Expulso

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Mary narrando...

Voltei, dei passos lentos até a sala em que meus pais estavam, me virei, e quando olhei pro chão, vi meus pais no chão sangrando, os dois.

Provavelmente mortos, pois os tiros foram na cabeça, a arma estava perto da minha mãe, fui em direção ao corpo dela.

Balancei ela um pouco, gritei o nome dela, várias vezes, chamei uma ambulância, e depois senti alguém atrás de mim.

Noah: eles morreram. - e depois não falou mais nada.

A ambulância chegou, levaram os corpos deles e depois vieram policiais, olharam todo o lugar, o Noah não falou mais nada depois de então. Os policiais nos fizeram várias perguntas, depois pediram pra chamar alguém próximo, um familiar, amigo próximo, ou algo do tipo.

Chamamos os Williams, eu chorei como se não tivesse amanhã e o Noah não tinha expressão. Noah ficou encostado num carro.

A Lili chegou me abraçando, muito apertado, depois Eduard.

Lili: sentimos muito.

Eduard: vai ficar tudo bem. - se soltou do abraço. O Noah tava lá longe, o Eduard foi lá, passou um tempo lá, não sei se conversaram, ou não, mais o Noah não parecia querer conversar.

A Lili ficou comigo, e os pais do Eduard foram falar com os policiais, e foi mais rápido do que eu esperava, eles disseram como meus pais morreram.

Policial: os indícios dizem que, seus pais morreram a tiros de bala, tudo indica que sua mãe atirou em seu pai, e depois se matou.

Chegou a empresa, começaram a tirar fotos, fazer perguntas, que eu não queria responder.

Iasmin: saiam, eles não vão falar nada, venham, vamos. - nos chamou, o Noah entrou no carro também, e foi o caminho inteiro calado.

Antes de irmos, peguei nossa mochila da escola, a Iasmin pediu, ela queria que mesmo assim fossemos pra escola amanhã, e Tales só concordava.

Chegamos na casa dos Williams, entramos e ficamos na sala, sentamos na sala, só o Noah que ficou no lado de fora.

Nos iríamos dormir lá, e depois resolveriamos sobre testamento, enterrar nossos pais, e quem assumiria a nossa guarda.

Todos tomamos banho, eu vesti uma roupa da Lili, e o Noah uma bermuda do Eduard.

Eu fiquei na cama da Lili, e depois dormi.

Lili narrando...

A Mary dormiu na minha cama mesmo, e depois eu fui no quarto do Eduard.

O Eduard acho que tava no banheiro, ou no closet, e o Noah encostado na janela.

Ele não falou nada desde que os pais dele morreram, e na verdade, eu não tinha ideia do que se passava na cabeça dele.

Fui pra perto dele.

Lili: oi.

Noah: oi Lili.

Lili: você tá bem? - mais que pergunta idiota foi essa? É claro que ele não tá bem Lili, os pais dele morreram, sua burra, burra. - ah, desculpa, é óbvio que você não tá bem, seus pais morreram, e.eu sou muito burra, desculpa, serio. - eu me atrapalhei um pouco e ele deixou um sorriso lindo e leve escapar, depois saiu do quarto.

Acho que ele não queria responder.

Eduard: dá um tempo pra ele. - falou se jogando na cama.

Lili: tá. - sai do quarto, fui dormir, eu tinha ido dormir mais com tudo isso que aconteceu tive que acordar.

O Garoto do Outro Lado da RuaOnde histórias criam vida. Descubra agora