Julie
Peter, ligou dizendo que estava em casa. Perguntou se eu iría virar a noite de plantão, respondi que não. Hoje encerro as vinte e duas. Mas ele estava com a voz estranha. Eu o conheço. E como estou terminando meu expediente, vou passar no seu apartamento.
Pego meu carro, assim que finalizo alguns documentos, e sigo para minha casa. Essa semana vou marcar com a Lívia de sairmos. Precisamos colocar a fofoca em dia.
Após dirigir cerca de vinte minutos, chego em casa. Mas como estou cansada, vou primeiro falar com ele, porque se eu entrar em casa e tomar banho, a preguiça tomará de conta e daí não sairei.
Quando o elevador chega em seu andar, toco a campainha. Espero alguns segundos e escuto a mesma sendo destravada.
- Oi.- cumprimento ele.
- Oi. Porque você não entrou?Tem a chave, não precisa tocar a campainha.- ele fala, e abre caminho para que eu entre, está lindo e sem camisa, ai meu Deus.
- Eu não, imagina se entro e pego você no flagra com alguma mulher?- só de fazer a pergunta, chega doer.
- Julie, não tem essa possibilidade e você sabe disso.- a ta me engana que eu gosto.
- Eu não sei de nada. Mas e aí, como foi o almoço com sua mãe? Mandou beijo para ela? Ela perguntou de mim?- disparo falando e indo na cozinha. - Tem comida nessa casa?
- Sim, ela perguntou. E sim, foi bom o almoço, e sim mandei seu beijo a ela.E sim tem resto de uma lazanha, esta uma delícia.
- Nossa me empresta dez mil?
- Oi?- ele se assusta.
- Só queria fazer um teste, se você é mesmo meu primo ou uma maquina. É tanto sim, vai que né?- zombo de sua cara.
- Há há há, não, eu não sou seu...seu robô. - ele está estranho.
- A tá. Pensei que ia dizer que não é meu primo.- imagina se eu tivesse essa sorte?
- Mas me diz, quando vai vir morar aqui?
- Peter, não vai rolar já te disse. Estou bem sozinha.
- Eu não gosto de ficar aqui sozinho. E você saiu porque é uma chata. Não havia necessidade.
- Dá licença, que eu queria? - nossa ele não aceita eu ter vontades?
- Você é uma mula isso sim.- vai pegar pesado mesmo?
- Bom, eu vim apenas saber como você estava. E viu, vamos sair no sabado? Estava pensando em convidar a Lívia, Clarinha, e o Gael, o que você acha?- falo segurando a lazanha na mão.
- Eu topo. Só marcar.- Peter adora Lívia, convive menos com Clara, mas Gael tornou se amigo dele.
- Então fechou, vou falar com todos. Agora vou para casa, preciso de um banho e cama. Estou exausta.
- Jujuba, se você viesse morar aqui, eu poderia lhe fazer massagens todas as noites, e vai levar a lazanha?- ele só pode estar de brincadeira, alguém ai me ajuda?
- Peter, sim vou levar, porque preciso tomar um banho antes, e dispenso por hora a massagem, e ...fui.- dito isso caminho para a porta. Ele fica imóvel me olhando, e seu olhar é distante. Eu heim, o que será que ele tem?
Entro no apartamento e já chamo a Lívia no whats.
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De Janeiro a Janeiro
Romance- Um beijo Livia.- ele pede. - Nunca. Prefiro beijar um sapo. - minto claro, porque "sou dessas". - Seu desejo é uma ordem. - me toma nos braços e me beija e que beijo. - Seu cretino, por acaso é sapo agora? - Não mais, agora virei seu príncipe...