fui pra quadra da escola outras vezes) .

Lili: para de me seguir.

Eduard: não tô te seguindo amor.

Lili: tá sim. - passo direto e ele vem atrás.

Eduard: você que tá me evitando.

Lili: tô mesmo.

Eduard: porque?

Lili: ontem, você foi mó chato.

Eduard: eu tava preocupado com você.

Lili: e eu com você, ai fui atrás de você, e oque eu ganho? Sermão.

Eduard: não fica brava por conta disso.

Lili: fico sim, e vou continuar te ignorando.

Eduard: você não consegue. - disse, e era verdade, não conseguiria ficar tanto tempo sem falar com ele.

Lili: consigo sim!

Eduard: tabom amor. - diz fazendo sinal de rendido.

Lili: e para de me chamar de amor. - digo saindo da quadra.

Eduard: OK, prometo que não te chamo mais de amor......amor. - diz e sai da quadra também.

Tivemos as aulas e fomos pra casa.

O Garoto do Outro Lado da RuaOnde histórias criam vida. Descubra agora