Execução dos Múltiplos

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Lili narrando...

Acordei com o alarme, eram 6:30 da manhã, tomei um banho frio, coloquei uma calça jeans, uma blusa branca com alguns detalhes  na parte de cima e um tênis preto.

Arrumo meu cabelo e escuto batidas na porta, digo pra entrar e Eduard aparece.

Eduard: oi amor. - diz sentando na minha cama.

Lili: oii.

Eduard: tenta ir mais rápido por favor ta? - diz com a voz dócil - agente tá atrasado.

Lili: tô pronta.

Eduard: vamos?

Lili: vamos. - digo pensando nas mortes que vou ver, ele segura meu rosto e me beija.

Eduard: vai ficar tudo bem. - diz descemos e o pai dele está a nossa espera.

Tales: vamos. - ele vai até o carro, nós entramos e fomos conversando sobre coisas aleatórias, eu nunca conversei com Tales, ele era um homem um tanto misterioso, mais também simpático, não parecia que iria matar pessoas, ele falava dos múltiplos com desprezo, dos de sangue vermelho, pior ainda, eu já estava ficando com uma certa raiva, e Eduard percebia isso.

Chegamos num lugar cheio de câmeras, pessoas filmavam, e entrevistaram o governador ( tales ), Eduard disse que aquelas imagens iriam aparecer nos telões dos dois lados.

Primeiro, alguem nos levaria para ver os múltiplos vivos depois matariamos.

Scott: esses são os múltiplos. - disse nos mostrando pessoas acorrentadas, não tinham tantos, tinhas sete, sete inocentes pessoas que eu acreditava serem inocentes.

" me ajude ! " " não quero morrer, por favor " " eu tenho dois filhos, por favor " eu ouvia isso, pessoas berrando por ajuda.

Eduard: já chega, não queremos mais ver. - disse para Scott, que assentiu e fomos pra fora das celas, chega a hora de matar e eu não queria ver nada daquilo, Fechei meus olhos, e Tales fala comigo.

Tales: Lilian, tem que olhar.

Lili: eu não quero ver.

Tales: você irá fazer isso um dia, tem que olhar.

Eduard: pai, é a primeira vez dela!

Tales: não importa!

Eduard: lembra da minha primeira vez!? - ele diz e Tales se cala, eu fiquei pensando, primeira vez? Então Eduard já viu isso outras vezes? Em casa eu perguntaria.

Depois, escutei a voz de Tales, " agora " escutei barulho de tiros, sete, gritos de socorro soavam, abraço Eduard, escondendo minha visão em seu peito, ele me abraça e depois de tudo Tales manda queimar os corpos, entramos no carro e fomos pra casa.

Eduard entra no quarto e eu vou junto, fazer a pergunta.

Lili: como assim, primeira vez? - digo e ele para no tempo, mais logo volta a tirar o sapato, e a camisa.

Eduard: eu tinha sete anos. - fiquei pasma, uma criança de sete anos ver mortes assim? Tales talvez seria mesmo um monstro. - foi a primeira morte de Múltiplos, eu vi, 10 pessoas serem mortas.... Entre elas, um amiguinho que eu tinha da escola.

Lili: Eduard, sinto muito....

Eduard: não é sua culpa. - ele diz cabisbaixo, o abraço por um tempo, depois nos separamos e ele me olha por um tempo. - Lili, por favor me prometa que ninguém vai descobrir. - ele me diz, agora sei oque ele passou quando perguntei a ele ontem sobre ele me deixar. - eu não suportaria ter que ver você morrer, eu queria ser forte pra você, mais não consigo, não consigo fingir que está tudo bem, todos os dias tenho medo de você se cortar por engano e tudo ser descoberto. - diz com o rosto preocupado, o abraço forte, ele sussurra em meu ouvido - tenho medo de perder você.

Lili: Eduard, você não vai me perder ouviu? Eu vou estar aqui, com você.

Eduard: preciso de você. - ele diz, como assim? O que se passou todos esses anos em que eu estive no lado vermelho? Eu nunca pude de ver nada, e ele quase nunca contava.

Lili: Calma. - digo e o beijo, acho que não foi uma boa ideia ter feito aquela pergunta pra ele. Nos soltamos e Iasmin entra.

Iasmin: está tudo bem?

Lili: sim.

Iasmin: vamos jantar hoje, Lili, pode chamar Noah e Mary se quiser.

Lili: ta. - digo e ela sai. - não fica assim tá? Eu tô aqui - digo e ele assente com a cabeça, nunca tinha visto Eduard tão sentimental, isso foi uma surpresa, então, quando eu sempre estava com medo Eduard também estava? Só que ele estava sendo forte por mim? As perguntas na minha cabeça só aumentavam, mais eu também pensava nas respostas.

Eduard narrando...

Depois que Lili falou, foi pro quarto, se arrumar e eu fiquei pensando, tocar no assunto de quando eu tinha sete anos me fez pensar em como seria se Lili fosse pega, me fez imaginar um mundo sem ela.

E sim, todas as vezes que Lili sentia medo, eu talvez..... Sentia também, mais me Mantia firme, pra ela ter pra quem falar, conversar, tem uma mão amiga, sempre uma pessoa de braços abertos, que poderia abraça -lá sempre

Coloquei uma roupa normal mesmo e fui pro quarto de Lili, sempre vou , eu sempre me arrumo primeiro.

Lili: todas as vezes você que vem. - ela diz e eu sorri. - como estou?

Eduard: nem preciso dizer.

Lili: ah, então eu tô feia.

Eduard: não, tá linda, LINDA.

Lili: calma moço.

Eduard: vamos?

Lili: vamos. - fomos e Noah chegou, o jantar foi aqui em casa mesmo, os FedorEliot vieram jantar, bom, só Noah e Mary.

Nós jantamos, nossos pais souberam que Noah e Lili estavam " namorando " e ficaram felizes, só não sabem que daqui um mês e meio, tudo vai acabar, Mary, não gosta de mim, só como amigo ( GRAÇAS A DEUS ).

Noah: tá na hora de ir Mary.

Mary: tabom, tchau. - acenou pra nos dois.

Noah: tchau princesinha. - diz e Lili acena também.

Eduard: finalmente.

Lili: tchau.

Eduard: tchau porque?

Lili: tá tarde, vou dormir.

Eduard: nem um beijo?

Lili: tô cansada.

Eduard: nossa amor. - digo fingindo estar se sentindo triste, ela vem e me beija.

Lili: pronto, vou dormir, tchau amor. - primeira vez que ela me chama de amor, man tô muito feliz ( sou muito besta ).

Eduard: isso é meu. - Digo me referindo a palavra "amor", ela sobe e vai pra sua cama eu vou pra minha, amanhã seria segunda, dia de aula.


O Garoto do Outro Lado da RuaOnde histórias criam vida. Descubra agora