Alguns meses depois....
É dia 24 de dezembro. No orfanato, todos havia ansiado por este dia, há tempos.
Laura estava extremamente feliz por seus pais e Hermínia se encontrarem com eles, depois de tantos meses longe.
A sala havia sido enfeitada com uma grande árvore de Natal e presentes; na lareira, tinha algumas meias penduradas com pedidos para o papai Noel.
Naquela mesma semana, um bom número de crianças tinham sido adotadas. Isabel, a mocinha que Sebastian ajudara quando havia ficado enferma, permanecia com eles. Isabel estava alegre, porque havia se afeiçoado pelas pessoas que ali viviam; no entanto, por outro lado, estava triste. Pois ela queria ter sua própria família.
O relógio passava das sete horas, quando Laura e Sebastian reuniram todos na sala de estar.
- Boa noite à todos! – Ela disse. – Estamos muito felizes pelos senhores estar aqui. – Laura se referia ao padre, irmã Ana e seus familiares. – Agora, iremos assistir a uma pequena encenação sobre o nascimento de Jesus e tudo fora administrado por Elisa.
Sob a luz de velas, a encenação foi realizada. A história tinha sido perfeita e aquelas crianças tinham muito talento.
- Agora, assistiremos Luciano tocar piano. Ele aprendeu a tocar muito rápido. – Sebastian dizia. – E enquanto isso, veremos uma apresentação de balé.
O menino tocou por cinco minutos, emocionando aos que estavam na sala. Seu toque era suave e a música linda. E as pequenas meninas dançando balé era belíssimo. Quando terminaram, foram aplaudidos.
- Essas lindas crianças me levam às lágrimas. – Laura disse, meio chorosa, mas contente. -Como podem perceber, pela casa estão pendurados diversos quadros que foram pintadas por elas. Eu tenho a alegria de dizer, que elas são futuros artistas. O jantar está servido Teresa?
- Sim.
- Vamos!
A mesa estava repleta de comida de todos os tipos. Teresa havia dado tudo de si para aquela ceia. O último Natal naquela casa, não tinha tido ceia, apresentações e muito menos, visitas. A partir dali, o Natal seria sempre assim: com muitas crianças felizes por ali.
Logo que todos terminaram, voltaram a sala de estar e rezaram junto com o padre e ele deu bênçãos a todos.
O relógio soou meia-noite e as pessoas se felicitaram e felizes comemoraram a chegada do Natal.
Laura, Sebastian, Teresa e Franco distribuíram os presentes. E as crianças receberam em dobro, pois os pais de Laura também haviam comprado coisas.
- Agora...- Isabel começou a falar. – Eu fui escolhida pelos demais para eu fazer o agradecimento. Agradeço a vocês, Laura e Sebastian por esta iniciativa. Se vocês não fizessem isto, não estaríamos aqui. Teresa, Franco e Elisa, obrigado por nos ensinarem tudo o que sabem. Padre e irmã Ana, obrigada por terem cuidado de nós durante todo este tempo.
João e Carmen estarão entregando algumas lembranças que fizemos. Hermínia, obrigada pelas roupas que nos trouxe. Dona Joana e seu Emanoel, obrigada pelos presentes. Como não sabíamos disso, não temos lembranças pra vocês. Mas daremos muitos beijos e abraços.
Os adultos ficaram extremamente emocionados.
- Agora, é minha vez. – Disse um menino de sete anos, chamado Carlos. – E para nossos diretores mais que especiais, temos um presente para vocês.
Duas crianças foram atrás da escada e trouxeram um embrulho gigantesco. E foi o oferecido a eles.
Sebastian abriu e ficou sem reação, junto de Laura.
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Marcas da Guerra
RomanceSinopse O que você faria para apagar as marcas de uma guerra? Sebastian nunca pensou que perderia o controle de sua vida, nunca pensou que chegaria em tal situação, mas sua mera realidade lhe mostrou que, independente do que aconteça, o que realment...